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PAÇO IMPERIAL

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Paço Imperial

 

O Paço Imperial é um edifício colonial localizado na atual Praça XV, no centro histórico do Rio de Janeiro, Brasil.

Construído no século XVIII para residência dos governadores da Capitania do Rio de Janeiro, passou a ser a casa de despachos, sucessivamente, do Vice-Rei do Brasil, do Rei de Portugal Dom João VI e dos imperadores do Brasil.

Atualmente é um centro cultural. Pela sua importância histórica e estética, o Paço Imperial é considerado o mais importante dos edifícios civis coloniais do Brasil.

História

Casa dos Governadores e Vice-Reis

A história do edifício começa em 1733, quando o governador Gomes Freire de Andrade, conde de Bobadela, pede ao rei D. João V licença para edificar uma casa de governo no Rio .

Cerca de 1738 começa a construção do edifício, seguindo o projeto do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alpoim, no Largo do Carmo ou da Polé, atual Praça XV, no centro da cidade colonial .

A nova Casa dos Governadores foi inaugurada em 1743. Aproximadamente na mesma época o Largo sofreu outras intervenções urbanísticas importantes, com a construção das casas de Telles de Menezes do lado oposto ao do Paço também projetadas por Alpoim e a inauguração de um chafariz, trazido de Lisboa, no centro do largo.

Alpoim aproveitou os edifícios pré-existentes no local, o Armazém Real e a Casa da Moeda, na nova edificação, acrescentando dois pisos novos com janelas com pequenas sacadas e molduras de vergas curvas, na época uma novidade no Brasil.

No interior há uma bela portada em pedra de lioz e vários pátios para a circulação, e o acesso aos pisos superiores se dá por uma bela escadaria. Até 1808 a Casa da Moeda e o Real Armazém continuaram a funcionar no térreo.

Em 1763, com a transferência da sede do Vice-Reino do Brasil de Salvador para o Rio, a Casa dos Governadores passou a ser a casa de despachos do Vice-Rei, o Paço dos Vice-Reis .

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  Paço Real

Em 1808, com a chegada ao Rio da família real portuguesa, o edifício é promovido a Paço Real e usado como casa de despachos do Príncipe-Regente e depois Rei D. João VI. Nessa época o Paço sofreu obras de adaptação, tendo sido acrescentado um novo andar central à fachada voltada para a Baía da Guanabara.

Os interiores foram redecorados e o Paço ganhou uma Sala do Trono, onde ocorria a tradicional cerimônia do Beija-mão. Também se construiu um passadiço ao vizinho Convento do Carmo, onde se instalou a Rainha D. Maria I.

Para a aclamação do rei D. João VI foi construída a "Varanda", um anexo monumental entre o Paço e o Convento do Carmo, onde se realizou a cerimônia. A mesma Varanda foi utilizada nas coroações de D. Pedro I 1822-1831 e D. Pedro II 1840-1889, sendo demolida ainda durante o Segundo Reinado.

 Paço Imperial

Após a Independência do Brasil, o edifício passou a Paço Imperial, sendo chamado também de Paço do Rio de Janeiro, funcionando como despacho e residência eventual para D. Pedro I e depois para D. Pedro II .

No interior há uma sala, o Pátio dos Arqueiros, que ainda mantém a decoração em estuque original da década de 1840.

Neste período a fachada recebeu o acréscimo de uma platibanda em torno do terceiro andar e que ocultava o telhado . Foi no Paço que, a 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I decidiu ficar no Brasil e não voltar a Portugal Dia do Fico.

Também foi numa das salas do Paço que a Princesa Isabel assinou, dia 13 de maio de 1888, a Lei Áurea, libertando os escravos .

 O Paço Imperial foi ainda o primeiro local fotografado na América Latina. Em 1840, o Abade Compte fez a primeira fotografia do Brasil, mostrando o Paço e o largo adjacente. 

 Decadência e recuperação

Após a Proclamação da República, as propriedades da Família Imperial e seus bens foram arrestados e leiloados. O Paço foi transformado em Agência Central dos Correios e Telégrafos .

A decoração interna - estuques, pinturas e decoração - foi destruída e dispersa. A platibanda foi retirada para a expansão do terceiro andar, que passou a ocupar toda extensão do prédio .

O pátio central foi ocupado e a fachada alterada com a introdução de frontões em estilo neo-colonial. Em 1938 houve o tombamento do prédio e só em 1982 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional restaurou o Paço à forma que tinha em 1818.

 O Paço hoje

Atualmente o Paço Imperial é um Centro Cultural onde ocorrem mostras dos mais variados tipos pintura, fotografia, escultura, cinema, música, etc. O Paço dispõe de uma biblioteca de arte e arquitetura Biblioteca Paulo Santos e várias lojas livraria, disqueria, restaurante.

FONTE WIKIPÉDIA

 

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