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CASTELO BRANCO

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Castelo de Castelo Branco

O Castelo de Castelo Branco, também conhecido localmente como Castelo dos Templários, localiza-se na cidade, freguesia, concelho e distrito de Castelo Branco, em Portugal.

Integrava, na Idade Média, a chamada Linha da Raia ou Linha do Tejo. Severamente danificado ao longo dos séculos, o Castelo Branco dos Templários portugueses permanece como o mais importante registro histórico-militar da cidade.

 História

 Antecedentes

Acredita-se que primitiva ocupação humana de seu sítio tenha sido um castro pré-histórico, no alto do monte, em cujas encostas se registrou a ocupação romana, sucedida por Suevos, Visigodos e Muçulmanos.

 O Castelo Branco

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a região foi tomada aos muçulmanos desde 1165, sendo doada por D. Afonso Henriques 1112-1185 à Ordem dos Templários para que a povoasse e defendesse.

A área da actual Castelo Branco integrava a propriedade régia conhecida como Herdade da Cardosa, destacada do termo do Concelho da Covilhã no foral de 1186, no início do reinado de D. Sancho I 1185-1211. Ainda no reinado deste soberano, a doação aos templários foi revista 1198, ficando a metade do território nos domínios de Fernando Sanches, que se acredita seja o próprio infante D. Fernando, terceiro filho de D. Sancho I. Este Senhor aí teria constituído a Vila Franca da Cardosa 1211. Em 1214, Fernando Sanches cedeu a vila e seus domínios à Ordem do Templo, sendo seu Mestre em Portugal, Pedro Alvites, com reserva de metade dos rendimentos e sob a condição de promoverem o seu povoamento e nela erigirem castelo para a defesa das suas gentes, doação confirmada por bula do Papa Inocêncio III em1245, quando se refere, pela primeira vez, a toponímia Castelo Branco. É nesta fase, entre 1214 e 1230, que é edificada a primeira muralha, integrando, juntamente com o Castelo de Almourol, o Castelo de Monsanto, o Castelo de Pombal, o Castelo de Tomar e o Castelo do Zêzere, a defesa denominada como Linha da Raia ou Linha do Tejo. Também é neste período que D. Simão Mendes, Mestre da Ordem, determina a construção do chamado Palácio dos Comendadores 1229.

Desenvolvendo-se extra-muros, sob o reinado de D. Dinis 1279-1325, a Ordem de Cristo sucedeu a do Templo, época em que o soberano determinou a ereção da Torre de Menagem de planta poligonal, no extremo Noroeste do perímetro hoje desaparecida. Nesta fase, ao final do século XIII, os muros eram rasgados por quatro portas: a Porta do Ouro, a Porta de Santiago, a Porta do Pelame e a Porta da Traição.

O rei D. Afonso IV 1325-1347, ordenou que as vilas de Castelo Branco e de Nisa erguessem novas muralhas, sendo as obras custeadas com o produto da sisa sobre os cereais, vinhos, carne, sobras dos fundos dos hospitais, gafarias e dos resíduos dos testamentos, tudo da Ordem, até ao montante de 600 libras. Inicia-se assim, a partir de 1343, uma segunda cinta de muralhas envolvendo a vila, quando a alcáçova passou a contar com sete portas. Iniciaram-se ainda as obras da Torre de Menagem, adossada à muralha.

Quando da doação da vila e seus domínios a Martim Lourenço de Figueiredo, é feita menção a um alcaide-mor do castelo 1 de Outubro de 1357.

Sob o reinado de João I de Portugal, a edificação do palácio é descrita como possuindo três câmaras, uma torre e duas cavalariças, estando-lhe anexas uma cozinha, uma vacaria, um celeiro e uma casa para guardar a prata 1408. Ainda no século XV é erguida a barbacã.

No reinado de D. Manuel I 1495-1521, encontra-se figurado por Duarte de Armas em seu Livro das Fortalezas c. 1509: o castelo ao alto, em posição dominante sobre a povoação na encosta destacando-se a sua torre de menagem; a cerca da vila, dupla, ameada, na qual se inscreviam cinco torres uma delas a Torre do Relógio, já referida como tal, rasgada por oito portas: a Porta do Ouro, a Porta de Santiago, a Porta da Traição, a Porta do Espírito Santo, a Porta do Relógio, a Porta da Vila, a Porta do Esteval e a Porta de Santarém. Figura ainda o Palácio dos Comendadores, integrado por uma capela, um pátio interno e um pomar, e do qual nos restou a torre.

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 Da Guerra da Restauração aos nossos dias

À época da Guerra da Restauração, sofreu danos diante da ofensiva espanhola, em 1648 e por eles, novamente, no contexto da Guerra da Sucessão Espanhola 22 de Maio de 1704, quando perdeu parte das muralhas. Quando da Guerra dos Sete Anos a vila e seu castelo foram invadidos e saqueados por tropas franco-espanholas 1762, sendo restituídos apenas em virtude da assinatura do Tratado de Paris 1763. Mais tarde, durante a Guerra Peninsular, a ofensiva francesa comandada por Jean-Andoche Junot 1807, causou severos danos ao castelo.

Diante da destruição causada pelas tropas napoleónicas, a partir de 1821, registrava-se a retirada das pedras do castelo pelos habitantes para construção das suas moradias. Através de portarias, o poder público autorizou, em:

17 de Junho de 1835 , a demolição dos arcos das muralhas para o emprego das suas pedras em obras de utilidade pública. Na ocasião foram demolidas a Porta da Vila , a Porta do Relógio e a Porta do Espírito Santo , sendo as pedras reutilizadas na construção da Ponte da Granja;

1839, uma autorizando a venda de parte das pedras dos muros do castelo, telhas e madeiramentos do Palácio 9 de Março, e outra, autorizando a venda das telhas e do madeiramento 20 de Março.

Enfraquecida a estrutura, um violento temporal que se abateu na região fez desabar algumas das paredes da alcáçova e das muralhas 15 de Novembro de 1852. Ainda na segunda metade do século XIX, devido à iniciativa do Governador Civil Guilhermino de Barros, reconstroem-se alguns troços de muralhas e algumas das estruturas do Palácio. Em 1862, entretanto, é demolida a Porta do Postiguinho.

O processo de decadência prosseguiu no século XX, com o desabamento, em 1930, da última torre da muralha interna / externa?, ao qual se seguiu, em Março de 1936, a da torre no ângulo nordeste, também devido a uma tempestade. Ainda neste mesmo ano foi solicitada à Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais uma vistoria no local, que realizou a reconstrução da torre 1940, recriando algumas estruturas, como por exemplo, as janelas neo-manuelinas. Novas intervenções se sucederam, em 1977 prospecção arqueológica e limpeza, consolidação e reconstrução do troço da muralha ruída à altura da Rua Vaz Preto, expropriação e demolição pela Câmara Municipal de imóveis adossados à muralha, entre 1980 e 1982 beneficiação do troço de muralhas à altura do mesmo logradouro. Em 2000 descobriu-se parte da muralha medieval, nomeadamente de um dos torreões, durante os trabalhos de demolição de duas edificações na mesma Rua Vaz Preto. No ano de 2002 previa-se a recuperação do troço da muralha a leste, que ligava a torre da alcáçova e a torre de menagem do antigo Palácio dos Comendadores.

O interesse despertado nos últimos anos por este património levou à definição da primeira proteção legal para o conjunto, hoje em vias de classificação. A igreja foi classificada pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Público em 1978. Um funicular ligando o Largo da Sé ao castelo está desde 2005 previsto para 2020

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Características

De características arquitectónicas semelhantes ao Chastel Blanc dos Cruzados na Síria 1171, ergue-se num maciço de granito na cota de 470 metros acima do nível do mar.

A muralha interna do castelo apresentava planta com o formato de um pentágono irregular, reforçado por cinco torres, duas delas cobrindo a Cidade Velha e três para o exterior. Desse conjunto subsiste um troço da muralha, a leste, com adarve, ligando uma das torres da defesa da alcáçova e a torre do antigo Palácio dos Comendadores. A torre de defesa da alcáçova apresenta planta quadrangular e o seu interior é acedido por uma escadaria. As seteiras simples que subsistem indicam ter possuído primitivamente dois pavimentos. A torre do paço quinhentista também denominada como Torre dos Templários, Torre de Menagem, Torre do Paço dos Alcaides ou Torre do Palácio dos Comendadores apresenta planta retangular, encimada por ameias. A sua fachada a oeste encontra-se em ruínas, ao passo que a leste apresenta duas janelas de balcão em estilo neo-manuelino, uma no primeiro piso e outra no segundo, esta última geminada com arco em querena sobre moldura chanfrada, formato que lhe foi atribuído pela reconstrução da DGEMN. Na fachada voltada a norte, no segundo piso rasga-se uma janela com lintel reto e arco em querena.

Na praça de armas ergue-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, em cujo adro se reuniram a assembléia dos homens-bons e as autoridades monástico-militares da vila até ao século XIV. Atrás da igreja, por um arco de volta perfeita acede-se o antigo terreiro da alcáçova, onde se abre a primitiva cisterna e se ergue a Torre do Palácio, que possuía primitivamente uma varanda alpendrada.

Na cerca medieval, resta-nos a chamada Porta dos Pelames. A atual Torre do Relógio também é a sobrevivência de uma antiga torre na qual se inscrevia uma das portas da muralha.

 FONTE WIKIPÉDIA

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