- CASTELOS E FORTALEZAS
- LUIS DE CAMÕES
- HISTÓRIA DA PESCA
- HISTORIADORES
- CATASTROFES
- PINT PORTUGUESES
- CASTELOS PORTUGAL
- CASTELO BRANCO
- CASTRO MARIM
- CASTELO MONSANTO
- CAST.DE ARRAIOLOS
- CASTELO DE ÁLCÁCER
- SANTIAGO DO CACÉM
- CASTELO DE OURÉM
- CASTELO DO SABUGAL
- CASTELO DE LAMEGO
- CASTELO ABRANTES
- CASTELO DE SILVES
- CASTELO DE MERTOLA
- CASTELO DE CHAVES
- CAST DE PORTALEGRE
- CASTELO DE POMBAL
- CAST DE BRAGANÇA
- CASTELO DE BELMONTE
- VILA DA FEIRA
- CASTELO DE ESTREMOZ
- CASTELO DE BEJA
- CASTELO ALMOUROL
- CAST.MONT. O VELHO
- CASTELO DE PENELA
- CASTELO DE MARVÃO
- CASTELO DE ÓBIDOS
- CASTELO DE LEIRIA
- CASTELO DE S.JORGE
- CASTELO DOS MOUROS
- CASTELO DE ELVAS
- CASTELO DE LAGOS
- CASTELO DE VIDE
- CASTELO DE SORTELHA
- CASTELO DE ALTER
- TORRES NOVAS
- CASTELO DE TAVIRA
- CASTELO SESIMBRA
- CASTELO DE ÉVORA
- CASTELO DE SANTARÉM
- CASTELO DE SERPA
- CASTELO DE TOMAR
- CASTELO DE MELGAÇO
- CASTELO DE COIMBRA
- CASTELO PORTO DE MÓS
- CASTELO DE PALMELA
- FORTALEZAS
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
- FORTE STA CRUZ
- MURALHAS DO PORTO
- FORTE DAS FORMIGAS
- FORTE S.SEBASTIÃO
- FORTE S LOURENÇO
- FORTE DE SÃO FILIPE
- S.JULIÃO DA BARRA
- TORRE DE BELÉM
- FORTE DE PENICHE
- FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
- FORTE DO QUEIJO
- SÃO TIAGO DA BARRA
- FORTE SÃO JOSÉ
- F.DE JUROMENHA
- FORTE DO OUTÃO
- FORTE DE SÃO BRÁS
- FORTE DO BUGIO
- MURALHAS DE VISEU
- FORTALEZA DE SAGRES
- FORTE DA GRAÇA
- FORTE MIGUEL ARCANJO
- FORTE SENH.DA GUIA
- FORTE DO PESSEGUEIRO
- FORTE DE SACAVÉM
- STO.ANTONIO BARRA
- SÃO TIAGO DO FUNCHAL
- FORTALEZA DO ILHÉU
- FORTE DAS MERCÊS
- REDUTO DA ALFANDEGA
- FORTE DE STA LUZIA
- PORTUGAL
- REINO DE PORTUGAL
- CRISE SUCESSÓRIA
- DINASTIA DE AVIZ
- DINASTIA FILIPINA
- QUESTÃO DINASTICA
- DINASTIA BORGONHA
- DINASTIA BRAGANÇA
- REINO DE LEÃO
- UNIÃO IBÉRICA
- COND PORTUCALENSE
- DITADURA MILITAR
- HISTÓRIA PORTUGAL
- INVASÃO ROMANA
- C.CONSTITUCIONAL
- REINO DO ALGARVE
- RECONQUISTA
- HIST.PENINS.IBÉRICA
- GUERRA COLONIAL
- HISPANIA
- HENRIQUE DE BORGONHA
- COMBOIOS DE PORTUGAL
- PALÁCIOS DE PORTUGAL
- REIS DE PORTUGAL
- D.AFONSO HENRIQUES
- D.SANCHO I
- D AFONSO II
- D.SANCHO II
- D.AFONSO III
- D.DINIS
- D.AFONSO IV
- D.PEDRO I
- D.FERNANDO
- D.JOÃO I
- D.DUARTE
- D.AFONSO V
- D.JOÃO II
- D.MANUEL I
- D.JOÃO III
- D.SEBASTIÃO
- D. HENRIQUE I
- D.FILIPE I
- D.FILIPE II
- D.FILIPE III
- D.JOÃO IV
- D.AFONSO VI
- D JOÃO V
- D.PEDRO II
- D.JOSÉ I
- D.MARIA I
- D.PEDRO III
- D.JOÃO VI
- D.PEDRO I DO BRASIL
- D.MARIA II
- D MIGUEL I
- D.PEDROV
- D.LUIS I
- D.CARLOS I
- D.MANUEL II
- DITADURA E OPOSIÇÃO
- PIDE
- OPOSIÇÃO Á DITADURA
- ROLÃO PRETO
- CAMPO DO TARRAFAL
- CAPELA DO RATO
- REVOL.DOS CRAVOS
- CADEIA DO ALJUBE
- REVIRALHISMO
- COMUNISMO
- CENS.EM PORTUGAL
- O ESTADO NOVO
- INTEGRALISMO
- CATARINA EUFÉMIA
- ALVARO CUNHAL
- FRANCISCO RODRIGUES
- PADRE ALBERTO NETO
- HENRIQUE GALVÃO
- MOVIMENTO SINDICALISTA
- O P.R.E.C EM CURSO
- 6 DE JUNHO DE 1975
- FILOS PORTUGUESES
- MOST. DE PORTUGAL
- NAV.E EXPLORADORES
- ESCRIT.E POETAS
- CESÁRIO VERDE
- TOMÁS GONZAGA
- ALVES REDOL
- LOPES DE MENDONÇA
- EÇA DE QUEIRÓS
- AFONSO L VIEIRA
- JOÃO DE DEUS
- FLORBELA ESPANCA
- MIGUEL TORGA
- BOCAGE
- FERNANDO NAMORA
- GIL VICENTE
- VITORINO NEMÉSIO
- FRANCISCO LEITÃO
- MIGUEL L ANDRADA
- FRANCISCO MELO
- FELICIANO CASTILHO
- CAMILO C. BRANCO
- IRENE LISBOA
- JORGE DE SENA
- ANTERO DE QUENTAL
- SOFIA MELO BREYNER
- ALMEIDA GARRET
- GUERRA JUNQUEIRO
- TIÓFILO BRAGA
- PINHEIRO CHAGAS
- FRANCISCO DE MIRANDA
- ALBERTO CAEIRO
- JOSÉ REGIO
- DESCOBRIMENTOS
- IGREJAS E CONVENTOS
- ACONTECIM.E LENDAS
- ORDENS RELIGIOSAS
- ORIG.PORTUGUESAS
- HISTÓRIAS MILITARES
- HIST M DE PORTUGAL
- H.MILITAR DO BRASIL
- BATALHA DE OURIQUE
- BATALHA DE TOLOSA
- CERCO DE LISBOA
- BATALHA VILA FRANCA
- GUERRA LARANJAS
- BATALHA SALADO
- CERCO DE ALMEIDA
- CORTES DE COIMBRA
- MONARQUIA DO NORTE
- HISTÓRIA MILITAR
- BATALHA DO SABUGAL
- BATALHA FUENTE ONORO
- BATALHA DE ALBUERA
- GUERRA RESTAURAÇÃO
- BATALHA DOS ATOLEIROS
- BATALHA DE MATAPÃO
- GUERRAS FERNANDINAS
- COMBATE DO CÔA
- VINHOS DE PORTUGAL
- HISTÓRIA DE CIDADES
- ARTE EM PORTUGAL
- PORTUGAL NO MUNDO
- RIOS E PONTES
- PORTUGUESES NOBRES
- PRÉ HISTÓRIA
- CULTURA VARIADA
- LITERAT PORTUGUESA
- MONARQUIA
- MARTIN MONIZ
- SALINAS DE RIO MAIOR
- HOSPIT.DONA LEONOR
- PINTURAS PORTUGAL
- AVIAD.DE PORTUGAL
- ALDEIAS HISTÓRICAS
- AZULEJO PORTUGUÊS
- RENASC EM PORTUGAL
- AQUED ÁGUAS LIVRES
- LINGUA PORTUGUESA
- MONTANHA DO PICO
- APARIÇÕES DE FÁTIMA
- GUILHERMINA SUGIA
- MILAGRE DO SOL
- ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
- SANTOS E BEATOS
- GOVERNAD DA INDIA
- FADOS E TOIROS
- POESIA E PROSA
- RAINHAS DE PORTUGAL
- ESTEFANIA JOSEFA
- MARIA LEOPOLDINA
- CARLOTA JOAQUINA
- MARIA FRANC SABOIA
- LEONOR TELES
- JOANA TRASTÂMARA
- MÉCIA LOPES DE HARO
- AMÉLIA DE ORLEÃES
- LEONOR DE AVIZ
- AMÉLIA AUGUSTA
- MARIA PIA DE SABOIA
- LUISA DE GUSMÃO
- BEATRIS DE PORTUGAL
- INÊS DE CASTRO
- MARIA VITÓRIA
- LEONOR DA AUSTRIA
- TERESA DE LEÃO
- RAINHA SANTA ISABEL
- FILIPA DE LENCASTRE
- MARIA ANA DE AUSTRIA
- MARIA SOFIA ISABEL
- SETIMA ARTE
- CURIOSIDADES
- OFICIAIS SUPERIORES
- PERS.DE PORTUGAL
- UNIVERSI. COIMBRA
- CONSELHEIROS REINO
- NOV.ACONTECIMENTOS
- REGENERAÇÃO
- REGICIDIO
- REVOL.28 DE MAIO
- CONSTITUIÇÃO
- INVAS NAPOLEÓNICAS
- CONV DE ÉVORAMONTE
- GUERRA CIVIL PORT.
- INTERREGNO
- COMBATE FOZ AROUCE
- ALCÁCER QUIBIR
- SUCESSÃO CASTELA
- CEUTA E DIU
- BATALHA DE ALVALADE
- BATALHA DE ROLIÇA
- BATALHA DO VIMEIRO
- BATALHA DO PORTO
- BATALHA DO BUÇACO
- CERCO DO PORTO
- BATALHA DE ALMOSTER
- GUERRA DOS CEM ANOS
- GUNGUNHANA
- OCUPAÇÃO FRANCESA
- ÁFRICA
- RECONQ DE ANGOLA
- G LUSO-HOLANDESA
- REC.COLÓNAS PORT.
- HISTÓRIA DE ANGOLA
- GUERRA DE ANGOLA
- GUERRA MOÇAMBIQUE
- MOÇAMBIQUE
- HIST GUINÉ BISSAU
- CABO VERDE
- S.TOMÉ E PRINCIPE
- SÃO JORGE DA MINA
- FORTE DE MAPUTO
- PROVINCIA CABINDA
- GUINÉ BISSAU
- ANGOLA
- CAMI DE F BENGUELA
- ILHA DE MOÇAMBIQUE
- ALCACER -CEGUER
- ARZILA-MARROCOS
- AZAMOR
- BATALHA NAVAL GUINÉ
- CONQUISTA DE CEUTA
- CULTURA BRASILEIRA
- HISTÓRIA DO BRASIL
- PROCLA.DA REPÚBLICA
- INCONFID.MINEIRA
- REPUBLICA VELHA
- NOVA REPÚBLICA
- ERA VARGAS
- GUERRA DO PARAGUAI
- REVOLTA DA CHIBATA
- BANDEIRANTES
- GUER DOS EMBOABAS
- FLORIANO PEIXOTO
- FORÇA BRASILEIRA
- GUERRA DO PRATA
- REV.FILIPE SANTOS
- REVOL. FEDERALISTA
- CONFED.DO EQUADOR
- INTENT.COMUNISTA
- GUERRA CONTESTADO
- ORIGEM NOME BRASIL
- LUIS MARIA FILIPE
- HISTÓRIA DE FORTALEZA
- HISTÓRIA DO BRASIL I
- HISTÓRIA DO BRASIL II
- HISTÓRIA DO BRASIL III
- ISABEL DO BRASIL
- PEDRO II
- BRASIL E ALGARVES
- BRASIL COLONIA
- TRANSFER. DA CORTE
- HISTÓRIA CABRALINA
- IMIG PORT NO BRASIL
- QUESTÃO DINÁSTICA
- CAPITANIAS DO BRASIL
- GUE.INDEPENDENCIA
- MALD BRAGANÇAS
- INDEPEND DO BRASIL
- CONDE DE BOBADELA
- ABOLICIONISMO
- PEDRO AUGUSTO SAXE
- AUGUSTO LEOPOLDO
- PERIODIZAÇÃO BRASIL
- HISTÓRIA MINAS GERAIS
- HISTÓRIA RIO JANEIRO
- HISTÓRIA DO BRASIL IV
- VULCÃO DE IGUAÇU
- CRISTO REDENTOR
- HISTÓRIA EDUCAÇÃO
- QUINTA DA BOAVISTA
- OURO PRETO
- PAÇO IMPERIAL
- COLONIZ. DO BRASIL
- AQUEDUTO CARIOCA
- B.JESUS MATOSINHOS
- ALEIJADINHO
- IGRJ SÃO FRANCISCO
- CICLO DO OURO
- TIRADENTES
- REPUBLICA DA ESPADA
- ESTADO DO BRASIL
- BRASIL DIT. MILITAR
- HIST.ECON.DO BRASIL
- INVASÕES FRANCESAS
- BRASIL ESCRIT E POETAS
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
- JORGE AMADO
- CAMILO LIMA
- LIMA BARRETO
- JOSÉ BONIFÁCIO
- ALPHONSUS GUIMARAENS
- ÁLVARES DE AZEVEDO
- MARTINS PENA
- CLARICE LISPECTOR
- MÃE STELLA DE OXÓSSI
- LUIS GAMA
- XICO XAVIER
- MACHADO DE ASSIS
- MÁRIO DE ANDRADE
- CARLOS DRUMONDE
- MONTEIRO LOBATO
- VINICIOS DE MORAIS
- MARIANO DE OLIVEIRA
- OLAVO BILAC
- ORESTES BARBOSA
- FORTES DO BRASIL
- PERSONAG. MUNDIAIS
- MAOMÉ
- JESUS CRISTO
- NAP. BONAPARTE
- NICOLAU COPERNICO
- ADOLFO HITLER
- VLADIMIR LENIN
- NELSON MANDELA
- CONFÚCIO
- MOISÉS
- HOMERO
- FRANCISCO PIZARRO
- JÚLIO CESAR
- ARISTOTELES
- EUCLIDES
- IMP. JUSTINIANO
- ISABEL I INGLATERRA
- PAULO DE TARSO
- CESAR AUGUSTO
- ALEXANDRE O GRANDE
- THOMAS EDISON
- PAPA URBANO II
- MICHELANGELO
- SALOMÃO
- S.JOSÉ CARPINTEIRO
- PLATÃO
- MARIA MÃE DE JESUS
- CARLOS MAGNO
- EVA PERON
- MARTINHO LUTERO
- PINTOR EL GRECO
- Mahatma Gandhi
- PANDORA
- CHARLES DARWIN
- ZARATUSTRA
- CIENCIA E CIENTISTAS
- MUNDO CULTURAL
- CULTURA DE PORTUGAL
- CULTURA DA ALEMANHA
- CULTURA DA GRÉCIA
- CULTURA DO BRASIL
- CULTURA DA CHINA
- CULTURA ANGOLANA
- CULTURA DA FRANÇA
- CULTURA DA RUSSIA
- CULTURA DA ESPANHA
- CULTURA DA ITÁLIA
- CULTURA INGLESA
- CULTURA AMERICANA
- CULTURA DA INDIA
- CULTURA DO IRÃO
- CULTURA DE MACAU
- CULTURA DE ISRAEL
- CULTURA DA INDONÉSIA
- HISTÓRIA DAS ARTES
- MÚSICOS E CANTORES
- SANTA INQUISIÇÃO
- DEIXE SEU COMENTÁRIO
- CONTACTOS
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande
A Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, também referida como Fortaleza de São Miguel, Fortaleza da Praia Grande e Fortaleza da Barra Grande, localiza-se a sudeste na ilha de Santo Amaro, entre a praia do Góis e a praia de Santa Cruz dos Navegantes, batendo a Barra Grande, canal de acesso ao porto da vila hoje cidade de Santos, no atual município do Guarujá, no litoral do estado brasileiro de São Paulo.
História
Os séculos XVI e XVII
A fortaleza foi erguida a partir de 1584, no contexto da Dinastia Filipina 1580-1640, após o ataque do corsário inglês Edward Fenton dezembro de 1583 a Santos, rechaçado por Andrés Higino, sob o comando do Almirante D. Diogo Flores de Valdés. A sua planta original é atribuída ao arquiteto militar italiano Giovanni Battista Antonelli, integrante dessa armada 1582-1584, e foi artilhada com algumas peças de um galeão capturado a corsários na ocasião. SOUZA 1885 entende que essa fortificação era de fraca construção, não tendo oferecido resistência ao ataque do corsário inglês Thomas Cavendish 1590. Rechaçou a tentativa de reabastecimento do almirante neerlandês Joris van Spielbergen 3 de fevereiro de 1615, e posteriormente a tentativa de assalto do corsário francês Jean-François Duclerc agosto de 1710, que se dirigiu em seguida ao Rio de Janeiro.
O século XVIII
Passou a comandar a praça em 1702, o Capitão Luiz da Costa de Siqueira Carta Patente de 23 de julho de 1702, e sua guarnição compunha-se de um alcaide e de cem soldados. A Carta-régia de 11 de setembro de 1709 mandou aumentá-la, e que do Rio de Janeiro se remetesse artilharia de grosso calibre para sua defesa. Manuel de Castro de Oliveira, um particular residente em Santos, propôs em 1711 à Coroa Portuguesa reconstruir e armar a fortaleza às suas custas, em troca de algumas mercês. A Coroa, pela Carta-régia de 26 de janeiro de 1715, aceitou o oferecimento daquele particular residente em Santos "para reconstruí-la e armá-la, mediante a mercê do foro de fidalgo, o Hábito da Ordem de Cristo, tença anual de 80$000 e um ofício nas Minas Gerais, que tivesse de rendimento 400$000, para seu filho". São deste período o projeto assinado por Manuel Pinto de Villa Lobos Fortaleza que se há de fazer na praia grande de Santos, 1712. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa e outros Planta da Fortaleza desenhada de novo na barra grande de Santos, c. 1712; Planta da Fortaleza projetada na barra da vila de Santos, c. 1712. AHU, Lisboa. Essas obras foram iniciadas sob a orientação do engenheiro francês Brigadeiro Jean Massé Planta de uma Fortaleza desenhada de novo na vila de Santos, c. 1714. AHU, Lisboa, com o auxílio do Sargento-mor Antônio Francisco Lustosa.
Em 1717 o então governador de Santos designou Luiz Antônio de Sá Queiroga para adicionar à fortaleza parapeitos, reduto, cortina, casa de pólvora e outras obras, orçadas à época em 4.000 cruzados. Durante o governo do Vice-rei e Capitão General de Mar e Terra do Estado do Brasil, D. Vasco Fernandes César de Meneses 1720-1735, foi terminada a muralha 1721, sendo a praça finalmente artilhada com trinta e duas peças 1723-1725. Novas reformas foram efetuadas em 1731-1732, em 1742 quando a Casa de Pólvora foi transformada em Capela, e em 1765, esta última sendo governador da capitania de São Paulo o capitão-general D. Luís António de Souza Botelho Mourão - quarto morgado de Mateus 1765-1775, que mandou repará-la e ampliá-la devido ao seu estado precário. Cruzando fogos com o Forte da Estacada, para complemento deste sistema defensivo, mandou ainda edificar a Bateria da praia do Góis 1766, para servir como posto avançado à fortaleza. Em Relatório à Coroa, acerca das fortificações da Capitania, datado de 30 de junho de 1770, este governador informou que esta praça estava artilhada com vinte e oito peças: três de 24, oito de 18, três de 12, três de 8, e onze de 6.
Um relatório manuscrito descreve o estado da fortificação, entre o final do século XVIII e o início do século XIX:
"Na Barra Grande achei as portas podres e despedaçadas, o Quartel arruinado e parte dele a cair, a Casa da Pólvora por acabar; na bateria de baixo achei algumas peças montadas em carretas podres e outras no chão, muito maltratadas, de sorte que toda esta bateria está impossibilitada de fazer fogo, sendo a melhor que tem esta fortaleza por serem os seus tiros quase horizontais, e pela curta distância a que chegam os navios pode esta bateria servir de balas ardentes, de balas fixas, de balas encadeadas de plaqueta, além de ter velas e cartuchos de pinha, e até pelo ângulo que forma o canal, por onde necessariamente passam os navios, oferecem ao inimigo nove bocas de fogo reto e duas em cada flanco, que sendo bem providos, podem fazer grande dano.
Na bateria superior achei quatorze peças montadas em carretas novas, cuja bateria é inferior nas suas vantagens à de baixo por serem os seus tiros mergulhantes e só podem ser bons em maior distância, ficando incertos pela falta de bons artilheiros. Pelo prolongamento da cortina, até à porta, que dá saída para o forte da praia do Goes, se acham três peças montadas em carretas novas e nove desmontadas, algumas destas muito maltratadas, de sorte que não poderão fazer fogo por se acharem cheias de escaravelhos e uma encravada.
Na bateria baixa há um telheiro encostado à muralha superior, o qual se pode acrescentar unindo a este a casa de um índio que serve à fortaleza; em cujo telheiro se pode ter recolhida a maior parte da artilharia, com seus reparos, para se livrar dos grande sóis e imensas chuvas que há de ordinário neste país, e porque a plataforma está móvel com o terrapleno da praça e com facilidade vem esta artilharia ao seu lugar na bateria em todo e qualquer lugar.
Na mesma circunstância se pode por a bateria superior, poupando Sua Majestade por este modo a imensa despesa que continuamente está fazendo com o carretame, devendo ser este pintado a óleo de linhaça [ou] na falta deste com azeite de mamona, e uma terra que há em Cananéia que é semelhante ao roxo-terra da Itália
Do século XIX aos nossos dias
Ao longo da sua história, as instalações da fortaleza foram utilizadas como presídio político. O Mapa das Fortificações de 1847 aponta-lhe apenas vinte e duas peças. Novamente reparada em 1885, durante a Revolta da Armada 1893-1894, as suas baterias trocaram tiros com o Cruzador República e o Cruzador Palas, a caminho do Sul 20 de setembro de 1893, tendo sofridos danos nas muralhas. Passou para a jurisdição do Ministério da Marinha Aviso do Ministério da Guerra de 28 de agosto de 1889, tendo sido desarmada e o seu material entregue ao 3º Batalhão de Artilharia, a fim de aquartelar um Destacamento do 24º Batalhão de Infantaria que iria trabalhar nas obras do Forte de Itaipu Aviso nº 484, de 17 de março de 1905, dentro do projeto de reforma da defesa do Porto de Santos. À medida que as obras do Forte de Itaipu evoluíram, perdeu importância estratégica, até ser finalmente desativada 1911. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, aquartelou a 3ª Companhia do Batalhão de Engenharia de Santos, servindo como Posto Angular Posto de Paralaxes: recebeu aparelhos telefônicos e alto-falantes, a fim de manter comunicação constante entre a defesa minada da barra de Santos e os oficiais engenheiros de plantão que as comandavam. Em uma das guaritas da fortaleza, assim como em pontos estratégicos do canal, foram instaladas baterias acumuladoras para a detonação das minas. Ao final da década de 1940 abrigou instalações da extinta Polícia Marítima e Aérea, e a partir de 1956 passou a ser utilizada como sede náutica do Círculo Militar de Santos. O imóvel, de propriedade da União, e o entorno do fortaleza foram tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 23 de abril de 1964, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico CONDEPHAAT, órgão do Governo do estado de São Paulo, em 1981.
Em 1990, a comunidade estudantil do Guarujá se movimentou em defesa deste patrimônio, e finalmente, em 2 de setembro de 1993, foi assinado um Protocolo de Intenções entre o IPHAN, a Prefeitura Municipal de Guarujá e a Universidade Católica de Santos UNISANTOS, visando a restauração do conjunto. A reinauguração teve lugar em 21 de abril de 1997, tendo como padrinho o professor Élcio Rogério Secomandi, assim homenageado pelo entusiasmo e dedicação do trabalho desenvolvido. Destaca-se no processo a doação para a capela do conjunto, do mural "Vento Vermelho", de vinte metros quadrados, pela família do artista plástico Manabu Mabe.
Homenageada pela ECT com a emissão de uma bonita peça filatélica e carimbo comemorativo 21 de abril de 1999, o acesso à fortaleza pode ser feito por Santa Cruz dos Navegantes ou, de barco, com saída pela ponte dos Práticos, em Santos.
FONTE WIKIPÉDIA