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Rio Douro
O rio Douro é um rio que nasce em Espanha na província de Sória, nos picos da Serra de Urbião Sierra de Urbión, a 2.080 metros de altitude e atravessa o norte de Portugal. A foz do Douro é junto às cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Tem 927 km de comprimento. Este é o segundo rio mais extenso da Península Ibérica.
Versões populares para a origem do seu nome são várias. Uma delas diz que provém do celta dur água. Outra diz que, nas encostas escarpadas, um rio banhava margens secas e inóspitas. Nele rolavam, noutros tempos, brilhantes pedrinhas que se descobriu serem de ouro. Daí o nome dado a este rio: Douro de + ouro. Já outra versão diz que o nome do rio deriva do latim duris, ou seja, 'duro', atestando bem a dureza dos seus contornos tortuosos, e das paisagens que atravessa, nomeadamente as altas escarpas das Arribas do Douro, no trecho Internacional do rio, entre Miranda do Douro e Barca d'Alva Figueira de Castelo Rodrigo. A derivação por via popular do seu nome sugere romanticamente uma ligação a "Rio de Ouro D'ouro, mas tal não tem aderência histórica.
A UNESCO incluiu, em 14 de Dezembro de 2001, a região vinhateira do Alto Douro 45°68' N, 5°93' W na lista dos locais que são Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural.
A bacia hidrográfica do Douro tem uma superfície de aproximadamente 18.643 km² em território português o que corresponde a cerca de 19,1% da sua área total que é de 97.603 km².
Nasce na Espanha, nos picos da serra de Urbión, Sória, a 2080 metros de altitude e tem a sua foz na costa atlântica, na cidade do Porto. O seu curso tem o comprimento total de 850 km. Desenvolve-se ao longo de 112 km de fronteira portuguesa e espanhola e de seguida 213 km em território nacional. A sua altitude média é de 700 metros. No início do seu curso é um rio largo e pouco caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre fraguedos em canais profundos. O forte declive do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos, as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros "saltos" ou "pontos" tornavam este rio indomável.
Aproveitando o elevado desnível, sobretudo na zona do Douro Internacional, onde o desnível médio é de 3m/km, a partir de 1961, foi levado a cabo o aproveitamento hidroeléctrico do Douro. Com a construção das barragens, criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se que o rio ficou domado definitivamente.
No troço nacional do Douro, a instalação de eclusas em paralelo com as barragens hidroeléctricas permitiu a criação de um canal de navegação fluvio-marítima.
No seu curso, entre Bemposta e Picote, pode ser visto, nas suas águas espelhadas, tudo o que rodeia este ambiente: as nuvens, o sol, que queima os olhos, reflectido na água, os montes, as fragas, as aves patos, garças, águias, abutres, gaivotas. Nas fragas mais altas podem ser vistas aves de rapina, guardando os seus ninhos.
Por outro lado, no rio, espécies indígenas, como o escalo, a enguia e a truta, têm sido dizimadas ou pela pesca à rede descontrolada e/ou pela modificação das condições ambientais parte do ano estão perto do limite de resistência de algumas espécies. Após a construção da barragem, foi feita a introdução da carpa que, podendo atingir acima dos 20 kg, tem a propriedade de se alimentar de tudo, fazendo a limpeza das barragens mesmo em condições precárias de oxigenação das águas. Mais recentemente, surgiram o achigã, a perca, o lúcio e o lagostim-vermelho. Pode ainda encontrar-se, com abundância, a boga e o barbo e até mexilhão idêntico ao do mar.
Porém, passar junto a fragas gigantes, tingidas de várias tonalidades, pela separação de fragmentos de rocha, causadas por dilatações e contracções bruscas, motivadas pelo clima, é esmagador.
Viajando até junto do Douro, que serpenteia entre as arribas, pode ver-se onde vivem e/ou nidificam abutres, grifos, águias, pombos bravos, andorinhas, etc., e nas ladeiras do mesmo, a perdiz, a rola, o estorninho, o melro, o papa figo, etc.
Dentro das matas de zimbros, estevas, carvalhos, sobreiros e pinheiros e outras variedades de vegetação das encostas do Douro, podem ainda encontrar-se espécies cinegéticas, que são uma das maiores riquezas naturais da região: a corça, o javali, o coelho, a lebre, o lobo, a raposa, o texugo, a gineta, etc.
O rio Douro foi e é uma fonte de riqueza para a região e para a aldeia. Antigamente, fazia mover as azenhas que se espalhavam nas suas margens, tais como as azenhas do Sr. António Luís, dos Fróis, dos Melgos e dos Velhos, permitia a pesca, irrigava campos ou enchia os poços das melhores hortas de Bemposta, existentes perto deles, onde se cultivavam as novidades e as árvores de fruta, base de sustento das populações. Mais tarde, com o aproveitamento hidroeléctrico, Bemposta passa a contribuir para a riqueza nacional, distribuindo energia eléctrica ao país. Proporcionou também maior abundância de peixe, através das albufeiras, criando alguns postos de trabalho com a pesca profissional, a que se dedicaram algumas famílias.
Rio Zêzere
O Rio Zêzere é um rio inteiramente português. Nasce na serra da Estrela, a cerca de 1900 m de altitude, junto ao Cântaro Magro. Ainda na zona da serra da Estrela, passa por Manteigas e próximo da cidade da Covilhã, seguindo depois para sudoeste, confluindo com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 quilómetros.
O rio Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português, após o rio Mondego. A sua bacia hidrográfica tem 5043 km² dos quais 1056 km² pertencem ao rio Nabão. Os grandes desníveis, aliados ao volume de água por vezes superior a 10.000 m³/s., representam uma notável riqueza hidroeléctrica, aproveitada em três barragens Bouçã, Cabril e Castelo de Bode, que produzem anualmente 700 milhões de kWh.
Alto Zêzere
O alto Zêzere ocupa um antigo vale glaciário instalado ao longo de uma falha de orientação sudoeste-nordeste. A nascente situa-se no circo glaciário, que define uma sucessão de três covões ombilics, depressões mal drenadas: Covão Cimeiro, Covão d'Ametade e o pequeno Covão da Albergaria.
Afluentes
Os seus principais afluentes na margem direita são: o rio Alge, o rio Cabril, a ribeira de Unhais, o rio Nabão, a ribera de Paul e a ribeira de Pêra. Na margem esquerda encontramos a ribeira de Bogas, a ribeira de Rio Caria, a ribeira da Malhadancha, a ribeira da Isna, a ribeira de Meimoa, a ribeira da Sertã e a ribeira de Teixeira.
FONTE WIKIPÉDIA