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Futebol do Brasil
O futebol, no Brasil, é crucial para o país. Foi introduzido por Charles Miller, um jovem brasileiro que, após viagem pela Inglaterra, trouxe consigo duas bolas de futebol e passou a tentar converter a comunidade de expatriados britânicos da cidade de São Paulo de jogadores de críquete para futebolistas, criando um clube de futebol no Brasil.
O futebol rapidamente se tornou uma paixão para os brasileiros, que frequentemente referem-se ao país como "a pátria de chuteiras" ou o "país do futebol". Segundo pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, o futebol movimenta R$ 16 bilhões por ano, tendo trinta milhões de praticantes aproximadamente 16% da população total, 800 clubes profissionais, 13 mil times amadores e 11 mil atletas federados.
História
O futebol no Brasil começou como algo apenas praticado pela elite. Diz-se que a primeira bola de futebol do Brasil foi trazida em 1894 pelo paulista Charles Miller. A aristocracia dominava ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. Inicialmente, apenas brancos podiam jogar futebol no Brasil, dado o fato da maioria dos primeiros clubes terem sido fundados por estrangeiros. Em jogo contra o seu ex-clube, o América, o mulato Carlos Alberto no Campeonato Carioca de 1914, por conta própria, chegou a cobrir-se com pó-de-arroz para que ele parecesse branco, mas com o decorrer da partida, o suor cobria a maquiagem de pó-de-arroz e a farsa foi desfeita . A torcida do América, que o conhecia pois ele tinha sido um dos jogadores que saíram do clube na cisão interna de 1914, tendo sido campeão carioca em 1913, começou a persegui-lo e a gritar "pó-de-arroz", apelido que foi absorvido pela torcida do Fluminense Football Club clube que iniciou a pratica do futebol em 1902, que passou a jogar pó-de-arroz e talco à entrada de seu time em campo.
Na década de 20, os negros começaram a ser aceitos em outros clubes, e o Vasco foi o primeiro dos clubes grandes a vencer títulos com uma equipe repleta de jogadores negros e pobres.
Durante os governos de Vargas principalmente foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil 1950, por exemplo, foram na Era Vargas. Em 1952, quando a população ainda lamentava a perda da Copa do Mundo de 1950, o Fluminense Football Club elevou a autoestima do povo carioca conquistando no grande estádio a Copa Rio Internacional, embrião da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e vários outros, com Zezé Moreira no comando, o Tricolor passou por Sporting Lisboa, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna, e ao vencer o Corinthians na final, conquistou essa importante taça para o Brasil.
A vitória no Mundial de 1958 pela seleção, com um time comandado pelos negros Didi e Pelé, pelo mulato Garrincha e pelo capitão paulista Bellini ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.
Tradicionalmente tem-se como maiores destaques do futebol nacional os times do Santos e Palmeiras, ambos possuidores de 8 títulos nacionais reconhecidos.
Transferências internacionais
Desde o início do século XXI, o Brasil se tornou o maior exportador mundial de jogadores. Nos últimos anos, a saída de jogadores movimentou mais de 440 milhões de dólares, se tornando um dos principais produtos de exportação do país, ultrapassando produtos como banana, maçã e uva. Desde que o Banco Central começou a registrar a venda de atletas para o exterior, em 1993, as exportações já somam dois bilhões de doláres. O principal destino dos jogadores é Portugal: em 2008, 209 futebolistas se transferiram para o país. A Europa é a maior importadora de atletas brasileiros: dos 1.176 que saíram do Brasil em 2008, 762 tiveram como destino a região. Em segundo lugar vem a Ásia, com 222 jogadores. A transferência de brasileiros para o exterior é tão generalizada que o presidente da FIFA, Joseph Blatter, chegou a afirmar que um dia "todas as seleções do mundo jogarão apenas com brasileiros.
Apesar desse panorama, os altos valores negociados não refletem uma grande valorização do atleta brasileiro quando atuando no país. A alta quantia é muito mais pela grande quantidade de jogadores negociados, já que até hoje poucos clubes brasileiros conseguiram cifras significativas na venda de um único jogador. Na lista das dez maiores transferências da história do futebol, não se encontra nenhum brasileiro negociado por um time nacional. A desvalorização do jogador brasileiro quando fora na Europa tem no caso de Kaká seu exemplo mais explícito: ganhador do prêmio de Melhor Jogador do Ano em 2007 pela FIFA e um dos atletas mais valorizados atualmente, ele saiu do São Paulo para o Milan por apenas US$ 8,25 milhões, o que levou a Silvio Berlusconi, presidente do clube milanês, a declarar: "Foi a maior contratação da história do Milan. E a preço de banana.
Para os clubes, a culpa de tal êxodo é da Lei Pelé. A Lei 9.615/98, mais conhecida pelo nome de seu criador, Pelé, entrou em vigor em 26 de março de 2001, instituindo o passe livre. O passe, que era o vínculo do jogador com o clube, passou a ser substituído por um vínculo trabalhista e desportivo, permitindo que um jogador sob contrato fosse contratado por outra equipe mediante o pagamento de uma clausula penal.Segundo os clubes, a Lei Pelé enfraqueceu as agremiações, por não haver uma legislação específica voltada para resguardar os interesses dos mesmos. Para os atletas, o fim do passe representou o fim de um vínculo injusto, onde o time era o único com o poder de decisão sobre o futuro de seus jogadores. Com o grande êxodo de jogadores nos últimos anos, iniciou-se um debate para mudar certos pontos da Lei Pelé.
O êxodo de jogadores, sobretudo aqueles menores de idade, é palco de muitos debates no país, principalmente sobre as consequências que isso estaria gerando ao estilo do futebol brasileiro. Segundo alguns especialistas, a ida prematura a Europa acabaria por modificar o jogador brasileiro, que é lapidado na forma europeia de jogo, focada mais na parte defensiva e tática do que na habilidade propriamente dita. Tal opinião é compartilhada por técnicos como Carlos Alberto Parreira, tetracampeão mundial com a seleção brasileira e Vanderlei Luxemburgo, cinco vezes campeão brasileiro. Para Parreira, este é um problema que "pode acabar afetando seriamente o futebol brasileiro num futuro próximo.
Seleção Brasileira
A Seleção Brasileira de Futebol é um dos principais times nacionais de futebol do mundo. Maior vencedor da Copa do Mundo FIFA, com cinco títulos, o Brasil é conhecido por sua camisa nas cores amarela e verde, com shorts azuis e meias brancas, as quatro cores da bandeira nacional. Pelo fato da camisa ser predominantemente amarela, a Seleção Brasileira também é tratada como seleção canarinho.
A equipe nacional do Brasil também conquistou a Copa América em oito ocasiões, a Copa das Confederações em três, mas embora nunca conquistado a medalha de ouro, concedida aos campeões do futebol nos Jogos Olímpicos, conquistou duas medalhas de prata por vice-campeonatos e duas de bronze por terceiros lugares.
Atualmente, a maioria dos jogadores que são convocados para participar do time nacional do Brasil, atuam em equipes do exterior, porém, no geral, o Flamengo é o clube que mais cedeu futebolistas para a seleção, com cento e vinte jogadores tendo atuado pelo país.
Em Copas do Mundo, o Botafogo é o clube com o maior número de convocações, quarenta e seis até 2006. Já o Santos é o clube que teve o maior número de jogadores campeões do mundo pelo Brasil enquanto defendiam o clube, onze no total.
Os maiores rivais do Brasil são a Argentina e o Uruguai no continente americano. Além destes, são adversários tradiconais as européias, Inglaterra, Itália, França, Alemanha e a Holanda, em função dos confrontos realizados em copas do mundo.
Entidades
CBF
A Confederação Brasileira de Futebol é a entidade máxima do esporte no país. Organiza todos os campeonatos em território nacional e representa o Brasil nas competições internacionais entre países com a Seleção Brasileira. Fica sediada na cidade do Rio de Janeiro e tem como atual presidente José María Marín.
Federações estaduais
As Federações estaduais são as responsáveis por regular o futebol em cada Estado que lhe têm circunscrição. São órgãos inferiores e ligados à CBF, tendo autonomia própria para organizar campeonatos, eleger presidente, assinar contratos e reconhecer clubes e associações ligadas ao esporte.
Clube dos 13
O Clube dos 13 é a associação criada em 1987 para organizar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol. Seria o órgão responsável por criar uma liga de clubes, porém, este fato só foi concretizado em seu ano de fundação e em 2000, devido a problemas da CBF na organização do campeonato, gerando assim a Copa União e a Copa João Havelange para cada ano respectivamente. Na prática, o Clube dos 13, atualmente, é o elo entre clubes e CBF e entre clubes e contratos de trasmissão pela TV.
FBA
A FBA, sigla para Futebol Brasil Associados, é a entidade responsável para a organização do Campeonato Brasileiro de Futebol - Série B, a segunda principal divisão de clubes no torneio nacional.
STJD
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva é órgão jurídico no âmbito desportivo no Brasil. Ele é responsável por julgar os casos envolvendo clubes e atletas. É comum sua participação no cotidiano do futebol brasileiro a partir de julgamentos de casos de suspensão por cartões vermelhos e amarelos, casos de agressão ou mesmo de doping. Seu órgão inferior é o Tribunal de Justiça Desportiva TJD, que atua a nível estadual.
Calendário e competições
Motivo de grande controvérsia no Brasil, o calendário de futebol ao longo dos tempos foi alvo de críticas por parte de torcedores, jornalistas especializados e mesmo dirigentes de clubes. Com a aprovação do "Estatuto do Torcedor" pelo Congresso Nacional, as mudanças começaram a transformar o calendário nacional. Segundo a CBF, a intenção é tornar o calendário brasileiro compatível com os dos países da Europa, para compatibilizar os interesses das organizações de futebol nacionais e internacionais.
A temporada brasileira, tradicionalmente, é iniciada em janeiro. Hoje, a primeira competição a ser disputada pelos elencos profissionais são os campeonatos estaduais. Anteriormente, entre meados da década de 1990 até 2002, as competições regionais, como o Torneio Rio-São Paulo, a Copa Sul-Minas e a Copa Nordeste por exemplo, eram realizadas no começo do ano. Envolviam equipes de diferentes estados. Contudo, foram extintas, já que sobrecarregavam os grandes times no primeiro semestre. A Copa do Brasil, disputada na primeira metade do ano, cresceu e ganhou importância. Esta é a única competição nacional que envolve clubes de todos os estados do Brasil, classificados a partir de torneios estaduais do ano anterior. No entanto, a Copa do Brasil não conta com a participação das equipes classificadas para a Libertadores da América, também disputada no primeiro semestre de cada ano.
O Campeonato Brasileiro de Futebol, também conhecido por Brasileirão popularmente, é realizado entre maio e dezembro normalmente, desde 2003. Por começar antes do meio de cada ano, o campeonato sofre com a abertura do mercado exterior entre julho e agosto, fazendo com que muitos jogadores transfiram-se para outros países. Além disso, seu início dá-se durante a fase decisiva da Copa Libertadores e sua finalização é concorrente à Copa Sul-Americana.
No total, um clube brasileiro pode acabar disputando por volta de 80 partidas ao longo do ano, perfazendo a média de um jogo a cada 4,5 dias. Os jogos de primeira divisão no país costumam acontecer em rodadas de quarta e quinta-feira, à noite, e sábado e domingo, à tarde.
No passado, os campeonatos estaduais e o nacional, desde que fora criado, dividiam o calendário do futebol brasileiro. Uma competição para cada semestre. Além disso, paralelamente aos estaduais, ocorriam competições municipais, regionais e, em alguns locais, o Torneio Início, que tinha todas suas partidas em apenas um dia.
Campeonatos Estaduais
Organizados pelas federações estaduais, é uma disputa entre os clubes de cada unidade da federação, muito tradicional em determinados estados. A fórmula de disputa é diferente para cada Estado, variando conforme a tradição, cultura, mercado e vontade dos dirigentes locais. Alguns Estados criam fórmulas complexas, com diversas finais, turnos e repescagens ao longo do torneio, enquanto outros, como o Rio de Janeiro, mantém a mesma fórmula há várias décadas. Desde a instituição da Copa do Brasil, os campeões estaduais de federações menores têm a oportunidade de obter algum tipo de projeção nacional.
Sua existência é um aspecto único ao futebol brasileiro. Por causa do desenvolvimento do esporte em tempos remotos, o tamanho do país e a falta de um transporte rápido, tornou-se inviável a criação de uma competição de nível nacional, fazendo com que os primeiros torneios fossem estaduais ou interestaduais, como o Torneio Rio-São Paulo. Mesmo hoje, apesar da existência de um campeonato nacional, os campeonatos estaduais continuam a ser disputados intensamente e as rivalidades dentro de cada estado mantém-se muito forte. Em alguns Estados, a competição ganha o apelido por seu aumentativo, casos do Paulistão e Gauchão por exemplo.
Copas Estaduais
Durante o Campeonato Brasileiro os times que não se encontram em nenhuma das 4 divisões disputam as Copa Estaduais. Os clubes se mantém em atividade e ainda se preparam para os campeonatos estaduais do ano seguinte. Alguns times da elite ou da séries abaixo uma vez ou outra, também utilizam a competição para dar ritmo a seus jogadores que ainda não tiveram chance ou jovens promessas. Esses campeonatos mantém os times em disputa boa parte do ano e é atrativa pelas reais chances de título aqueles que não estão no campeonato nacional. Os campeões e vice recebem recebem vaga na Copa do Brasil ou na Série D dependendo do critério da federação.
Copa do Brasil
Torneio criado em 1989, a Copa do Brasil de Futebol em suas primeiras edições era relegado ao segundo plano. Hoje, ganhou importância devido a um número maior de participantes e, principalmente, por causa da vaga para a Copa Libertadores da América do ano seguinte reservada ao campeão. É a única chance dos times pequenos como o Santo André, em 2004, e o Paulista de Jundiaí, em 2005 conseguirem acesso à competições internacionais, sem precisar ganhar o competitivo Campeonato Brasileiro de Futebol, em todas as suas divisões.
Campeonato Brasileiro
O Campeonato Brasileiro de Futebol ou Brasileirão foi criado apenas em 1971 pela CBF para ser o principal torneio de futebol no âmbito nacional. O campeonato teve com antecessores a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Ainda hoje, algumas dificuldades são notórias para a sua realização. A fórmula foi alterada inúmeras vezes e as divisões inferiores sempre sofreram com o descaso e a falta de planejamento. Nos últimos anos, porém, o campeonato ganhou consistência com a adoção, desde a edição de 2003, do sistema de pontos corridos, onde a competição é disputada em dois turnos, sendo o time que somar o maior número de pontos o campeão. O torneio cede vaga para as competições internacionais, Libertadores e Sul-Americana, além de rebaixar clubes para a Segunda Divisão.
O Campeonato Brasileiro é disputado em quatro divisões, além da Série A, existem também as Séries B C e D. Recentemente, clubes campeões brasileiros caíram para a Segunda Divisão, como Coritiba, Corinthians e Vasco da Gama, porém, todos estes conseguiram reascender à Série A no ano seguinte, com exceção do Coritiba, que passou dois anos na divisão de acesso. A presença destas equipes gerou maior organização da competição e atração de investimentos para a sua realização. Já a Terceira Divisão teve participação do Fluminense e da dupla Ba-Vi Bahia e Vitória. A presença desses clubes gerou uma grande estruturação na competição, que, pela primeira vez, em 1999, foi transmitida pela televisão.
Com o baixo interesse pela Série C, a CBF começou a discutir em 2008 a criação de uma Série D, de modo a poder diminuir os participantes da Série C e torná-la mais atrativa. A nova divisão foi confirmada no dia 9 de Abril e contará com 40 clubes na sua primeira edição. A C, que contava com 64 equipes contará com apenas 20 clubes em 2009.
Categorias de base
Copa São Paulo de Futebol Júnior
Organizada pela Federação Paulista de Futebol, a Copa São Paulo de Futebol Júnior conta com a participação de dezenas de clubes da categoria júnior até 20 anos de todo o país em algumas edições houve a participação de clubes estrangeiros, com uma contagem que varia ano a ano. Tem duração em torno de 20 dias e sua final acontece sempre no Estádio do Pacaembu em 25 de Janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, capital do Estado. O Corinthians é o maior vencedor desta copa.
Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-20
Organizado desde 2006 pela Federação Gaúcha de Futebol, o Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-20 reúne no final do ano as principais equipes de futebol do país, com jogadores em idade até 20 anos, em um único Estado-sede. As equipes são divididas em grupos e os melhores classificam-se para uma fase eliminatória. Após cada etapa, o vencedor da final sagra-se o campeão. Todas as edições do torneio foram disputadas no Rio Grande do Sul. Grêmio e Cruzeiro são os maiores vencedores deste campeonato.
Competições internacionais
Copa Libertadores
A Copa Libertadores da América começou a ser disputada em 1960. Organizada pela CONMEBOL, é a principal competição de clubes da América do Sul, sendo disputada no primeiro semestre. Apesar de um boicote por parte dos clubes brasileiros em fins da década de 1960, oito clubes do país já a venceram. São eles São Paulo e Santos com três conquistas, Grêmio, Internacional, Cruzeiro e com duas; além de Flamengo, Vasco, Palmeiras e o Corinthians atual campeão, que possuem um título. Atualmente, cinco equipes do Brasil podem conseguir vaga na competição através das competições nacionais. O campeão da Libertadores ganha vaga na Recopa Sul-Americana para jogar contra o campeão da Copa Sul-Americana. A competição é tão importante para os clubes que de 1991 em diante sempre houve um time brasileiro como semi-finalista.
Copa Sul-Americana
A Copa Sul-Americana é a segunda principal competição da América do Sul. Ela foi criada para substituir as antigas Copa Conmebol, vencida por Atlético Mineiro duas vezes, Botafogo, São Paulo e Santos, e Copa Mercosul, conquistada por Flamengo, Vasco e Palmeiras. Ocorre sempre no segundo semestre de cada ano. São concedidas para times do Brasil oito vagas no torneio, entre o 5° e o 12° colocados do Campeonato Brasileiro de futebol. Contudo, até hoje somente um clube brasileiro venceu a Competição, o Sport Club Internacional 2008, sobre o Estudiantes de La Plata - e de forma invicta, considerando-se a prorrogação da final. O campeão da Copa Sul-Americana ganha vaga na decisão da Recopa Sul-Americana, quando disputa o título contra o campeão da Copa Libertadores da América além de disputar a Libertadores do ano seguinte.
Mundial de Clubes
O Mundial de Clubes, e suas versões anteriores, são a principal competição de futebol envolvendo clubes no Planeta Terra. Sua primeira edição ocorreu em 1951 com a Copa Rio Internacional o torneio reunia os campeões das maiores federações do planeta , no caso do Brasil os representantes eram o campeão carioca e o campeão paulista maiores torneios do Brasil na época;o torneio teve duas edições 1951 e 1952 e teve como campeões o Palmeiras em 1951 e o Fluminense em 1952.Foi sucedida pela Copa Intercontinental. Em 1960 o começou a Copa Intercontinental apelidada pela mídia de Mundial de Clubes que reunia os campeões da Libertadores da América e Champions League,Foi sucedida pela Copa Toyota. Entre 1960 e 1979, o campeão era definido em jogos de ida e volta, sendo um jogo em cada país dos times envolvidos. Entre 1980 e 2008, a decisão ocorreu sempre no Japão com exceção do ano 2000, que além de sua edição no Japão, vencida pelo Boca Juniors, da Argentina, contou também com uma realizada pela FIFA, no Brasil, vencida pelo Sport Club Corinthians Paulista. A partir de 2009, o torneio passou a ocorrer nos Emirados Árabes Unidos.
No Brasil, de forma regular atual, ou seja, vencendo a Copa Libertadores da América, cinco clubes do país já venceram a competição, o São Paulo é o maior recordista do país com três conquistas, o Santos com duas conquistas e Internacional, Flamengo e o Grêmio uma vez cada.
Arbitragem
A arbitragem no Brasil é regulamentada pela Comissão de Arbitragem CONAF, órgão vinculado à CBF. Seu atual presidente é Segio Corrêa. A indicação dos membros da comissão fica a cargo do presidente da CBF. A profissão é representada pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ANAF, que responde pelos interesses da classe no país.
Os juízes do quadro nacional são indicados pelas comissões de arbitagem de cada federação. Entre as atribuições do CONAF estão a punição a árbitros por erros cometidos durante as partidas,o sorteio dos mesmos nas competições regulamentadas pela CBF - Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, e a execução dos testes fisícos e teóricos para seus quadros nacionais e internacionais - os "árbitros FIFA", aptos a apitar jogos internacionais.
No quadro FIFA de 2008 houve no total 7 alterações. Entre os árbitros masculinos, entraram Marcelo de Lima Henrique e Evandro Rogério Roman. Entre os assistentes, duas mudanças: Emerson Augusto de Carvalho e Dibert Pedrosa Moises. Já no quadro feminino, no entanto, não há árbitros, apenas assistentes. Foram três mudanças: a inserção de Maria Eliza Correia Barbosa, Katiúscia Mayer Berger Mendonça e a Angela Paula C. Regis Ribeiro.
A escolha dos árbitros para as competições oficiais se dá mediante sorteio. Tal regra foi regulamentada pela Lei 10.671, mais conhecida como Estatuto de Defesa do Torcedor. Seu artigo 32 diz que "É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados". Antes da lei entrar em vigor a CONAF decidia a escalação dos juízes em campeonatos nacionais, com as federações regionais decidindo o mesmo em campeonatos estaduais. A não realização de um sorteio levava a indicações políticas e por pressões de cartolas pelo escolha de um árbitro em detrimento de outro, numa tentativa de interferência na arbitragem de modo a favorecer seu time. O atual sistema, apesar de evitar interferências externas, é criticado porque, com um único critério, que é a aleatoriedade, acabaria por afastar árbitros mais qualificados da escala.
O primeiro juiz brasileiro em uma Copa do Mundo foi Almeida Rego, que atuou como árbitro em três partidas na primeira edição do torneio e como auxiliar em outra. A atuação do brasileiro em sua primeira partida, Argentina versus França, foi polêmica. Almeida terminou o jogo antes dos 90 minutos regulamentares, e avisado pelos seus auxiliares, voltou atrás em sua decisão.
A arbitragem brasileira só seria representada novamente na Copa do Mundo de 1950, com Mário Gonçalves Vianna, apitando em dois jogos. Vianna voltaria na edição de 54 para se envolver numa grande polêmica. Na partida Suíça 2 x Itália 1, apitada pelo brasileiro, Vianna foi acusado de não coibir o jogo violento do time suíço e de ter anulado um gol legítimo francês. Terminado o confronto, ele foi perseguido pelos atletas franceses, que tiveram que ser contidos pela polícia. O jornal italiano Gazzetta Dello Sport caracterizou a atuação do árbitro com a manchete "Arbitraggio scandaloso!" 'arbitragem escandalosa!'.
Em 1950 o Brasil foi representado por mais dois árbitros: Alberto da Gama Malcher, participando de dois jogos, e Mário Gardelli, como auxiliar em um. Desde então mais 11 juízes tiveram participações em Copas do Mundo, totalizando 15 brasileiros. São eles: João Etzel Filho, em 1962; Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques em 66 e 74; Arnaldo Cezar Coelho em 78 e 82; Romualdo Arppi Filho em 1986; José Roberto Wright em 1990; Renato Marsiglia e Paulo Jorge Alves em 94; Márcio Rezende Freitas e Arnaldo Pinto em 98; Carlos Eugênio Simon e Jorge Paulo Gomes em 2002, e o mesmo Simon em 2006
Dois árbitros brasileiros já apitaram uma final de Copa do Mundo: Arnaldo Cezar Coelho na Copa do Mundo de 1982, no jogo entre Itália e Alemanha e Romualdo Arppi Filho em 1986, na decisão entre Argentina e Alemanha.
O árbitro que mais apitou jogos do Campeonato Brasileiro é Arnaldo Cezar Coelho, presente em 291 partidas pela competição. A seguir os 15 juízes que mais atuaram no torneio:
Futebol feminino
O futebol feminino do Brasil tem como destaque a Seleção Brasileira de Futebol Feminino. No time nacional, destacam-se jogadoras como Marta, Cristiane, Daniela Alves e, na década de 1990, Kátia Cilene, Pretinha e Sissi. O time ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2003 e 2007, além de ter sido vice-campeã na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2007 e nas Olimpíadas de 2004 e de 2008.
Apesar da força da Seleção, o futebol feminino interno é precário. São poucos os clubes que se interessam por desenvolver a categoria. Além disso, os campeonatos são escassos, sendo grande parte em nível estadual e amador. O primeiro grande torneio criado foi a Copa do Brasil de Futebol Feminino em 2007.
Mas, atualmente a equipe do Santos Futebol Clube possui o melhor elenco de toda a América. Sendo Marta e Cristiane algumas das jogadoras da equipe. O Santos Futebol Clube foi campeão das duas primeiras edições Copa Libertadores de Futebol Feminino, em 2009 e 2010.
Mídia
A popularização do futebol no Brasil deve-se, em parte, à mídia, em especial ao rádio nas primeiras décadas do século XX. A Rádio Globo do Rio de Janeiro, capital da República até 1961, transmitia partidas para grande parte do território nacional. Além disso, outras rádios locais cobriam o esporte em sua própria região antes da chegada e difusão da televisão. Os jornais também contribuiam para a divulgação de informações a respeito dos ocorridos do esporte.
Atualmente, a televisão é o principal órgão difusor do futebol no país. Os direitos de transmissão dos principais campeonatos encontram-se sobre o monopólio das Organizações Globo, que as divide para seus canais, TV Globo, Sportv e Premiere Futebol Clube, além de outros canais de TV aberta, como a Band e, anteriormente, a Record. A Série B conta também com a transmissão da Band, além de Sportv e Premiere Futebol Clube e afiliadas da Globo. A Série C passou a ser transmitido alguns jogos pelo Sportv.
Outros veículos de comunicação futebolísticos importantes são a Revista Placar e os jornais esportivos Lance!, Gazeta Esportiva e Jornal dos Sports. Um tipo comum de programa na televisão fica por conta dos programas de mesa-redonda debate esportivo nas noites de sábado, domingo e segunda-feira, além de outros especializados em formatos variados diariamente. Uma espécie curiosa de exploração do esporte dá-se pela MTV Brasil através do programa Rockgol, onde algumas das bandas musicais famosas montam equipes e disputam um torneio, além do Rockgol de Domingo, onde os humoristas Paulo Bonfá e Marco Bianchi satirizam os programas de mesa-redonda.
Seleção Brasileira de Futebol Feminino representa o Brasil nas competições de futebol feminino. E atualmente esta na segunda colocação do Ranking da FIFA.
Torcidas
Segundo pesquisas realizadas, o clube que possui a maior torcida do país é o Flamengo, com cerca de 33 milhões de adeptos. Logo atrás, o Corinthians é o dono do segundo maior contigente de torcedores, 25 milhões aproximadamente. O São Paulo vem em terceiro, com cerca de 17 milhões, sendo a torcida que mais cresce no país nas últimas 2 décadas. Outros clubes que ultrapassam a marca de 5 milhões de fãs são, o Palmeiras, o Vasco, o Santos, o Cruzeiro e o Grêmio, e pelo menos 19 clubes ultrapassando a marca de 1 milhão de torcedores, segundo pesquisa LANCE-IBOPE realizada em 2010, com margem de erro de apenas 1,2%., e um vigésimo clube, o Náutico, identificado com 964.523 torcedores no Brasil,, que pela margem de erro da pesquisa pode também ter mais de 1 milhão de fãs, completando a lista dos vinte clubes de maior torcida no Brasil.
Com relação a frequência de torcedores aos estádios, foram registrados mais de 260 públicos acima de 100.000 pessoas em estádios brasileiros, com os clubes cariocas liderando esta estatística, tendo havido cerca de duzentos jogos no Estádio do Maracanã acima deste patamar, seguidos dos clubes paulistas, com mais de quarenta jogos, estes realizados no Estádio do Morumbi. Dezesseis clubes venderam mais de 5.000.000 de ingressos ente 1971 e 2009 no Campeonato Brasileiro
É comum ver nos estádios torcidas organizadas, grupos de adeptos de um determinado time que se unem para cantar músicas de apoio ao seu time. Contudo, um número de integrantes de tais grupos são responsáveis por um grande número de atos de violência dentro e fora dos estádios, sobretudo em brigas contra torcidas organizadas rivais. Fatalmente, os criminosos que integram as torcidas organizadas acabam por comprometer sua imagem por meio de uma estereotipação que atribui torcida organizada à criminalidade, conforme se pode verificar em observação empírica. A violência de desses integrantes muitas vezes não se limitam apenas a torcidas rivais, mas também à comissão técnica, jogadores e até mesmo diretoria dos clubes. O técnico Emerson Leão foi agredido por membros de uma organizada do Santos quando vinha cobrar salários atrasados na Vila Belmiro; já o presidente do Atlético Mineiro, Ziza Valadares, renunciou em 2008 por uma suposta ameaça de morte, que segundo ele, teria sido orquestrado por uma torcida organizada.. Tais eventos têm feito com que o poder público discuta medidas de represálias a esses movimentos, como sua proibição
FONTE WIKIPÉDIA