- CASTELOS E FORTALEZAS
- LUIS DE CAMÕES
- HISTÓRIA DA PESCA
- HISTORIADORES
- CATASTROFES
- PINT PORTUGUESES
- CASTELOS PORTUGAL
- CASTELO BRANCO
- CASTRO MARIM
- CASTELO MONSANTO
- CAST.DE ARRAIOLOS
- CASTELO DE ÁLCÁCER
- SANTIAGO DO CACÉM
- CASTELO DE OURÉM
- CASTELO DO SABUGAL
- CASTELO DE LAMEGO
- CASTELO ABRANTES
- CASTELO DE SILVES
- CASTELO DE MERTOLA
- CASTELO DE CHAVES
- CAST DE PORTALEGRE
- CASTELO DE POMBAL
- CAST DE BRAGANÇA
- CASTELO DE BELMONTE
- VILA DA FEIRA
- CASTELO DE ESTREMOZ
- CASTELO DE BEJA
- CASTELO ALMOUROL
- CAST.MONT. O VELHO
- CASTELO DE PENELA
- CASTELO DE MARVÃO
- CASTELO DE ÓBIDOS
- CASTELO DE LEIRIA
- CASTELO DE S.JORGE
- CASTELO DOS MOUROS
- CASTELO DE ELVAS
- CASTELO DE LAGOS
- CASTELO DE VIDE
- CASTELO DE SORTELHA
- CASTELO DE ALTER
- TORRES NOVAS
- CASTELO DE TAVIRA
- CASTELO SESIMBRA
- CASTELO DE ÉVORA
- CASTELO DE SANTARÉM
- CASTELO DE SERPA
- CASTELO DE TOMAR
- CASTELO DE MELGAÇO
- CASTELO DE COIMBRA
- CASTELO PORTO DE MÓS
- CASTELO DE PALMELA
- FORTALEZAS
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
- FORTE STA CRUZ
- MURALHAS DO PORTO
- FORTE DAS FORMIGAS
- FORTE S.SEBASTIÃO
- FORTE S LOURENÇO
- FORTE DE SÃO FILIPE
- S.JULIÃO DA BARRA
- TORRE DE BELÉM
- FORTE DE PENICHE
- FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
- FORTE DO QUEIJO
- SÃO TIAGO DA BARRA
- FORTE SÃO JOSÉ
- F.DE JUROMENHA
- FORTE DO OUTÃO
- FORTE DE SÃO BRÁS
- FORTE DO BUGIO
- MURALHAS DE VISEU
- FORTALEZA DE SAGRES
- FORTE DA GRAÇA
- FORTE MIGUEL ARCANJO
- FORTE SENH.DA GUIA
- FORTE DO PESSEGUEIRO
- FORTE DE SACAVÉM
- STO.ANTONIO BARRA
- SÃO TIAGO DO FUNCHAL
- FORTALEZA DO ILHÉU
- FORTE DAS MERCÊS
- REDUTO DA ALFANDEGA
- FORTE DE STA LUZIA
- PORTUGAL
- REINO DE PORTUGAL
- CRISE SUCESSÓRIA
- DINASTIA DE AVIZ
- DINASTIA FILIPINA
- QUESTÃO DINASTICA
- DINASTIA BORGONHA
- DINASTIA BRAGANÇA
- REINO DE LEÃO
- UNIÃO IBÉRICA
- COND PORTUCALENSE
- DITADURA MILITAR
- HISTÓRIA PORTUGAL
- INVASÃO ROMANA
- C.CONSTITUCIONAL
- REINO DO ALGARVE
- RECONQUISTA
- HIST.PENINS.IBÉRICA
- GUERRA COLONIAL
- HISPANIA
- HENRIQUE DE BORGONHA
- COMBOIOS DE PORTUGAL
- PALÁCIOS DE PORTUGAL
- REIS DE PORTUGAL
- D.AFONSO HENRIQUES
- D.SANCHO I
- D AFONSO II
- D.SANCHO II
- D.AFONSO III
- D.DINIS
- D.AFONSO IV
- D.PEDRO I
- D.FERNANDO
- D.JOÃO I
- D.DUARTE
- D.AFONSO V
- D.JOÃO II
- D.MANUEL I
- D.JOÃO III
- D.SEBASTIÃO
- D. HENRIQUE I
- D.FILIPE I
- D.FILIPE II
- D.FILIPE III
- D.JOÃO IV
- D.AFONSO VI
- D JOÃO V
- D.PEDRO II
- D.JOSÉ I
- D.MARIA I
- D.PEDRO III
- D.JOÃO VI
- D.PEDRO I DO BRASIL
- D.MARIA II
- D MIGUEL I
- D.PEDROV
- D.LUIS I
- D.CARLOS I
- D.MANUEL II
- DITADURA E OPOSIÇÃO
- PIDE
- OPOSIÇÃO Á DITADURA
- ROLÃO PRETO
- CAMPO DO TARRAFAL
- CAPELA DO RATO
- REVOL.DOS CRAVOS
- CADEIA DO ALJUBE
- REVIRALHISMO
- COMUNISMO
- CENS.EM PORTUGAL
- O ESTADO NOVO
- INTEGRALISMO
- CATARINA EUFÉMIA
- ALVARO CUNHAL
- FRANCISCO RODRIGUES
- PADRE ALBERTO NETO
- HENRIQUE GALVÃO
- MOVIMENTO SINDICALISTA
- O P.R.E.C EM CURSO
- 6 DE JUNHO DE 1975
- FILOS PORTUGUESES
- MOST. DE PORTUGAL
- NAV.E EXPLORADORES
- ESCRIT.E POETAS
- CESÁRIO VERDE
- TOMÁS GONZAGA
- ALVES REDOL
- LOPES DE MENDONÇA
- EÇA DE QUEIRÓS
- AFONSO L VIEIRA
- JOÃO DE DEUS
- FLORBELA ESPANCA
- MIGUEL TORGA
- BOCAGE
- FERNANDO NAMORA
- GIL VICENTE
- VITORINO NEMÉSIO
- FRANCISCO LEITÃO
- MIGUEL L ANDRADA
- FRANCISCO MELO
- FELICIANO CASTILHO
- CAMILO C. BRANCO
- IRENE LISBOA
- JORGE DE SENA
- ANTERO DE QUENTAL
- SOFIA MELO BREYNER
- ALMEIDA GARRET
- GUERRA JUNQUEIRO
- TIÓFILO BRAGA
- PINHEIRO CHAGAS
- FRANCISCO DE MIRANDA
- ALBERTO CAEIRO
- JOSÉ REGIO
- DESCOBRIMENTOS
- IGREJAS E CONVENTOS
- ACONTECIM.E LENDAS
- ORDENS RELIGIOSAS
- ORIG.PORTUGUESAS
- HISTÓRIAS MILITARES
- HIST M DE PORTUGAL
- H.MILITAR DO BRASIL
- BATALHA DE OURIQUE
- BATALHA DE TOLOSA
- CERCO DE LISBOA
- BATALHA VILA FRANCA
- GUERRA LARANJAS
- BATALHA SALADO
- CERCO DE ALMEIDA
- CORTES DE COIMBRA
- MONARQUIA DO NORTE
- HISTÓRIA MILITAR
- BATALHA DO SABUGAL
- BATALHA FUENTE ONORO
- BATALHA DE ALBUERA
- GUERRA RESTAURAÇÃO
- BATALHA DOS ATOLEIROS
- BATALHA DE MATAPÃO
- GUERRAS FERNANDINAS
- COMBATE DO CÔA
- VINHOS DE PORTUGAL
- HISTÓRIA DE CIDADES
- ARTE EM PORTUGAL
- PORTUGAL NO MUNDO
- RIOS E PONTES
- PORTUGUESES NOBRES
- PRÉ HISTÓRIA
- CULTURA VARIADA
- LITERAT PORTUGUESA
- MONARQUIA
- MARTIN MONIZ
- SALINAS DE RIO MAIOR
- HOSPIT.DONA LEONOR
- PINTURAS PORTUGAL
- AVIAD.DE PORTUGAL
- ALDEIAS HISTÓRICAS
- AZULEJO PORTUGUÊS
- RENASC EM PORTUGAL
- AQUED ÁGUAS LIVRES
- LINGUA PORTUGUESA
- MONTANHA DO PICO
- APARIÇÕES DE FÁTIMA
- GUILHERMINA SUGIA
- MILAGRE DO SOL
- ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
- SANTOS E BEATOS
- GOVERNAD DA INDIA
- FADOS E TOIROS
- POESIA E PROSA
- RAINHAS DE PORTUGAL
- ESTEFANIA JOSEFA
- MARIA LEOPOLDINA
- CARLOTA JOAQUINA
- MARIA FRANC SABOIA
- LEONOR TELES
- JOANA TRASTÂMARA
- MÉCIA LOPES DE HARO
- AMÉLIA DE ORLEÃES
- LEONOR DE AVIZ
- AMÉLIA AUGUSTA
- MARIA PIA DE SABOIA
- LUISA DE GUSMÃO
- BEATRIS DE PORTUGAL
- INÊS DE CASTRO
- MARIA VITÓRIA
- LEONOR DA AUSTRIA
- TERESA DE LEÃO
- RAINHA SANTA ISABEL
- FILIPA DE LENCASTRE
- MARIA ANA DE AUSTRIA
- MARIA SOFIA ISABEL
- SETIMA ARTE
- CURIOSIDADES
- OFICIAIS SUPERIORES
- PERS.DE PORTUGAL
- UNIVERSI. COIMBRA
- CONSELHEIROS REINO
- NOV.ACONTECIMENTOS
- REGENERAÇÃO
- REGICIDIO
- REVOL.28 DE MAIO
- CONSTITUIÇÃO
- INVAS NAPOLEÓNICAS
- CONV DE ÉVORAMONTE
- GUERRA CIVIL PORT.
- INTERREGNO
- COMBATE FOZ AROUCE
- ALCÁCER QUIBIR
- SUCESSÃO CASTELA
- CEUTA E DIU
- BATALHA DE ALVALADE
- BATALHA DE ROLIÇA
- BATALHA DO VIMEIRO
- BATALHA DO PORTO
- BATALHA DO BUÇACO
- CERCO DO PORTO
- BATALHA DE ALMOSTER
- GUERRA DOS CEM ANOS
- GUNGUNHANA
- OCUPAÇÃO FRANCESA
- ÁFRICA
- RECONQ DE ANGOLA
- G LUSO-HOLANDESA
- REC.COLÓNAS PORT.
- HISTÓRIA DE ANGOLA
- GUERRA DE ANGOLA
- GUERRA MOÇAMBIQUE
- MOÇAMBIQUE
- HIST GUINÉ BISSAU
- CABO VERDE
- S.TOMÉ E PRINCIPE
- SÃO JORGE DA MINA
- FORTE DE MAPUTO
- PROVINCIA CABINDA
- GUINÉ BISSAU
- ANGOLA
- CAMI DE F BENGUELA
- ILHA DE MOÇAMBIQUE
- ALCACER -CEGUER
- ARZILA-MARROCOS
- AZAMOR
- BATALHA NAVAL GUINÉ
- CONQUISTA DE CEUTA
- CULTURA BRASILEIRA
- HISTÓRIA DO BRASIL
- PROCLA.DA REPÚBLICA
- INCONFID.MINEIRA
- REPUBLICA VELHA
- NOVA REPÚBLICA
- ERA VARGAS
- GUERRA DO PARAGUAI
- REVOLTA DA CHIBATA
- BANDEIRANTES
- GUER DOS EMBOABAS
- FLORIANO PEIXOTO
- FORÇA BRASILEIRA
- GUERRA DO PRATA
- REV.FILIPE SANTOS
- REVOL. FEDERALISTA
- CONFED.DO EQUADOR
- INTENT.COMUNISTA
- GUERRA CONTESTADO
- ORIGEM NOME BRASIL
- LUIS MARIA FILIPE
- HISTÓRIA DE FORTALEZA
- HISTÓRIA DO BRASIL I
- HISTÓRIA DO BRASIL II
- HISTÓRIA DO BRASIL III
- ISABEL DO BRASIL
- PEDRO II
- BRASIL E ALGARVES
- BRASIL COLONIA
- TRANSFER. DA CORTE
- HISTÓRIA CABRALINA
- IMIG PORT NO BRASIL
- QUESTÃO DINÁSTICA
- CAPITANIAS DO BRASIL
- GUE.INDEPENDENCIA
- MALD BRAGANÇAS
- INDEPEND DO BRASIL
- CONDE DE BOBADELA
- ABOLICIONISMO
- PEDRO AUGUSTO SAXE
- AUGUSTO LEOPOLDO
- PERIODIZAÇÃO BRASIL
- HISTÓRIA MINAS GERAIS
- HISTÓRIA RIO JANEIRO
- HISTÓRIA DO BRASIL IV
- VULCÃO DE IGUAÇU
- CRISTO REDENTOR
- HISTÓRIA EDUCAÇÃO
- QUINTA DA BOAVISTA
- OURO PRETO
- PAÇO IMPERIAL
- COLONIZ. DO BRASIL
- AQUEDUTO CARIOCA
- B.JESUS MATOSINHOS
- ALEIJADINHO
- IGRJ SÃO FRANCISCO
- CICLO DO OURO
- TIRADENTES
- REPUBLICA DA ESPADA
- ESTADO DO BRASIL
- BRASIL DIT. MILITAR
- HIST.ECON.DO BRASIL
- INVASÕES FRANCESAS
- BRASIL ESCRIT E POETAS
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
- JORGE AMADO
- CAMILO LIMA
- LIMA BARRETO
- JOSÉ BONIFÁCIO
- ALPHONSUS GUIMARAENS
- ÁLVARES DE AZEVEDO
- MARTINS PENA
- CLARICE LISPECTOR
- MÃE STELLA DE OXÓSSI
- LUIS GAMA
- XICO XAVIER
- MACHADO DE ASSIS
- MÁRIO DE ANDRADE
- CARLOS DRUMONDE
- MONTEIRO LOBATO
- VINICIOS DE MORAIS
- MARIANO DE OLIVEIRA
- OLAVO BILAC
- ORESTES BARBOSA
- FORTES DO BRASIL
- PERSONAG. MUNDIAIS
- MAOMÉ
- JESUS CRISTO
- NAP. BONAPARTE
- NICOLAU COPERNICO
- ADOLFO HITLER
- VLADIMIR LENIN
- NELSON MANDELA
- CONFÚCIO
- MOISÉS
- HOMERO
- FRANCISCO PIZARRO
- JÚLIO CESAR
- ARISTOTELES
- EUCLIDES
- IMP. JUSTINIANO
- ISABEL I INGLATERRA
- PAULO DE TARSO
- CESAR AUGUSTO
- ALEXANDRE O GRANDE
- THOMAS EDISON
- PAPA URBANO II
- MICHELANGELO
- SALOMÃO
- S.JOSÉ CARPINTEIRO
- PLATÃO
- MARIA MÃE DE JESUS
- CARLOS MAGNO
- EVA PERON
- MARTINHO LUTERO
- PINTOR EL GRECO
- Mahatma Gandhi
- PANDORA
- CHARLES DARWIN
- ZARATUSTRA
- CIENCIA E CIENTISTAS
- MUNDO CULTURAL
- CULTURA DE PORTUGAL
- CULTURA DA ALEMANHA
- CULTURA DA GRÉCIA
- CULTURA DO BRASIL
- CULTURA DA CHINA
- CULTURA ANGOLANA
- CULTURA DA FRANÇA
- CULTURA DA RUSSIA
- CULTURA DA ESPANHA
- CULTURA DA ITÁLIA
- CULTURA INGLESA
- CULTURA AMERICANA
- CULTURA DA INDIA
- CULTURA DO IRÃO
- CULTURA DE MACAU
- CULTURA DE ISRAEL
- CULTURA DA INDONÉSIA
- HISTÓRIA DAS ARTES
- MÚSICOS E CANTORES
- SANTA INQUISIÇÃO
- DEIXE SEU COMENTÁRIO
- CONTACTOS
Arte persa
A arte persa é um conjunto de obras e estilos artísticos que se originaram ou se desenvolveram na Pérsia. De 550 até 500 a.C., uma rude tribo que habitava a planície iraniana era veneradora da luz e do sol, era crente na luta do bem e do mal e, há muitos anos, era dominada pelos medos.
Essa tribo eram os persas. Em 558 a.C., comandados por Ciro, o Grande, eles entraram em revolta e derrotaram seus opressores. Em seguida, conquistaram o Reino da Lídia em 546 a.C. e o da Babilônia em 539 a.C., realizando a construção do Império Aquemênida e exercendo seu domínio sobre os jônios na Grécia.
Foram, porém, derrotados na batalha de Maratona em 490 a.C. durante o governo de Dario I. Outra batalha famosa, a de Salamina em 480 a.C., deu início a uma série de derrotas, que culminaram com a revolta dos gregos, auxiliados pelos egípcios, representando o início da derrocada deste Império.
Esta civilização era essencialmente guerreira, característica naturalmente expressa em sua produção artística, com a criação de criaturas míticas, fantásticas, quase sempre grandiosas, figuras com cabeças humanas e corpos de leão, touro e águia.
Suas esculturas eram modeladas com argila e mármore, seus palácios e imponentes construções testemunham o valor da arquitetura persa, as sedas e tapeçarias foram idealizadas como verdadeiras obras de arte. A arquitetura teve dois grandes momentos. O primeiro corresponde à dinastia dos Aquemênidas 550 a 331 a.C., à qual pertencia Ciro, o Grande. Deste período restam as ruínas de Pasárgada – capital do reinado de Ciro II, o grande. Com a ascensão ao poder dos Selêucidas, as obras arquitetônicas persas receberam uma influência marcante do estilo grego.
Esta fase histórica teve início com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno em 331 a.C. Mas foi durante a dinastia sassânida, que principiou em 226 d.C. e durou até 641, com a chegada do Islã ao poder, que ocorreu um renascimento na arquitetura. Os principais sinais históricos remanescentes desta época são as ruínas dos palácios de Firuzabad, Girra e Sarvestan e as amplas salas abobadadas de Ctesifonte.
Enquanto no reinado dos Aquemênidas a escultura teve características monumentais, do período sassânida restou apenas um modelo escultural, a monumental imagem de um rei fantasma, nas proximidades de Bishapur. As artes decorativas, durante a primeira dinastia, eram usadas nos artigos de luxo, tais como vasilhas de ouro e prata e joias trabalhadas. A pintura sassânida desenvolveu-se amplamente – há relatos sobre milionários persas que decoravam as paredes de suas mansões com imagens de heróis iranianos.
A arte em tecidos teve uma importância sem igual nesta época, pois sedas, brocados, rendas e tapeçarias eram muito valorizados e copiados por toda parte. Durante as Cruzadas, eram utilizados para cobrir relíquias de santos. Os tecidos – principalmente a tapeçaria -, sobreviventes nos dias atuais são de imenso valor artístico, e possivelmente os mais caros.
A cerâmica também imprimiu sua marca na história da arte persa – já avançada na era dos Aquemênidas, prosseguiu seu desenvolvimento na Dinastia Sassânida. Restam vários pratos deste período, expostos no Museu Britânico, no Hermitage e no Metropolitan Museum of Art, de Nova York.
A arte dos sassânidas resgatou antigas tradições persas e durante a era islâmica alcançou o litoral do Mediterrâneo. A arquitetura deste período influenciou largamente o Império Bizantino e também o estilo do Islã, o que pode ser constatado na cidade de Bagdá – construção baseada em características persas.
As origens
Na passagem do segundo para o primeiro milênio a.C., o planalto iraniano recebeu um importante contingente humano de estirpe indo-europeia, que se instalou definitivamente naquele território. Entre os povos recentemente instalados, destacam-se os medos e os persas, que participaram decisivamente da história oriental próxima, até fazer dela sua própria história. Os invasores já chegaram socialmente estratificados, circunstância manifestada pela necrópole de Tepe Sialk, a mais antiga com presença de indo-europeus.
Ali, uma reduzida parcela da população deu-se ao luxo de possuir valiosas peças artísticas; outros, mais numerosos, embora tendo acesso ao mesmo tipo de objetos, não os possuem em idêntica qualidade. Finalmente, um último grupo não dispõe de material funerário; supõe-se se trata da população autóctone dominada.
Essa população socialmente estratificada, organiza-se territorialmente ao redor de acrópoles bem fortificadas, que constituem uma sólida rede de castelos rurais destinados à proteção agrícola dos territórios circunjacentes. A arquitetura e a cerâmica são os testemunhos mais evidentes da mudança étnico-cultural realizada.
Em determinadas ocasiões e lugares, a invasão produziu uma verdadeira miscigenação com a população autóctone. Esse fenômeno é, por vezes, perceptível para a arqueologia, como ocorre na região do Lorestão, na região central do Zagros, onde, por outro lado, detecta-se uma avançada tecnologia metalúrgica, cujo expoente máximo são os famosos bronzes do Luristão.
A cronologia dessas peças é controversa e os especialistas discutem sua datação entre os séculos XII e VII a.C. A questão adicional é saber qual povo é responsável pela sua fabricação e, consequentemente, quem eram os destinatários desses singlares objetos de bronze, que ainda hoje provocam uma sensação inquietante.
Também a esse horizonte cronológico, que se estende da chegada dos invasores à formação do reino medo, pertence uma série de tesouros de caráter principesco, como as chamadas tumbas reais do Gilão, a sudoeste do Mar Cáspio e, especialmente, o tesouro de Ziwiye, no Azerbaijão, em que se destacam as mais belas peças de ouro, decoradas com animais e seres semihumanos, nitidamente influencia pela arte neossíria e urartéria, embora também seja perceptível sua vinculação com o mundo das estepes euroasiáticas, mais desenvolvido pelos citas.
A época de Ciro: Pasárgada
A arte imperial persa começa em meados do século VI a.C., com as grandes obras monumentais realizadas em Pasárgada por Ciro I, o fundador do Império Aquemênida. Do período medo conservou-se pouca coisa, que corresponde fundamentalmente à arquitetura militar dos castelos, referidos com freqüência nos anais assírios e representados em seus relevos.
A unificação de medos e persas produz-se pelo ataque de Ciro, o Grande, que sobe ao trono persa, por volta de 560 a.C., a seu avô Astiages, rei da Média. Começa, então, a epoca de esplendor da dinastia Aquemênida, cuja maior conquista, do ponto de vista político é a unificação de todo o mundo oriental próximo inclusive o Egito, sob um poder centralizado coeso ebem articulado. Em grande parte, o Império Aquemênida é resultado da experiência acumulada pelos impérios neoassírio e neobabilônico, mas seu poder é tão inconteste que a arte faz eco a essa notável diferença em relação à arte neoassíria.
Enquanto esta era a expressão da propaganda política de um império emergente, em formação inclusive na época de maior poderio, o Império Aquemênida é um Estado perfeitamente configurado, que não necessita maior demonstração de força além da mera enunciação do seu poderio, donde o gosto pela repetição incansável dos motivos decorativos, como os guerreiros.
Os monarcas neo-assírios necessitavam expressar seu poder de ação; o estatismo da arte persa é boa amostra da serenidade imperial. Evidentemente, a concepção do Estado havia sofrido uma vertiginosa transformação. Quando Ciro empreende suas monumentais construções em Pasárgada, a arte aquemênida parece haver chegado à sua maturidade.
Conjugam-se, nela, harmoniosamente, a tradição nômade e a linguagem artística própria dos povos vizinhos. Desse modo, a própria estrutura dos palácios adota uma distribuição mais de acordo com as raízes pastoris do que com os palácios mesopotâmicos; as salas hipostilas parecem empréstimo egípcio, enquanto os assírios devem ter inspirado o emprego dos ortostatos; os urarteus, a construção em terraços; e os gregos, tanto elementos arquitetônicos, como de expressão escultórica. Entretanto, apesar de tudo, a arte aquemênida é, em larga escala, devedora da arte mesopotâmica, tanto quanto de sua própria estrutura imperial.
Pasárgada se nos afigura, portanto, um grande acampamento nômade, em que as tendas - agora edifícios - integram-se à paisagem - agora um recinto fechado, ajardinado e com animais em liberdade, conhecido, pelos gregos, como "paraíso" paradeisos. A entrada monumental desse imenso parque era do tipo assírio, com touros alados e Lamasu protegendo o acesso, um pórtico com oito colunas. Uma vez no interior do recinto, os edifícios se encontravam arbitrariamente distribuídos.
Destaca-se a Apadana, sala de audiências, aposento quadrangular, com cada um dos lados dispondo de uma porta, protegida por um pórtico de colunata dupla. O teto da dependência principal era sustentado por oito colunas, com doze metros de altura, o dobro da dos pórticos. Esse edifício será o referencial sistemático da arquitetura aquemênida posterior.
Não muito distante da Apadana, acha-se o palácio residencial, de planta retangular mais larga, que permite dois grandes pórticos nos lados maiores. O interior se divide em três espaços simétricos. No centro, há uma sala hipostila, flanqueada pelos dois outros espaços, um dos quais se subdivide em dois aposentos.
Dentro do parque, há uma zona sagrada, composta por dois altares ao ar livre e um terraço de seis patamares, como prescreve a religião. Dessa prescriçâo provém a ausência de arquitetura sacra no mundo persa. Por último, deve-se mencionar o túmulo de Ciro, o Grande, um monumento insólito, sem paralelo na arquitetura aquemênida. Em primeiro lugar, porque os monarcas persas eram enterrados em túmulos rupestres, entre os quais vale destacar o conjunto de Naqsh-i-Rustam.
Em segundo lugar, porque o túmulo de Ciro mantém a planta da casa do Norte, de madeira, com telhado de duas águas, erguida sobre um pódio de seis níveis, que lembra tanto os elementos formais da arquitetura urarteia, como a estrutura dos próprios zigurates.
Apesar de todas essas construções, Pasárgada não passou de um mero projeto político; na realidade a corte a administração, teve que permanecer em Echatana a antiga capital meda, que, por sua vez, foi substituída por Susa, reconstruída por Daria.
De Persépolis ao fim do Império Aquemênida
Dario I, restaurador do Império, após a crise provocada pela morte de Cambises II, é, ao lado de Ciro, o grande construtor, o expoente do apogeu persa. Inaugura seu reinado com o entalhe de um relevo monumental nas rochas de Behistun, nas denominadas Portas da Ásia, passagem natural obrigatória para caravanas e exércitos, que une a Mesopotâmia central ao planalto iraniano.
Uma gigantesca representação de Ahura-Mazda preside uma cena, em que o rei Dario I se mostra vitorioso sobre o usurpador Bardiya-Gautama. Uma inscrição trilíngue persa, babilônio e elamita acompanha a cena. Dario é justificado pelo modo como ascendeu ao poder e, a seguir, explica-se a organização do Império. O último monumento desse mesmo rei é outro relevo rupestre, agora nas cercanias de Pasárgada, precisamente em Naqsh-i-Rustarn. Trata-se de seu próprio túmulo, simulando uma fachada com arquitrave, na qual alguns autores quiseram distinguir a arquitetura religiosa aquemênida, da qual só se conservam altares ao ar livre.
Entre uma e outra obra, desenrola-se o grande empreendimento construtor de Dario I, o soerguimento de sua cidade-palácio, em Persépolis. É aqui, na conjunção da arquitetura com as artes decorativas, que melhor se manifestam a plenitude e a imensidão do Império Aquemênida. Trata-se, sem sombra de dúvida, de uma cidade programática, símbolo do império que representa.
A organização do espaço em Persépolis é diferente da de Pasárgada. Desaparece o parque, pelo qual se dispersavam os edifícios que agora articulam-se em torno dos dois mais importantes: a Sala de Audiências Apadana e a Sala do Trono Tatchara, Estes ocupam a parte central do recinto, enquanto as laterais albergam, de um lado, aposentos e dependências o Harém, o Palácio de Xerxes, o Tesouro, etc. e, do outro, as áreas de acesso ao palácio a Escadaria, o Pórtico de Todos os Povos e as esplanadas, ou átrios, da Apadana e da Tatchara.
Como em Pasárgada, a arquitetura obedece ao modelo das tendas nômades, embora aqui se tenha optado pela planta quadrada, repetida à exaustão. Os textos sustentam-se sobre colunas, que constituem um dos símbolos exteriores de Persépolis, por sua variedade e riqueza ornamental, que culmina nos capitéis, rematados por cabeças de animais ou motivos vegetais, capazes de expressar, por si mesmos, a plenitude da arte naquele período.
O relevo é indissoluvelmente ligado à arquitetura persa. Todos os espaços disponíveis cobrem-se com esse sistema decorativo, cujas representações constituem a melhor aula sobre a ideologia imperial persa. O rei em audiência é a cena principal; os nobres compõem o cortejo natural da cena. Para chegar até ela, é necessário percorrer extensas paredes, que repetem incansavelmente o mesmo tema: a guarda real.
Antes, pois, de chegar ao rei, todo visitante adquire uma imagem palpável dos fundamentos do poder imperial, que é transmitida sem necessidade de atemorizar - como ocorria com o relevo assírio -, exprimindo de forma tangível a realidade, no que consiste o parentesco dos relevos de Sargão II com a arte persa, maior que o de qualquer outro exemplar assírio. Além disso, entretanto, todas as entradas estão protegidas pelos gênios alados tomados da arte mesopotâmica, que encontram apoio, para seus propósitos de salvaguarda, nessas fileiras intermináveis de Imortais.
A constante repetição dos motivos é, ao mesmo tempo, reflexo da ausência de renovação no aparato do Estado, que provocará uma anquilose das estruturas, causa, em última instância, da queda do Império Aquemênida. A tentativa de integrar o mar Egeu à esfera econômica do Império Aquemênida, encerrar-se-a com um estrondoso fracasso guerras médicas, após o qual os persas terão de conformar-se com uma certa tutela política, Não obstante, do próprio mundo grego surgirá uma força suficientemente dinâmica, para alcançar essa integração do Mediterrâneo Oriental com o Oriente Próximo.
Paradoxalmente, Alexandre Magno, ao vencer Dario III, realizou o destino inconcluso do próprio Império Aquemênida: a criação de um autêntico Império Universal.
TEXTO WIKIPÉDIA