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JOSÉ H. SARAIVA

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José Hermano Saraiva 

José Hermano Saraiva foi professor e historiador português.

Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970.

É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.

Biografia

Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional.

Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942.

Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia.

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Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina.

Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.

Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação.

Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a Crise Académica de 1969.

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Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e 25 de Abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.

Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971.

Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.

Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna e na Universidade Autónoma de Lisboa.

Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.

Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História e da Academia de Marinha, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no Brasil e Sócio Honorário do Movimento Internacional Lusófono.

Recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho e a Comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em Portugal, e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil.

Ficou classificado em 26º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1.

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Foi o irmão do professor António José Saraiva e tio do jornalista José António Saraiva.

Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, n. 1895 - m. 2002, viveu até aos 107 anos o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial.

Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.

Morreu a 20 de Julho de 2012 aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia.

Foi homenageado com um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado apenas com os votos contra dos partidos da esquerda radical, PCP e PEV CDU e BE.

FONTE WIKIPÉDIA

 

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