- CASTELOS E FORTALEZAS
- LUIS DE CAMÕES
- HISTÓRIA DA PESCA
- HISTORIADORES
- CATASTROFES
- PINT PORTUGUESES
- CASTELOS PORTUGAL
- CASTELO BRANCO
- CASTRO MARIM
- CASTELO MONSANTO
- CAST.DE ARRAIOLOS
- CASTELO DE ÁLCÁCER
- SANTIAGO DO CACÉM
- CASTELO DE OURÉM
- CASTELO DO SABUGAL
- CASTELO DE LAMEGO
- CASTELO ABRANTES
- CASTELO DE SILVES
- CASTELO DE MERTOLA
- CASTELO DE CHAVES
- CAST DE PORTALEGRE
- CASTELO DE POMBAL
- CAST DE BRAGANÇA
- CASTELO DE BELMONTE
- VILA DA FEIRA
- CASTELO DE ESTREMOZ
- CASTELO DE BEJA
- CASTELO ALMOUROL
- CAST.MONT. O VELHO
- CASTELO DE PENELA
- CASTELO DE MARVÃO
- CASTELO DE ÓBIDOS
- CASTELO DE LEIRIA
- CASTELO DE S.JORGE
- CASTELO DOS MOUROS
- CASTELO DE ELVAS
- CASTELO DE LAGOS
- CASTELO DE VIDE
- CASTELO DE SORTELHA
- CASTELO DE ALTER
- TORRES NOVAS
- CASTELO DE TAVIRA
- CASTELO SESIMBRA
- CASTELO DE ÉVORA
- CASTELO DE SANTARÉM
- CASTELO DE SERPA
- CASTELO DE TOMAR
- CASTELO DE MELGAÇO
- CASTELO DE COIMBRA
- CASTELO PORTO DE MÓS
- CASTELO DE PALMELA
- FORTALEZAS
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
- FORTE STA CRUZ
- MURALHAS DO PORTO
- FORTE DAS FORMIGAS
- FORTE S.SEBASTIÃO
- FORTE S LOURENÇO
- FORTE DE SÃO FILIPE
- S.JULIÃO DA BARRA
- TORRE DE BELÉM
- FORTE DE PENICHE
- FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
- FORTE DO QUEIJO
- SÃO TIAGO DA BARRA
- FORTE SÃO JOSÉ
- F.DE JUROMENHA
- FORTE DO OUTÃO
- FORTE DE SÃO BRÁS
- FORTE DO BUGIO
- MURALHAS DE VISEU
- FORTALEZA DE SAGRES
- FORTE DA GRAÇA
- FORTE MIGUEL ARCANJO
- FORTE SENH.DA GUIA
- FORTE DO PESSEGUEIRO
- FORTE DE SACAVÉM
- STO.ANTONIO BARRA
- SÃO TIAGO DO FUNCHAL
- FORTALEZA DO ILHÉU
- FORTE DAS MERCÊS
- REDUTO DA ALFANDEGA
- FORTE DE STA LUZIA
- PORTUGAL
- REINO DE PORTUGAL
- CRISE SUCESSÓRIA
- DINASTIA DE AVIZ
- DINASTIA FILIPINA
- QUESTÃO DINASTICA
- DINASTIA BORGONHA
- DINASTIA BRAGANÇA
- REINO DE LEÃO
- UNIÃO IBÉRICA
- COND PORTUCALENSE
- DITADURA MILITAR
- HISTÓRIA PORTUGAL
- INVASÃO ROMANA
- C.CONSTITUCIONAL
- REINO DO ALGARVE
- RECONQUISTA
- HIST.PENINS.IBÉRICA
- GUERRA COLONIAL
- HISPANIA
- HENRIQUE DE BORGONHA
- COMBOIOS DE PORTUGAL
- PALÁCIOS DE PORTUGAL
- REIS DE PORTUGAL
- D.AFONSO HENRIQUES
- D.SANCHO I
- D AFONSO II
- D.SANCHO II
- D.AFONSO III
- D.DINIS
- D.AFONSO IV
- D.PEDRO I
- D.FERNANDO
- D.JOÃO I
- D.DUARTE
- D.AFONSO V
- D.JOÃO II
- D.MANUEL I
- D.JOÃO III
- D.SEBASTIÃO
- D. HENRIQUE I
- D.FILIPE I
- D.FILIPE II
- D.FILIPE III
- D.JOÃO IV
- D.AFONSO VI
- D JOÃO V
- D.PEDRO II
- D.JOSÉ I
- D.MARIA I
- D.PEDRO III
- D.JOÃO VI
- D.PEDRO I DO BRASIL
- D.MARIA II
- D MIGUEL I
- D.PEDROV
- D.LUIS I
- D.CARLOS I
- D.MANUEL II
- DITADURA E OPOSIÇÃO
- PIDE
- OPOSIÇÃO Á DITADURA
- ROLÃO PRETO
- CAMPO DO TARRAFAL
- CAPELA DO RATO
- REVOL.DOS CRAVOS
- CADEIA DO ALJUBE
- REVIRALHISMO
- COMUNISMO
- CENS.EM PORTUGAL
- O ESTADO NOVO
- INTEGRALISMO
- CATARINA EUFÉMIA
- ALVARO CUNHAL
- FRANCISCO RODRIGUES
- PADRE ALBERTO NETO
- HENRIQUE GALVÃO
- MOVIMENTO SINDICALISTA
- O P.R.E.C EM CURSO
- 6 DE JUNHO DE 1975
- FILOS PORTUGUESES
- MOST. DE PORTUGAL
- NAV.E EXPLORADORES
- ESCRIT.E POETAS
- CESÁRIO VERDE
- TOMÁS GONZAGA
- ALVES REDOL
- LOPES DE MENDONÇA
- EÇA DE QUEIRÓS
- AFONSO L VIEIRA
- JOÃO DE DEUS
- FLORBELA ESPANCA
- MIGUEL TORGA
- BOCAGE
- FERNANDO NAMORA
- GIL VICENTE
- VITORINO NEMÉSIO
- FRANCISCO LEITÃO
- MIGUEL L ANDRADA
- FRANCISCO MELO
- FELICIANO CASTILHO
- CAMILO C. BRANCO
- IRENE LISBOA
- JORGE DE SENA
- ANTERO DE QUENTAL
- SOFIA MELO BREYNER
- ALMEIDA GARRET
- GUERRA JUNQUEIRO
- TIÓFILO BRAGA
- PINHEIRO CHAGAS
- FRANCISCO DE MIRANDA
- ALBERTO CAEIRO
- JOSÉ REGIO
- DESCOBRIMENTOS
- IGREJAS E CONVENTOS
- ACONTECIM.E LENDAS
- ORDENS RELIGIOSAS
- ORIG.PORTUGUESAS
- HISTÓRIAS MILITARES
- HIST M DE PORTUGAL
- H.MILITAR DO BRASIL
- BATALHA DE OURIQUE
- BATALHA DE TOLOSA
- CERCO DE LISBOA
- BATALHA VILA FRANCA
- GUERRA LARANJAS
- BATALHA SALADO
- CERCO DE ALMEIDA
- CORTES DE COIMBRA
- MONARQUIA DO NORTE
- HISTÓRIA MILITAR
- BATALHA DO SABUGAL
- BATALHA FUENTE ONORO
- BATALHA DE ALBUERA
- GUERRA RESTAURAÇÃO
- BATALHA DOS ATOLEIROS
- BATALHA DE MATAPÃO
- GUERRAS FERNANDINAS
- COMBATE DO CÔA
- VINHOS DE PORTUGAL
- HISTÓRIA DE CIDADES
- ARTE EM PORTUGAL
- PORTUGAL NO MUNDO
- RIOS E PONTES
- PORTUGUESES NOBRES
- PRÉ HISTÓRIA
- CULTURA VARIADA
- LITERAT PORTUGUESA
- MONARQUIA
- MARTIN MONIZ
- SALINAS DE RIO MAIOR
- HOSPIT.DONA LEONOR
- PINTURAS PORTUGAL
- AVIAD.DE PORTUGAL
- ALDEIAS HISTÓRICAS
- AZULEJO PORTUGUÊS
- RENASC EM PORTUGAL
- AQUED ÁGUAS LIVRES
- LINGUA PORTUGUESA
- MONTANHA DO PICO
- APARIÇÕES DE FÁTIMA
- GUILHERMINA SUGIA
- MILAGRE DO SOL
- ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
- PANTEÃO DOS BRAGANÇAS
- SANTOS E BEATOS
- GOVERNAD DA INDIA
- FADOS E TOIROS
- POESIA E PROSA
- RAINHAS DE PORTUGAL
- ESTEFANIA JOSEFA
- MARIA LEOPOLDINA
- CARLOTA JOAQUINA
- MARIA FRANC SABOIA
- LEONOR TELES
- JOANA TRASTÂMARA
- MÉCIA LOPES DE HARO
- AMÉLIA DE ORLEÃES
- LEONOR DE AVIZ
- AMÉLIA AUGUSTA
- MARIA PIA DE SABOIA
- LUISA DE GUSMÃO
- BEATRIS DE PORTUGAL
- INÊS DE CASTRO
- MARIA VITÓRIA
- LEONOR DA AUSTRIA
- TERESA DE LEÃO
- RAINHA SANTA ISABEL
- FILIPA DE LENCASTRE
- MARIA ANA DE AUSTRIA
- MARIA SOFIA ISABEL
- SETIMA ARTE
- CURIOSIDADES
- OFICIAIS SUPERIORES
- PERS.DE PORTUGAL
- UNIVERSI. COIMBRA
- CONSELHEIROS REINO
- NOV.ACONTECIMENTOS
- REGENERAÇÃO
- REGICIDIO
- REVOL.28 DE MAIO
- CONSTITUIÇÃO
- INVAS NAPOLEÓNICAS
- CONV DE ÉVORAMONTE
- GUERRA CIVIL PORT.
- INTERREGNO
- COMBATE FOZ AROUCE
- ALCÁCER QUIBIR
- SUCESSÃO CASTELA
- CEUTA E DIU
- BATALHA DE ALVALADE
- BATALHA DE ROLIÇA
- BATALHA DO VIMEIRO
- BATALHA DO PORTO
- BATALHA DO BUÇACO
- CERCO DO PORTO
- BATALHA DE ALMOSTER
- GUERRA DOS CEM ANOS
- GUNGUNHANA
- OCUPAÇÃO FRANCESA
- PORTUGAL RECONQUISTA
- ÁFRICA
- RECONQ DE ANGOLA
- G LUSO-HOLANDESA
- REC.COLÓNAS PORT.
- HISTÓRIA DE ANGOLA
- GUERRA DE ANGOLA
- GUERRA MOÇAMBIQUE
- MOÇAMBIQUE
- HIST GUINÉ BISSAU
- CABO VERDE
- S.TOMÉ E PRINCIPE
- SÃO JORGE DA MINA
- FORTE DE MAPUTO
- PROVINCIA CABINDA
- GUINÉ BISSAU
- ANGOLA
- CAMI DE F BENGUELA
- ILHA DE MOÇAMBIQUE
- ALCACER -CEGUER
- ARZILA-MARROCOS
- AZAMOR
- BATALHA NAVAL GUINÉ
- CONQUISTA DE CEUTA
- CULTURA BRASILEIRA
- HISTÓRIA DO BRASIL
- PROCLA.DA REPÚBLICA
- INCONFID.MINEIRA
- REPUBLICA VELHA
- NOVA REPÚBLICA
- ERA VARGAS
- GUERRA DO PARAGUAI
- REVOLTA DA CHIBATA
- BANDEIRANTES
- GUER DOS EMBOABAS
- FLORIANO PEIXOTO
- FORÇA BRASILEIRA
- GUERRA DO PRATA
- REV.FILIPE SANTOS
- REVOL. FEDERALISTA
- CONFED.DO EQUADOR
- INTENT.COMUNISTA
- GUERRA CONTESTADO
- ORIGEM NOME BRASIL
- LUIS MARIA FILIPE
- HISTÓRIA DE FORTALEZA
- HISTÓRIA DO BRASIL I
- HISTÓRIA DO BRASIL II
- HISTÓRIA DO BRASIL III
- ISABEL DO BRASIL
- PEDRO II
- BRASIL E ALGARVES
- BRASIL COLONIA
- TRANSFER. DA CORTE
- HISTÓRIA CABRALINA
- IMIG PORT NO BRASIL
- QUESTÃO DINÁSTICA
- CAPITANIAS DO BRASIL
- GUE.INDEPENDENCIA
- MALD BRAGANÇAS
- INDEPEND DO BRASIL
- CONDE DE BOBADELA
- ABOLICIONISMO
- PEDRO AUGUSTO SAXE
- AUGUSTO LEOPOLDO
- PERIODIZAÇÃO BRASIL
- HISTÓRIA MINAS GERAIS
- HISTÓRIA RIO JANEIRO
- HISTÓRIA DO BRASIL IV
- VULCÃO DE IGUAÇU
- CRISTO REDENTOR
- HISTÓRIA EDUCAÇÃO
- QUINTA DA BOAVISTA
- OURO PRETO
- PAÇO IMPERIAL
- COLONIZ. DO BRASIL
- AQUEDUTO CARIOCA
- B.JESUS MATOSINHOS
- ALEIJADINHO
- IGRJ SÃO FRANCISCO
- CICLO DO OURO
- TIRADENTES
- REPUBLICA DA ESPADA
- ESTADO DO BRASIL
- BRASIL DIT. MILITAR
- HIST.ECON.DO BRASIL
- INVASÕES FRANCESAS
- BRASIL ESCRIT E POETAS
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
- JORGE AMADO
- CAMILO LIMA
- LIMA BARRETO
- JOSÉ BONIFÁCIO
- ALPHONSUS GUIMARAENS
- ÁLVARES DE AZEVEDO
- MARTINS PENA
- CLARICE LISPECTOR
- MÃE STELLA DE OXÓSSI
- LUIS GAMA
- XICO XAVIER
- MACHADO DE ASSIS
- MÁRIO DE ANDRADE
- CARLOS DRUMONDE
- MONTEIRO LOBATO
- VINICIOS DE MORAIS
- MARIANO DE OLIVEIRA
- OLAVO BILAC
- ORESTES BARBOSA
- FORTES DO BRASIL
- PERSONAG. MUNDIAIS
- MAOMÉ
- JESUS CRISTO
- NAP. BONAPARTE
- NICOLAU COPERNICO
- ADOLFO HITLER
- VLADIMIR LENIN
- NELSON MANDELA
- CONFÚCIO
- MOISÉS
- HOMERO
- FRANCISCO PIZARRO
- JÚLIO CESAR
- ARISTOTELES
- EUCLIDES
- IMP. JUSTINIANO
- ISABEL I INGLATERRA
- PAULO DE TARSO
- CESAR AUGUSTO
- ALEXANDRE O GRANDE
- THOMAS EDISON
- PAPA URBANO II
- MICHELANGELO
- SALOMÃO
- S.JOSÉ CARPINTEIRO
- PLATÃO
- MARIA MÃE DE JESUS
- CARLOS MAGNO
- EVA PERON
- MARTINHO LUTERO
- PINTOR EL GRECO
- Mahatma Gandhi
- PANDORA
- CHARLES DARWIN
- ZARATUSTRA
- CIENCIA E CIENTISTAS
- MUNDO CULTURAL
- CULTURA DE PORTUGAL
- CULTURA DA ALEMANHA
- CULTURA DA GRÉCIA
- CULTURA DO BRASIL
- CULTURA DA CHINA
- CULTURA ANGOLANA
- CULTURA DA FRANÇA
- CULTURA DA RUSSIA
- CULTURA DA ESPANHA
- CULTURA DA ITÁLIA
- CULTURA INGLESA
- CULTURA AMERICANA
- CULTURA DA INDIA
- CULTURA DO IRÃO
- CULTURA DE MACAU
- CULTURA DE ISRAEL
- CULTURA DA INDONÉSIA
- HISTÓRIA DAS ARTES
- MÚSICOS E CANTORES
- SANTA INQUISIÇÃO
- DEIXE SEU COMENTÁRIO
- CONTACTOS
Forte de Nossa Senhora da Guia
O Forte de Nossa Senhora da Guia localiza-se na Av. Nossa Senhora do Cabo, n. 939, entre o Farol da Guia e a Lage do Ramil, na freguesia e concelho de Cascais, distrito de Lisboa, em Portugal.
História
Esta fortificação marítima foi construída no reinado de D. João IV, durante o período das guerras de restauração, integrada no sistema defensivo da orla marítima de acesso a Lisboa entre o Cabo da Roca e a Torre de São Vicente em Belém.
Crê-se que o projecto de construção, tendo em conta as suas características barrocas, se atribuiu aos engenheiros franceses Lassart e Guiatu. A escolha da sua localização nesta zona estratégica relaciona-se como desembarque das tropas espanholas comandadas pelo duque de Alba, em 28 de Julho de 1580, na laje do Ramil, situada na base do actual Forte.
Foi rapidamente construído, estando operacional pelo menos desde 1646 – havia sido iniciado quatro anos antes, como o atesta a lápide colocada sobre a porta de entrada, sob um escudo nacional com coroa: ‘O Mui Alto e Poderoso Rei D. João o IIII de Portugal Nosso Senhor Mandou Fazer Esta Fortificação sendo Governador das Armas desta Praça D. António Luís de Menezes e se começou em 20 de Junho na era de 1642 R.T.E. Ano 1832’.
De traça simples e pequenas dimensões, o espaço estava dividido em duas áreas distintas, a bateria e os alojamentos, seccionados em quatro dependências, seguindo o esquema construtivo das fortificações então erguidas na costa de Cascais.
Após o término das guerras, a sua guarnição foi reduzida a um pequeno número de militares, apresentando o forte já em meados do século XVIII sinais de degradação, agravados com o terramoto de 1755, que afectou particularmente os quartéis e a casa da guarda.
Em 1777, há notícia de que o forte se encontrava novamente em bom estado de conservação, sem ter havido alteração do seu traçado original. Entre 1793 e 1796, procedeu-se a uma profunda remodelação com vista à sua modernização e maior funcionalidade, sobretudo no que concerne à organização interna da casa forte e à construção de elementos como merlões, canhoneiras e guaritas, renovando-se a sua fisionomia.
Após o período das invasões francesas, a sua utilização foi decrescendo. Em 1831, encontrava-se num estado de parcial ruína, decorrendo no ano seguinte algumas obras de restauro, estando eminentes os confrontos entre absolutistas e liberais.
Nessa altura, acrescentou-se a dta de 1832 na lápide primitiva da fundação. Após a tomada de força dos liberais, o Forte gradualmente foi perdendo a guarnição, permanecendo a necessidade urgente de reparos pelos anos que se seguiram dada a continuada degradação.
A actividade militar terminou em 1843, tendo a guarnição, composta por um cabo e um sargento, sido transferida, o que levou ao seu relativo abandono – refira-se que, em 1868, ainda era habitado, servindo de residência aos funcionários da Estação Semafórica da Guia.
No início do séc. XX, o Conde de Moser, proprietário da Quinta da Marinha, adquiriu os parapeitos exteriores, desmantelando-os. Em 1920, o Forte de Nossa Senhora da Guia foi colocado em hasta pública e arrendado a um particular, manifestando já em 1926 a Direcção-Geral do Ensino Superior interesse em ocupar o edifício para fins científicos.
Data de 1927 o projecto de obras de adaptação do arquitecto Frederico Carvalho, antecedendo o arrendamento, por parte do Ministério da Guerra, à Direcção-Geral do Ensino Superior para instalação da Estação Zoológica Marítima experimental do Museu Bocage da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
As obras de adaptação do edifício a laboratório de investigação – nas quais também interveio o Ministério das Obras Públicas – iniciaram-se em 1928, sob Arthur Ricardo Jorge, então director do Museu Bocage, prolongando-se por vários anos até 1956.
Em 1939, o Forte transitou para a Direcção-Geral da Fazenda Pública, que volvidos três anos o cedeu, definitivamente, à Universidade de Lisboa, com vista à instalação da Secção Marítima do Museu Bocage.
A primeira fase de ampliação foi autorizada em 1950, mas apenas depois de 1956 foi possível dotar o espaço de electricidade. A classificação do Forte como Imóvel de Interesse Público foi pedida a 9 de Abril de 1974, tendo sido concedida volvidos três anos, em 1977.
Foram-se desenvolvendo diversas investigações e colheitas marítimas logo sob Ricardo Jorge, tendo o Laboratório ficado praticamente inactivo quando este se reformou. Em 1966, foram dadas aulas práticas de Zoologia Sistemática no Forte, sem continuidade.
A falta de verbas próprias condicionava bastante o desenvolvimento de actividade no Laboratório. Através do grande empenho de Luiz Saldanha, encetou-se a reactivação e dinamização do Laboratório Marítimo da Guia como unidade de investigação e ensino a partir de 1975.
As instalações acolheram a secção de Biologia Marítima e Oceanografia Biológica do Departamento de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências actual Departamento de Biologia Animal, iniciando-se de imediato o trabalho de investigação laboratorial de Luiz Saldanha e dos seus alunos, em estágio de licenciatura; muitos deles, por questões financeiras, chegaram inclusive a pernoitar consecutivamente no Forte.
Mantinham-se as c. 140 peças de mobiliário adquiridas por Ricardo Jorge, bem como a maioria do equipamento laboratorial. Existiam, então, gabinetes/laboratórios, cozinha, biblioteca, sala de aquários e câmara escura, espaços que foram sendo adaptados ao longo do tempo consoante as necessidades e a evolução da investigação científica na área.
Desde o incêndio que em 1978 ocorreu nas instalações da Faculdade de Ciências, na Rua da Escola Politécnica, que o Laboratório Marítimo da Guia se tornou indispensável para instalação de alguns docentes e alunos.
Naturalmente que, ao longo do tempo, obras de conservação continuaram a ser feitas, como a impermeabilização da cobertura e o arranjo de janelas e portões. Apesar das necessárias transformações e consequentes acrescentos algo inestéticos e descaracterizadores, o Forte mantém alguma da sua traça original e adapta-se ao funcionamento do Laboratório que o ocupa.
Desde 2007, o Laboratóro Marítimo da Guia integra o Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a par do seu estatuto como unidade de investigação do IMAR desde 1998 tendo desde 1991 albergado a sua sede, então transferida para Coimbra.
Atendendo ao âmbito de investigação desenvolvida no Laboratório Marítimo da Guia actualmente, a ecologia marinha sistemas costeiros e profundos e ecofisiologia marinha fisiologia do crescimento, nutrição e reprodução de espécies marinhas, o espaço dispõe actualmente de áreas de investigação, gabinetes, laboratórios, sala de conferências e infra-estruturas para cultura marinha.
Desde 2015 passou a integrar o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, com a extinção do Centro de Oceanografia.
TEXTO WIKIPÉDIA