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PANTEÃO DOS BRAGANÇAS

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Panteão da Dinastia de Bragança

O Panteão da Dinastia de Bragança também conhecido como Panteão dos Braganças, situado no interior do Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, é o lugar onde se encontram sepultados os restos mortais de muitos dos reis, príncipes e infantes da quarta e última dinastia real portuguesa, a Dinastia de Bragança.

História

A soberania da Dinastia de Bragança no reino de Portugal existente de facto até 1910 e no império colonial português, foi iniciada pelo rei D. João IV de Portugal e tendo como seu último rei D. Manuel II, por via do golpe e proclamação da República Portuguesa, decorrida a 5 de Outubro de 1910.

O Panteão Real da Dinastia de Bragança situa-se hoje no antigo refeitório do mosteiro da Igreja de São Vicente de Fora e é composto, na sua maioria, por túmulos sob a forma de gavetões feitos em mármore e situados junto das paredes laterais da grande sala que ocupam: os túmulos dos reis portugueses estão ornados com coroas na parte superior e os nomes e títulos dos seus ocupantes estão gravados em letras douradas na parte frontal.

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Destacam-se, todavia, os túmulos do rei D. João IV, porque fundou a Dinastia de Bragança, e os túmulos do rei D. Manuel II, de seu irmão, o príncipe real D. Luís Filipe de Bragança, de sua mãe, a rainha D. Amelia de Orleães, e de seu pai, o rei D. Carlos I, por se tratarem da última família reinante da dinastia.

O Panteão Real da Dinastia de Bragança está aberto a visitas, incluídas no roteiro do Mosteiro de São Vicente de Fora. Alguns membros mais relevantes da Dinastia de Bragança que não se encontram nele sepultados são: D. Maria I 1734-1816, que se encontra sepultada na Basílica da Estrela, mandada erguer pela própria; D. Pedro IV 1798-1834, rei de Portugal e imperador do Brasil sob o nome de D. Pedro I, que foi trasladado do Panteão da Dinastia de Bragança para a Cripta Imperial do Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo, no Brasil, e cujo coração se encontra na capela-mor da Igreja da Lapa, na cidade do Porto;

D. Amélia de Leuchtenberg 1812-1873, trasladada para o Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo, no Brasil; D. Maria Amélia de Bragança 1831-1853, Princesa do Brasil e filha de D. Pedro IV, trasladada para o Convento de Santo António, no Rio de Janeiro, Brasil; D. Maria Leopoldina da Áustria 1797-1826, falecida no Rio de Janeiro e sepultada no Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo, no Brasil; D. Maria Pia de Saboia 1847-1911, que ainda jaz no Panteão dos Saboias, na Basílica de Superga em Turim, na região de Piemonte, em Itália. Outros membros da dinastia, nomeadamente Infantas de Portugal, que casaram com membros da realeza europeia, encontram-se sepultadas nos países em cuja corte passaram a residir e não no Panteão da sua Casa de nascimento.

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São D. Maria Bárbara de Bragança, Rainha de Espanha 1711-1758; D. Maria Teresa de Bragança 1793-1874; D. Maria Isabel de Bragança, Rainha de Espanha 1797-1818; D. Maria Francisca de Assis de Bragança 1800-1834; D. Ana de Jesus de Bragança 1806-1857; D. Mariana Vitória de Bragança 1768-1788; D. Januária de Bragança 1822-1901; D. Francisca Carolina de Bragança 1824-1898; D. Maria Ana de Bragança 1843-1884; D. Antónia de Bragança 1845-1913 e também D. Paula Mariana de Bragança 1823-1833; D. João Carlos, Príncipe da Beira 1821-1822 e D. Miguel de Bragança, Príncipe da Beira 1820, filhos de D. Pedro IV que faleceram no Brasil. Há ainda a ausência de todos os nove filhos de D. Miguel I, que viveram no exílio. Também foram sepultados no Panteão os restos mortais dos Imperadores do Brasil D. Pedro II e D. Teresa Cristina.

As suas urnas aí repousaram enquanto durou o banimento imposto pelo governo republicano do Brasil, revogado em 1920. No ano seguinte, as urnas contendo os despojos dos soberanos brasileiros foram removidas e conduzidas até o couraçado São Paulo, que os conduziu até o Rio de Janeiro, onde foram sepultados no Mausoléu Imperial, sito à Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. De 1953 a 2003, abrigou a urna de Carlos II da Roménia 1893-1953, que vivia exilado no Estoril, e de 1977 a 2003, a sua terceira esposa Magda Lupescu 1895-1977, até serem trasladados em cerimónia solene para a Catedral de Curtea de Argeș, na cidade do mesmo nome.

O arranjo actual do Panteão Real da Dinastia de Bragança data de 1933, quando também se ergueu junto aos túmulos de D. Carlos I e de seu filho D. Luís Filipe de Bragança uma estátua de uma mulher simbolizando a pátria a chorar pelos seus mártires, sendo que ambos foram assassinados no atentado republicano o Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908.

No interior do Panteão Real encontram-se também sepultados, enquanto honra excepcional outorgada por especial ordem régia, os Marechais Duque de Saldanha e Duque da Terceira, eminentes militares e primeiros-ministros portugueses do século XIX, e ainda a esposa do Duque da Terceira, D. Maria Ana Luísa Filomena de Mendonça 1808-1866.

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Há ainda a presença, no Panteão, de vários Infantes de Portugal, que faleceram muito prematuramente, e que, reduzida a sua importância na história da dinastia, se encontra pouca documentação existente sobre eles, no entanto, lista-se a inumação de: Quatro filhos natimortos de D. José I e D. Mariana Vitória, nomeadamente um rapaz em 1739, e três raparigas, duas em 1742, uma em 1744. / D. João de Bragança 1762, D. João Francisco de Paula de Bragança 1763, D. Maria Clementina de Bragança 1774-1776 e D. Maria Isabel de Bragança 1776-1777, filhos de D. Maria I e D. Pedro III.

D. Maria de Bragança 1840, D. Leopoldo de Bragança 1849, D. Maria da Glória de Bragança 1851 e D. Eugénio de Bragança 1853, todos falecidos no dia em que nasceram, filhos de D. Maria II e D. Fernando II. / D. Miguel de Bragança 1866, filho natimorto de D. Luís I e D. Maria Pia. / D. Maria Ana de Bragança 1888, falecida no dia em que nasceu, filha de D. Carlos I e D. Maria Amélia.

Outros dois túmulos, sitos numa ala anexa ao Panteão, a Capela de Nossa Senhora da Encarnação, albergam os resto mortais de dois filhos ilegítimos de D. João V, conhecidos como Meninos de Palhavã, nomeadamente D. José de Bragança 1720-1801, Inquisidor-Mor, filho de Madre Paula de Odivelas, e D. António de Bragança 1714-1800, filho de Luísa Inês Monteiro, em túmulos mandados erigir por D. João VI.

FONTE WIKIPÉDIA

 

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