- CASTELOS E FORTALEZAS
- LUIS DE CAMÕES
- HISTÓRIA DA PESCA
- HISTORIADORES
- CATASTROFES
- PINT PORTUGUESES
- CASTELOS PORTUGAL
- CASTELO BRANCO
- CASTRO MARIM
- CASTELO MONSANTO
- CAST.DE ARRAIOLOS
- CASTELO DE ÁLCÁCER
- SANTIAGO DO CACÉM
- CASTELO DE OURÉM
- CASTELO DO SABUGAL
- CASTELO DE LAMEGO
- CASTELO ABRANTES
- CASTELO DE SILVES
- CASTELO DE MERTOLA
- CASTELO DE CHAVES
- CAST DE PORTALEGRE
- CASTELO DE POMBAL
- CAST DE BRAGANÇA
- CASTELO DE BELMONTE
- VILA DA FEIRA
- CASTELO DE ESTREMOZ
- CASTELO DE BEJA
- CASTELO ALMOUROL
- CAST.MONT. O VELHO
- CASTELO DE PENELA
- CASTELO DE MARVÃO
- CASTELO DE ÓBIDOS
- CASTELO DE LEIRIA
- CASTELO DE S.JORGE
- CASTELO DOS MOUROS
- CASTELO DE ELVAS
- CASTELO DE LAGOS
- CASTELO DE VIDE
- CASTELO DE SORTELHA
- CASTELO DE ALTER
- TORRES NOVAS
- CASTELO DE TAVIRA
- CASTELO SESIMBRA
- CASTELO DE ÉVORA
- CASTELO DE SANTARÉM
- CASTELO DE SERPA
- CASTELO DE TOMAR
- CASTELO DE MELGAÇO
- CASTELO DE COIMBRA
- CASTELO PORTO DE MÓS
- CASTELO DE PALMELA
- FORTALEZAS
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
- FORTE STA CRUZ
- MURALHAS DO PORTO
- FORTE DAS FORMIGAS
- FORTE S.SEBASTIÃO
- FORTE S LOURENÇO
- FORTE DE SÃO FILIPE
- S.JULIÃO DA BARRA
- TORRE DE BELÉM
- FORTE DE PENICHE
- FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
- FORTE DO QUEIJO
- SÃO TIAGO DA BARRA
- FORTE SÃO JOSÉ
- F.DE JUROMENHA
- FORTE DO OUTÃO
- FORTE DE SÃO BRÁS
- FORTE DO BUGIO
- MURALHAS DE VISEU
- FORTALEZA DE SAGRES
- FORTE DA GRAÇA
- FORTE MIGUEL ARCANJO
- FORTE SENH.DA GUIA
- FORTE DO PESSEGUEIRO
- FORTE DE SACAVÉM
- STO.ANTONIO BARRA
- SÃO TIAGO DO FUNCHAL
- FORTALEZA DO ILHÉU
- FORTE DAS MERCÊS
- REDUTO DA ALFANDEGA
- FORTE DE STA LUZIA
- PORTUGAL
- REINO DE PORTUGAL
- CRISE SUCESSÓRIA
- DINASTIA DE AVIZ
- DINASTIA FILIPINA
- QUESTÃO DINASTICA
- DINASTIA BORGONHA
- DINASTIA BRAGANÇA
- REINO DE LEÃO
- UNIÃO IBÉRICA
- COND PORTUCALENSE
- DITADURA MILITAR
- HISTÓRIA PORTUGAL
- INVASÃO ROMANA
- C.CONSTITUCIONAL
- REINO DO ALGARVE
- RECONQUISTA
- HIST.PENINS.IBÉRICA
- GUERRA COLONIAL
- HISPANIA
- HENRIQUE DE BORGONHA
- COMBOIOS DE PORTUGAL
- PALÁCIOS DE PORTUGAL
- REIS DE PORTUGAL
- D.AFONSO HENRIQUES
- D.SANCHO I
- D AFONSO II
- D.SANCHO II
- D.AFONSO III
- D.DINIS
- D.AFONSO IV
- D.PEDRO I
- D.FERNANDO
- D.JOÃO I
- D.DUARTE
- D.AFONSO V
- D.JOÃO II
- D.MANUEL I
- D.JOÃO III
- D.SEBASTIÃO
- D. HENRIQUE I
- D.FILIPE I
- D.FILIPE II
- D.FILIPE III
- D.JOÃO IV
- D.AFONSO VI
- D JOÃO V
- D.PEDRO II
- D.JOSÉ I
- D.MARIA I
- D.PEDRO III
- D.JOÃO VI
- D.PEDRO I DO BRASIL
- D.MARIA II
- D MIGUEL I
- D.PEDROV
- D.LUIS I
- D.CARLOS I
- D.MANUEL II
- DITADURA E OPOSIÇÃO
- PIDE
- OPOSIÇÃO Á DITADURA
- ROLÃO PRETO
- CAMPO DO TARRAFAL
- CAPELA DO RATO
- REVOL.DOS CRAVOS
- CADEIA DO ALJUBE
- REVIRALHISMO
- COMUNISMO
- CENS.EM PORTUGAL
- O ESTADO NOVO
- INTEGRALISMO
- CATARINA EUFÉMIA
- ALVARO CUNHAL
- FRANCISCO RODRIGUES
- PADRE ALBERTO NETO
- HENRIQUE GALVÃO
- MOVIMENTO SINDICALISTA
- O P.R.E.C EM CURSO
- 6 DE JUNHO DE 1975
- FILOS PORTUGUESES
- MOST. DE PORTUGAL
- NAV.E EXPLORADORES
- ESCRIT.E POETAS
- CESÁRIO VERDE
- TOMÁS GONZAGA
- ALVES REDOL
- LOPES DE MENDONÇA
- EÇA DE QUEIRÓS
- AFONSO L VIEIRA
- JOÃO DE DEUS
- FLORBELA ESPANCA
- MIGUEL TORGA
- BOCAGE
- FERNANDO NAMORA
- GIL VICENTE
- VITORINO NEMÉSIO
- FRANCISCO LEITÃO
- MIGUEL L ANDRADA
- FRANCISCO MELO
- FELICIANO CASTILHO
- CAMILO C. BRANCO
- IRENE LISBOA
- JORGE DE SENA
- ANTERO DE QUENTAL
- SOFIA MELO BREYNER
- ALMEIDA GARRET
- GUERRA JUNQUEIRO
- TIÓFILO BRAGA
- PINHEIRO CHAGAS
- FRANCISCO DE MIRANDA
- ALBERTO CAEIRO
- JOSÉ REGIO
- DESCOBRIMENTOS
- IGREJAS E CONVENTOS
- ACONTECIM.E LENDAS
- ORDENS RELIGIOSAS
- ORIG.PORTUGUESAS
- HISTÓRIAS MILITARES
- HIST M DE PORTUGAL
- H.MILITAR DO BRASIL
- BATALHA DE OURIQUE
- BATALHA DE TOLOSA
- CERCO DE LISBOA
- BATALHA VILA FRANCA
- GUERRA LARANJAS
- BATALHA SALADO
- CERCO DE ALMEIDA
- CORTES DE COIMBRA
- MONARQUIA DO NORTE
- HISTÓRIA MILITAR
- BATALHA DO SABUGAL
- BATALHA FUENTE ONORO
- BATALHA DE ALBUERA
- GUERRA RESTAURAÇÃO
- BATALHA DOS ATOLEIROS
- BATALHA DE MATAPÃO
- GUERRAS FERNANDINAS
- COMBATE DO CÔA
- VINHOS DE PORTUGAL
- HISTÓRIA DE CIDADES
- ARTE EM PORTUGAL
- PORTUGAL NO MUNDO
- RIOS E PONTES
- PORTUGUESES NOBRES
- PRÉ HISTÓRIA
- CULTURA VARIADA
- LITERAT PORTUGUESA
- MONARQUIA
- MARTIN MONIZ
- SALINAS DE RIO MAIOR
- HOSPIT.DONA LEONOR
- PINTURAS PORTUGAL
- AVIAD.DE PORTUGAL
- ALDEIAS HISTÓRICAS
- AZULEJO PORTUGUÊS
- RENASC EM PORTUGAL
- AQUED ÁGUAS LIVRES
- LINGUA PORTUGUESA
- MONTANHA DO PICO
- APARIÇÕES DE FÁTIMA
- GUILHERMINA SUGIA
- MILAGRE DO SOL
- ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
- SANTOS E BEATOS
- GOVERNAD DA INDIA
- FADOS E TOIROS
- POESIA E PROSA
- RAINHAS DE PORTUGAL
- ESTEFANIA JOSEFA
- MARIA LEOPOLDINA
- CARLOTA JOAQUINA
- MARIA FRANC SABOIA
- LEONOR TELES
- JOANA TRASTÂMARA
- MÉCIA LOPES DE HARO
- AMÉLIA DE ORLEÃES
- LEONOR DE AVIZ
- AMÉLIA AUGUSTA
- MARIA PIA DE SABOIA
- LUISA DE GUSMÃO
- BEATRIS DE PORTUGAL
- INÊS DE CASTRO
- MARIA VITÓRIA
- LEONOR DA AUSTRIA
- TERESA DE LEÃO
- RAINHA SANTA ISABEL
- FILIPA DE LENCASTRE
- MARIA ANA DE AUSTRIA
- MARIA SOFIA ISABEL
- SETIMA ARTE
- CURIOSIDADES
- OFICIAIS SUPERIORES
- PERS.DE PORTUGAL
- UNIVERSI. COIMBRA
- CONSELHEIROS REINO
- NOV.ACONTECIMENTOS
- REGENERAÇÃO
- REGICIDIO
- REVOL.28 DE MAIO
- CONSTITUIÇÃO
- INVAS NAPOLEÓNICAS
- CONV DE ÉVORAMONTE
- GUERRA CIVIL PORT.
- INTERREGNO
- COMBATE FOZ AROUCE
- ALCÁCER QUIBIR
- SUCESSÃO CASTELA
- CEUTA E DIU
- BATALHA DE ALVALADE
- BATALHA DE ROLIÇA
- BATALHA DO VIMEIRO
- BATALHA DO PORTO
- BATALHA DO BUÇACO
- CERCO DO PORTO
- BATALHA DE ALMOSTER
- GUERRA DOS CEM ANOS
- GUNGUNHANA
- OCUPAÇÃO FRANCESA
- ÁFRICA
- RECONQ DE ANGOLA
- G LUSO-HOLANDESA
- REC.COLÓNAS PORT.
- HISTÓRIA DE ANGOLA
- GUERRA DE ANGOLA
- GUERRA MOÇAMBIQUE
- MOÇAMBIQUE
- HIST GUINÉ BISSAU
- CABO VERDE
- S.TOMÉ E PRINCIPE
- SÃO JORGE DA MINA
- FORTE DE MAPUTO
- PROVINCIA CABINDA
- GUINÉ BISSAU
- ANGOLA
- CAMI DE F BENGUELA
- ILHA DE MOÇAMBIQUE
- ALCACER -CEGUER
- ARZILA-MARROCOS
- AZAMOR
- BATALHA NAVAL GUINÉ
- CONQUISTA DE CEUTA
- CULTURA BRASILEIRA
- HISTÓRIA DO BRASIL
- PROCLA.DA REPÚBLICA
- INCONFID.MINEIRA
- REPUBLICA VELHA
- NOVA REPÚBLICA
- ERA VARGAS
- GUERRA DO PARAGUAI
- REVOLTA DA CHIBATA
- BANDEIRANTES
- GUER DOS EMBOABAS
- FLORIANO PEIXOTO
- FORÇA BRASILEIRA
- GUERRA DO PRATA
- REV.FILIPE SANTOS
- REVOL. FEDERALISTA
- CONFED.DO EQUADOR
- INTENT.COMUNISTA
- GUERRA CONTESTADO
- ORIGEM NOME BRASIL
- LUIS MARIA FILIPE
- HISTÓRIA DE FORTALEZA
- HISTÓRIA DO BRASIL I
- HISTÓRIA DO BRASIL II
- HISTÓRIA DO BRASIL III
- ISABEL DO BRASIL
- PEDRO II
- BRASIL E ALGARVES
- BRASIL COLONIA
- TRANSFER. DA CORTE
- HISTÓRIA CABRALINA
- IMIG PORT NO BRASIL
- QUESTÃO DINÁSTICA
- CAPITANIAS DO BRASIL
- GUE.INDEPENDENCIA
- MALD BRAGANÇAS
- INDEPEND DO BRASIL
- CONDE DE BOBADELA
- ABOLICIONISMO
- PEDRO AUGUSTO SAXE
- AUGUSTO LEOPOLDO
- PERIODIZAÇÃO BRASIL
- HISTÓRIA MINAS GERAIS
- HISTÓRIA RIO JANEIRO
- HISTÓRIA DO BRASIL IV
- VULCÃO DE IGUAÇU
- CRISTO REDENTOR
- HISTÓRIA EDUCAÇÃO
- QUINTA DA BOAVISTA
- OURO PRETO
- PAÇO IMPERIAL
- COLONIZ. DO BRASIL
- AQUEDUTO CARIOCA
- B.JESUS MATOSINHOS
- ALEIJADINHO
- IGRJ SÃO FRANCISCO
- CICLO DO OURO
- TIRADENTES
- REPUBLICA DA ESPADA
- ESTADO DO BRASIL
- BRASIL DIT. MILITAR
- HIST.ECON.DO BRASIL
- INVASÕES FRANCESAS
- BRASIL ESCRIT E POETAS
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
- JORGE AMADO
- CAMILO LIMA
- LIMA BARRETO
- JOSÉ BONIFÁCIO
- ALPHONSUS GUIMARAENS
- ÁLVARES DE AZEVEDO
- MARTINS PENA
- CLARICE LISPECTOR
- MÃE STELLA DE OXÓSSI
- LUIS GAMA
- XICO XAVIER
- MACHADO DE ASSIS
- MÁRIO DE ANDRADE
- CARLOS DRUMONDE
- MONTEIRO LOBATO
- VINICIOS DE MORAIS
- MARIANO DE OLIVEIRA
- OLAVO BILAC
- ORESTES BARBOSA
- FORTES DO BRASIL
- PERSONAG. MUNDIAIS
- MAOMÉ
- JESUS CRISTO
- NAP. BONAPARTE
- NICOLAU COPERNICO
- ADOLFO HITLER
- VLADIMIR LENIN
- NELSON MANDELA
- CONFÚCIO
- MOISÉS
- HOMERO
- FRANCISCO PIZARRO
- JÚLIO CESAR
- ARISTOTELES
- EUCLIDES
- IMP. JUSTINIANO
- ISABEL I INGLATERRA
- PAULO DE TARSO
- CESAR AUGUSTO
- ALEXANDRE O GRANDE
- THOMAS EDISON
- PAPA URBANO II
- MICHELANGELO
- SALOMÃO
- S.JOSÉ CARPINTEIRO
- PLATÃO
- MARIA MÃE DE JESUS
- CARLOS MAGNO
- EVA PERON
- MARTINHO LUTERO
- PINTOR EL GRECO
- Mahatma Gandhi
- PANDORA
- CHARLES DARWIN
- ZARATUSTRA
- CIENCIA E CIENTISTAS
- MUNDO CULTURAL
- CULTURA DE PORTUGAL
- CULTURA DA ALEMANHA
- CULTURA DA GRÉCIA
- CULTURA DO BRASIL
- CULTURA DA CHINA
- CULTURA ANGOLANA
- CULTURA DA FRANÇA
- CULTURA DA RUSSIA
- CULTURA DA ESPANHA
- CULTURA DA ITÁLIA
- CULTURA INGLESA
- CULTURA AMERICANA
- CULTURA DA INDIA
- CULTURA DO IRÃO
- CULTURA DE MACAU
- CULTURA DE ISRAEL
- CULTURA DA INDONÉSIA
- HISTÓRIA DAS ARTES
- MÚSICOS E CANTORES
- SANTA INQUISIÇÃO
- DEIXE SEU COMENTÁRIO
- CONTACTOS
Combate de Foz de Arouce
O Combate de Foz de Arouce foi travado no dia 15 de Março de 1811 durante a retirada de Massena, no final da terceira invasão francesa de Portugal. Este combate insere-se no conjunto de acções retardadoras executadas pelas tropas francesas sob o comando do Marechal Ney.
Antecedentes
Durante a terceira invasão francesa de Portugal, o exército de Massena foi detido pelo sistema defensivo conhecido como Linhas de Torres Vedras. Por não ter recebido reforços que lhe permitissem atacar as Linhas de Torres e perante as grandes dificuldades em abastecer o seu exército, Massena decidiu retirar em direcção ao Vale do Mondego Ver o artigo Retirada de Massena.
A partir de Condeixa, Massena compreendeu que não tinha condições para se estabelecer no Vale do Mondego e, por isso, decidiu seguir em direcção à fronteira espanhola. O primeiro objectivo era Celorico onde o deveria aguardar a Divisão Conroux do Nono Corpo de Exército IX CE. Enquanto o VIII CE seguia pela estrada Condeixa – Casal Novo – Miranda de Corvo e escoltava os trens, o VI CE continuou a ter a missão de constituir a Guarda de Retaguarda do exército de Massena. Após o Combate de Casal Novo as tropas francesas continuaram a sua marcha para Celorico. Nessa tarde, o II CE, que tinha iniciado a retirada por um itinerário diferente, juntou-se à coluna principal do exército de Massena em Miranda do Corvo. Desta forma, Massena tinha reunido uma força com cerca de 44.000 homens. O itinerário que seguiam entrava em terreno montanhoso e difícil e, por isso, Massena deu ordem para que fosse destruído tudo o que não era considerado essencial.
Após a destruição da maior parte das bagagens 14 de Março, seguiu-se uma marcha noturna. O II CE seguiu à frente, seguido pelo VIII CE. O VI CE mantinha a missão de constituir a Guarda de Retaguarda. Miranda do Corvo foi incendiada por forma a causar demora no avanço das tropas anglo-lusas que mantinham a perseguição e Ney reiniciou a retirada no dia 15 de manhã. Após uma marcha penosa, os II e VIII CE atingiram o vale do Ceira na povoação de Foz de Arouce e atravessaram o rio na ponte que se encontrava parcialmente destruída mas ainda praticável. Ney, que chegou mais tarde, apenas enviou para o outro lado do rio a Divisão de Loison e uma Brigada da Divisão de Mermet. Ney permaneceu, com a Divisão de Marchand, uma Brigada da Divisão de Mermet e a Cavalaria Ligeira de Lamotte, na margem esquerda ocidental do Rio Ceira. Por seu lado, Wellington iniciou a marcha de perseguição já tarde na manhã do dia 15 devido ao denso nevoeiro que persistiu nas primeiras horas da manhã. O comandante dos Aliados não quis arriscar avançar sem visibilidade, correndo o risco de ser surpreendido pelos franceses. A perseguição só foi retomada quando a visibilidade permitiu confirmar que, do outro lado do Rio Eça, nas linhas de alturas, não se encontrava o exército de Massena pronto a atacá-lo. Quando Picton 3ª Divisão e Erskine Divisão Ligeira avistaram as tropas francesas, nas margens do Rio Ceira, estavam já a meio da tarde.
O campo de batalha
Foz de Arouce é uma povoação e freguesia do Concelho de Lousã. Situa-se na margem direita do Rio Ceira. Para atravessar o Rio Ceira existia uma ponte romana ainda existe. Em ambas as margens do rio o terreno é montanhoso.
As forças em presença
As forças francesas
As forças francesas empenhadas no Combate de Foz de Arouce foram duas divisões do VI CE Sexto Corpo de Exército sob o comando do Marechal Michel Ney. Os efectivos conhecidos referentes a estas unidades reportam a 1 de Janeiro de 1811 e, desta forma, não correspondem à realidade mas podem dar uma ideia dos quantitativos envolvidos. Eram as seguintes unidades:
1ª Divisão de Infantaria, sob o comando do General de Divisão Jean-Gabriel Marchand, com 182 oficiais e 4.805 praças;
2ª Divisão de Infantaria, sob o comando do General de Divisão Julien Auguste Joseph Mermet, com 212 e 6.040 praças; apenas foi empenhada uma Brigada;
Brigada de Cavalaria Ligeira, sob o comando do General de Brigada Auguste Étienne Marie Lamotte, com 48 oficiais e 604 praças.
A 3ª Divisão de Infantaria de Loison encontrava-se do outro lado do rio margem direita.
As forças anglo-lusas
Do exército de Wellington estiveram envolvidas nesta acção apenas duas divisões britânicas. No entanto, Wellington podia ainda dispôr de mais três divisões britânicas – as 1ª, 5ª e 6ª Divisões – e de duas Brigadas Independentes Portuguesas – as 1ª e 5ª brigadas. As unidades empenhadas foram
3ª Divisão, com um efectivo de 6.050 homens 4.500 britânicos, 1.550 portugueses, sob o comando do Major-General Sir Thomas Picton; desta divisão fazia parte a 8ª Brigada de Infantaria Portuguesa, sob o comando do Tenente-Coronel Charles Sutton, que compreendia dois batalhões do RI 9 Regimento de Infantaria 9 e dois do RI 21;
Divisão Ligeira, com um efectivo de 4.300 homens 3.400 britânicos, 900 portugueses, sob o comando do Major-General Sir William Erskine;As unidades portuguesas desta Divisão eram Caçadores 1 e Caçadores 3;
O Combate
Quando as Divisão Ligeira e a 3ª Divisão avistaram as tropas francesas nas margens do Rio Ceira era já tarde. A maior parte do exército de Massena estendia-se por vários quilómetros nas alturas para lá do rio margem direita. Na margem esquerda, em duas colinas, encontravam-se a Divisão de Marchand, uma Brigada da Divisão de Mermet e a cavalaria de Lamotte. Picton e Erskine entenderam que já era demasiado tarde para lançar um ataque e além disso a 6ª Divisão, a que se encontrava mais próxima, ainda vinha um pouco atrás. Desta forma, deram ordens para as suas unidades acamparem e montarem postos de vigilância. Wellington chegou às posições que estas suas unidades ocupavam pouco antes de escurecer.
O raciocínio que tinham feito os dois generais britânicos foi o mesmo que fizera Ney que, dado o adiantar da hora, já não esperava entrar em combate. Assim, além de estabelecer fracas medidas de segurança – a sua cavalaria não detectou a aproximação dos Aliados - as tropas não ocuparam as posições defensivas adequadas. Foi disso que Wellington se apercebeu quando, chegando à frente, pôde observar as posições inimigas e não perdeu a oportunidade: resolveu atacar imediatamente. A 3ª Divisão recebeu ordem para atacar a esquerda francesa e a Divisão Ligeira para atacar a sua direita. Com esta decisão obtinha o efeito surpresa.
Foi a surpresa que permitiu obter o sucesso logo no primeiro ataque. Algumas companhias do 95th Rifles da Divisão Ligeira seguiram por uma estrada estreita e chegaram ao centro de Foz de Arouce, muito perto da ponte, quase sem encontrarem oposição. As restantes unidades da Divisão Ligeira empenharam-se num combate frontal com a Divisão de Marchand e a 3ª Divisão dirigiu-se para a Brigada de Mermet que constituía o flanco esquerdo francês. Apesar da fraca oposição encontrada pelas companhias do 95th Rifles acabaram por entrar em contacto com algumas forças francesas. O barulho do combate com estas companhias, do lado da ponte, alertou as tropas francesas para o perigo de ficarem com a retaguarda cortada e várias unidades abandonaram a linha de combate e dirigiram-se apressadamente em direcção ao rio. Ao tentarem atravessar a ponte, acabaram por ser confrontados com a cavalaria de Lamotte, que tinha atravessado o rio cerca de uma hora antes, de passar para a margem esquerda, onde se encontrava a Divisão Marchand. Impedidos de passar, os fugitivos tentaram a travessia num vau um pouco a jusante. O caudal do rio estava alto e muitos afogaram-se e a águia regimental do 39º Regimento perdeu-se e o seu comandante foi capturado.
Ney salvou a situação lançando o 3º Batalhão do 69º Regimento 3/69me num contra-ataque sobre as companhias do 95th Rifles que tinham entrado em Foz de Arouce e ameaçavam a ponte. Elas foram obrigadas a retirar para junto dos outros batalhões da Divisão Ligeira. A passagem pela ponte ficou assim livre e as tropas francesas atravessaram-na com alguma desordem. Enquanto o faziam foram sujeitas ao fogo da artilharia aliada e também do VIII CE que no meio da confusão não distinguiram entre forças amigas e forças inimigas. Entretanto anoiteceu e os franceses, depois de completarem a travessia fizeram explodir a ponte.
As fontes francesas apontam baixas que variam entre 200 e 400. Charles Oman aponta uma estimativa de cerca de 250 baixas. Do lado dos Aliados registaram-se 71 baixas 9 mortos e 62 feridos sendo duas de portugueses. Foi capturada a bagagem de Marchand e de Mermet, e alguma quantidade de biscoito que a Divisão Ligeira não deixou de aproveitar. A perseguição iria agora permitir às tropas francesas ganhar alguma distância pois Wellington não podia avançar em força sem reparar a ponte, não só para a passagem das suas tropas mas também dos abastecimentos que agora era necessário fazer chegar à frente. Ainda não tinha sido estabelecido um depósito em Coimbra e, assim, todos os abastecimentos vinham de Lisboa. Quanto ao exército de Massena, restava-lhe continuar a sua retirada através de um território despovoado.
Charles Oman faz uma comparação entre este combate e o que se travou no ano anterior, no início da invasão, na região de Almeida Ver Combate do Côa. Em ambos os casos, como refere aquele autor, uma guarda de retaguarda foi tentada a permanecer demasiado tempo para lá de um curso de água que só podia ser atravessado numa ponte estreita, quase levando ao desastre completo.
FONTE WIKIPÉDIA