- CASTELOS E FORTALEZAS
- LUIS DE CAMÕES
- HISTÓRIA DA PESCA
- HISTORIADORES
- CATASTROFES
- PINT PORTUGUESES
- CASTELOS PORTUGAL
- CASTELO BRANCO
- CASTRO MARIM
- CASTELO MONSANTO
- CAST.DE ARRAIOLOS
- CASTELO DE ÁLCÁCER
- SANTIAGO DO CACÉM
- CASTELO DE OURÉM
- CASTELO DO SABUGAL
- CASTELO DE LAMEGO
- CASTELO ABRANTES
- CASTELO DE SILVES
- CASTELO DE MERTOLA
- CASTELO DE CHAVES
- CAST DE PORTALEGRE
- CASTELO DE POMBAL
- CAST DE BRAGANÇA
- CASTELO DE BELMONTE
- VILA DA FEIRA
- CASTELO DE ESTREMOZ
- CASTELO DE BEJA
- CASTELO ALMOUROL
- CAST.MONT. O VELHO
- CASTELO DE PENELA
- CASTELO DE MARVÃO
- CASTELO DE ÓBIDOS
- CASTELO DE LEIRIA
- CASTELO DE S.JORGE
- CASTELO DOS MOUROS
- CASTELO DE ELVAS
- CASTELO DE LAGOS
- CASTELO DE VIDE
- CASTELO DE SORTELHA
- CASTELO DE ALTER
- TORRES NOVAS
- CASTELO DE TAVIRA
- CASTELO SESIMBRA
- CASTELO DE ÉVORA
- CASTELO DE SANTARÉM
- CASTELO DE SERPA
- CASTELO DE TOMAR
- CASTELO DE MELGAÇO
- CASTELO DE COIMBRA
- CASTELO PORTO DE MÓS
- CASTELO DE PALMELA
- FORTALEZAS
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
- FORTE STA CRUZ
- MURALHAS DO PORTO
- FORTE DAS FORMIGAS
- FORTE S.SEBASTIÃO
- FORTE S LOURENÇO
- FORTE DE SÃO FILIPE
- S.JULIÃO DA BARRA
- TORRE DE BELÉM
- FORTE DE PENICHE
- FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
- FORTE DO QUEIJO
- SÃO TIAGO DA BARRA
- FORTE SÃO JOSÉ
- F.DE JUROMENHA
- FORTE DO OUTÃO
- FORTE DE SÃO BRÁS
- FORTE DO BUGIO
- MURALHAS DE VISEU
- FORTALEZA DE SAGRES
- FORTE DA GRAÇA
- FORTE MIGUEL ARCANJO
- FORTE SENH.DA GUIA
- FORTE DO PESSEGUEIRO
- FORTE DE SACAVÉM
- STO.ANTONIO BARRA
- SÃO TIAGO DO FUNCHAL
- FORTALEZA DO ILHÉU
- FORTE DAS MERCÊS
- REDUTO DA ALFANDEGA
- FORTE DE STA LUZIA
- PORTUGAL
- REINO DE PORTUGAL
- CRISE SUCESSÓRIA
- DINASTIA DE AVIZ
- DINASTIA FILIPINA
- QUESTÃO DINASTICA
- DINASTIA BORGONHA
- DINASTIA BRAGANÇA
- REINO DE LEÃO
- UNIÃO IBÉRICA
- COND PORTUCALENSE
- DITADURA MILITAR
- HISTÓRIA PORTUGAL
- INVASÃO ROMANA
- C.CONSTITUCIONAL
- REINO DO ALGARVE
- RECONQUISTA
- HIST.PENINS.IBÉRICA
- GUERRA COLONIAL
- HISPANIA
- HENRIQUE DE BORGONHA
- COMBOIOS DE PORTUGAL
- PALÁCIOS DE PORTUGAL
- REIS DE PORTUGAL
- D.AFONSO HENRIQUES
- D.SANCHO I
- D AFONSO II
- D.SANCHO II
- D.AFONSO III
- D.DINIS
- D.AFONSO IV
- D.PEDRO I
- D.FERNANDO
- D.JOÃO I
- D.DUARTE
- D.AFONSO V
- D.JOÃO II
- D.MANUEL I
- D.JOÃO III
- D.SEBASTIÃO
- D. HENRIQUE I
- D.FILIPE I
- D.FILIPE II
- D.FILIPE III
- D.JOÃO IV
- D.AFONSO VI
- D JOÃO V
- D.PEDRO II
- D.JOSÉ I
- D.MARIA I
- D.PEDRO III
- D.JOÃO VI
- D.PEDRO I DO BRASIL
- D.MARIA II
- D MIGUEL I
- D.PEDROV
- D.LUIS I
- D.CARLOS I
- D.MANUEL II
- DITADURA E OPOSIÇÃO
- PIDE
- OPOSIÇÃO Á DITADURA
- ROLÃO PRETO
- CAMPO DO TARRAFAL
- CAPELA DO RATO
- REVOL.DOS CRAVOS
- CADEIA DO ALJUBE
- REVIRALHISMO
- COMUNISMO
- CENS.EM PORTUGAL
- O ESTADO NOVO
- INTEGRALISMO
- CATARINA EUFÉMIA
- ALVARO CUNHAL
- FRANCISCO RODRIGUES
- PADRE ALBERTO NETO
- HENRIQUE GALVÃO
- MOVIMENTO SINDICALISTA
- O P.R.E.C EM CURSO
- 6 DE JUNHO DE 1975
- FILOS PORTUGUESES
- MOST. DE PORTUGAL
- NAV.E EXPLORADORES
- ESCRIT.E POETAS
- CESÁRIO VERDE
- TOMÁS GONZAGA
- ALVES REDOL
- LOPES DE MENDONÇA
- EÇA DE QUEIRÓS
- AFONSO L VIEIRA
- JOÃO DE DEUS
- FLORBELA ESPANCA
- MIGUEL TORGA
- BOCAGE
- FERNANDO NAMORA
- GIL VICENTE
- VITORINO NEMÉSIO
- FRANCISCO LEITÃO
- MIGUEL L ANDRADA
- FRANCISCO MELO
- FELICIANO CASTILHO
- CAMILO C. BRANCO
- IRENE LISBOA
- JORGE DE SENA
- ANTERO DE QUENTAL
- SOFIA MELO BREYNER
- ALMEIDA GARRET
- GUERRA JUNQUEIRO
- TIÓFILO BRAGA
- PINHEIRO CHAGAS
- FRANCISCO DE MIRANDA
- ALBERTO CAEIRO
- JOSÉ REGIO
- DESCOBRIMENTOS
- IGREJAS E CONVENTOS
- ACONTECIM.E LENDAS
- ORDENS RELIGIOSAS
- ORIG.PORTUGUESAS
- HISTÓRIAS MILITARES
- HIST M DE PORTUGAL
- H.MILITAR DO BRASIL
- BATALHA DE OURIQUE
- BATALHA DE TOLOSA
- CERCO DE LISBOA
- BATALHA VILA FRANCA
- GUERRA LARANJAS
- BATALHA SALADO
- CERCO DE ALMEIDA
- CORTES DE COIMBRA
- MONARQUIA DO NORTE
- HISTÓRIA MILITAR
- BATALHA DO SABUGAL
- BATALHA FUENTE ONORO
- BATALHA DE ALBUERA
- GUERRA RESTAURAÇÃO
- BATALHA DOS ATOLEIROS
- BATALHA DE MATAPÃO
- GUERRAS FERNANDINAS
- COMBATE DO CÔA
- VINHOS DE PORTUGAL
- HISTÓRIA DE CIDADES
- ARTE EM PORTUGAL
- PORTUGAL NO MUNDO
- RIOS E PONTES
- PORTUGUESES NOBRES
- PRÉ HISTÓRIA
- CULTURA VARIADA
- LITERAT PORTUGUESA
- MONARQUIA
- MARTIN MONIZ
- SALINAS DE RIO MAIOR
- HOSPIT.DONA LEONOR
- PINTURAS PORTUGAL
- AVIAD.DE PORTUGAL
- ALDEIAS HISTÓRICAS
- AZULEJO PORTUGUÊS
- RENASC EM PORTUGAL
- AQUED ÁGUAS LIVRES
- LINGUA PORTUGUESA
- MONTANHA DO PICO
- APARIÇÕES DE FÁTIMA
- GUILHERMINA SUGIA
- MILAGRE DO SOL
- ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
- PANTEÃO DOS BRAGANÇAS
- SANTOS E BEATOS
- GOVERNAD DA INDIA
- FADOS E TOIROS
- POESIA E PROSA
- RAINHAS DE PORTUGAL
- ESTEFANIA JOSEFA
- MARIA LEOPOLDINA
- CARLOTA JOAQUINA
- MARIA FRANC SABOIA
- LEONOR TELES
- JOANA TRASTÂMARA
- MÉCIA LOPES DE HARO
- AMÉLIA DE ORLEÃES
- LEONOR DE AVIZ
- AMÉLIA AUGUSTA
- MARIA PIA DE SABOIA
- LUISA DE GUSMÃO
- BEATRIS DE PORTUGAL
- INÊS DE CASTRO
- MARIA VITÓRIA
- LEONOR DA AUSTRIA
- TERESA DE LEÃO
- RAINHA SANTA ISABEL
- FILIPA DE LENCASTRE
- MARIA ANA DE AUSTRIA
- MARIA SOFIA ISABEL
- SETIMA ARTE
- CURIOSIDADES
- OFICIAIS SUPERIORES
- PERS.DE PORTUGAL
- UNIVERSI. COIMBRA
- CONSELHEIROS REINO
- NOV.ACONTECIMENTOS
- REGENERAÇÃO
- REGICIDIO
- REVOL.28 DE MAIO
- CONSTITUIÇÃO
- INVAS NAPOLEÓNICAS
- CONV DE ÉVORAMONTE
- GUERRA CIVIL PORT.
- INTERREGNO
- COMBATE FOZ AROUCE
- ALCÁCER QUIBIR
- SUCESSÃO CASTELA
- CEUTA E DIU
- BATALHA DE ALVALADE
- BATALHA DE ROLIÇA
- BATALHA DO VIMEIRO
- BATALHA DO PORTO
- BATALHA DO BUÇACO
- CERCO DO PORTO
- BATALHA DE ALMOSTER
- GUERRA DOS CEM ANOS
- GUNGUNHANA
- OCUPAÇÃO FRANCESA
- PORTUGAL RECONQUISTA
- ÁFRICA
- RECONQ DE ANGOLA
- G LUSO-HOLANDESA
- REC.COLÓNAS PORT.
- HISTÓRIA DE ANGOLA
- GUERRA DE ANGOLA
- GUERRA MOÇAMBIQUE
- MOÇAMBIQUE
- HIST GUINÉ BISSAU
- CABO VERDE
- S.TOMÉ E PRINCIPE
- SÃO JORGE DA MINA
- FORTE DE MAPUTO
- PROVINCIA CABINDA
- GUINÉ BISSAU
- ANGOLA
- CAMI DE F BENGUELA
- ILHA DE MOÇAMBIQUE
- ALCACER -CEGUER
- ARZILA-MARROCOS
- AZAMOR
- BATALHA NAVAL GUINÉ
- CONQUISTA DE CEUTA
- CULTURA BRASILEIRA
- HISTÓRIA DO BRASIL
- PROCLA.DA REPÚBLICA
- INCONFID.MINEIRA
- REPUBLICA VELHA
- NOVA REPÚBLICA
- ERA VARGAS
- GUERRA DO PARAGUAI
- REVOLTA DA CHIBATA
- BANDEIRANTES
- GUER DOS EMBOABAS
- FLORIANO PEIXOTO
- FORÇA BRASILEIRA
- GUERRA DO PRATA
- REV.FILIPE SANTOS
- REVOL. FEDERALISTA
- CONFED.DO EQUADOR
- INTENT.COMUNISTA
- GUERRA CONTESTADO
- ORIGEM NOME BRASIL
- LUIS MARIA FILIPE
- HISTÓRIA DE FORTALEZA
- HISTÓRIA DO BRASIL I
- HISTÓRIA DO BRASIL II
- HISTÓRIA DO BRASIL III
- ISABEL DO BRASIL
- PEDRO II
- BRASIL E ALGARVES
- BRASIL COLONIA
- TRANSFER. DA CORTE
- HISTÓRIA CABRALINA
- IMIG PORT NO BRASIL
- QUESTÃO DINÁSTICA
- CAPITANIAS DO BRASIL
- GUE.INDEPENDENCIA
- MALD BRAGANÇAS
- INDEPEND DO BRASIL
- CONDE DE BOBADELA
- ABOLICIONISMO
- PEDRO AUGUSTO SAXE
- AUGUSTO LEOPOLDO
- PERIODIZAÇÃO BRASIL
- HISTÓRIA MINAS GERAIS
- HISTÓRIA RIO JANEIRO
- HISTÓRIA DO BRASIL IV
- VULCÃO DE IGUAÇU
- CRISTO REDENTOR
- HISTÓRIA EDUCAÇÃO
- QUINTA DA BOAVISTA
- OURO PRETO
- PAÇO IMPERIAL
- COLONIZ. DO BRASIL
- AQUEDUTO CARIOCA
- B.JESUS MATOSINHOS
- ALEIJADINHO
- IGRJ SÃO FRANCISCO
- CICLO DO OURO
- TIRADENTES
- REPUBLICA DA ESPADA
- ESTADO DO BRASIL
- BRASIL DIT. MILITAR
- HIST.ECON.DO BRASIL
- INVASÕES FRANCESAS
- BRASIL ESCRIT E POETAS
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
- JORGE AMADO
- CAMILO LIMA
- LIMA BARRETO
- JOSÉ BONIFÁCIO
- ALPHONSUS GUIMARAENS
- ÁLVARES DE AZEVEDO
- MARTINS PENA
- CLARICE LISPECTOR
- MÃE STELLA DE OXÓSSI
- LUIS GAMA
- XICO XAVIER
- MACHADO DE ASSIS
- MÁRIO DE ANDRADE
- CARLOS DRUMONDE
- MONTEIRO LOBATO
- VINICIOS DE MORAIS
- MARIANO DE OLIVEIRA
- OLAVO BILAC
- ORESTES BARBOSA
- FORTES DO BRASIL
- PERSONAG. MUNDIAIS
- MAOMÉ
- JESUS CRISTO
- NAP. BONAPARTE
- NICOLAU COPERNICO
- ADOLFO HITLER
- VLADIMIR LENIN
- NELSON MANDELA
- CONFÚCIO
- MOISÉS
- HOMERO
- FRANCISCO PIZARRO
- JÚLIO CESAR
- ARISTOTELES
- EUCLIDES
- IMP. JUSTINIANO
- ISABEL I INGLATERRA
- PAULO DE TARSO
- CESAR AUGUSTO
- ALEXANDRE O GRANDE
- THOMAS EDISON
- PAPA URBANO II
- MICHELANGELO
- SALOMÃO
- S.JOSÉ CARPINTEIRO
- PLATÃO
- MARIA MÃE DE JESUS
- CARLOS MAGNO
- EVA PERON
- MARTINHO LUTERO
- PINTOR EL GRECO
- Mahatma Gandhi
- PANDORA
- CHARLES DARWIN
- ZARATUSTRA
- CIENCIA E CIENTISTAS
- MUNDO CULTURAL
- CULTURA DE PORTUGAL
- CULTURA DA ALEMANHA
- CULTURA DA GRÉCIA
- CULTURA DO BRASIL
- CULTURA DA CHINA
- CULTURA ANGOLANA
- CULTURA DA FRANÇA
- CULTURA DA RUSSIA
- CULTURA DA ESPANHA
- CULTURA DA ITÁLIA
- CULTURA INGLESA
- CULTURA AMERICANA
- CULTURA DA INDIA
- CULTURA DO IRÃO
- CULTURA DE MACAU
- CULTURA DE ISRAEL
- CULTURA DA INDONÉSIA
- HISTÓRIA DAS ARTES
- MÚSICOS E CANTORES
- SANTA INQUISIÇÃO
- DEIXE SEU COMENTÁRIO
- CONTACTOS
Maria Francisca de Saboia, Rainha de Portugal
Maria Francisca Isabel de Sabóia, Maria Francisca Luísa Isabel de Sabóia. Casou com Afonso VI de Portugal e depois com o irmão Pedro II de Portugal. Convindo a Luís XIV de França atrair Portugal ao seu país em luta com a Espanha, concordou com o casamento com D. Afonso. De La Rochelle, onde se celebrou, por procuração, o casamento. Partiu D. Maria Francisca na nau Vendôme, até Lisboa.
O conde de Castelo Melhor buscara uma noiva francesa porque cobiçava a aliança de Luís XIV. Tentou a Grande Mademoiselle, e Luís XIV favorecia o projeto, mas a noiva resistiu, por amores com o duque de Lauzun. O duque de Guise lembrou o nome desta que era Mademoiselle de Nemours e d´Aumale, da casa soberana, parente do rei, gentil e inteligente, que tinha dote valioso. Era ainda aparentada com os Condé e com os principais fidalgos e traria para Portugal as simpatias da corte, o que era importante por estar Portugal em guerra contra a Espanha. A dificuldade proveio dos escrúpulos da Duquesa, que prometera a mão da filha a Carlos de Lorena. Morrendo a duquesa, cessou o obstáculo e o casamento foi ajustado em 1665. A 24 de fevereiro de 1666 assinaram-se as escrituras pelas quais a Rainha trazia de dote 1.800.000 libras tornesas ou 324.000$000 réis, devendo usufruir em Portugal da herança da sogra, D. Luísa de Gusmão, que valia 100.000 cruzados. Mencionava-se que, se sobrevivesse ao Rei sem ter filhos, poderia sair de Portugal com o dote e mais 500.000 libras esterlinas. Tendo filhos, só poderia levar, no mesmo caso, 1/3 do dote e 1/3 das 500.000 libras. Assinadas as escrituras, a Rainha saiu de Paris em 29 de maio de 1669, com o Marquês de Sande e comitiva, para La Rochelle. Ali em 27 de junho de 1669
casou por procuração com o rei, representado pelo Marquês. A 4 de julho embarcou a bordo de uma esquadra francesa de 10 navios comandada pelo marquês de Ruvigny, recebendo a esquadra de seu tio, o duque de Beaufort, para lhe abrir caminho, porque era de recear que os espanhóis a quisessem aprisionar. Chegou ao sítio da Junqueira a 9 de agosto de 1666, indo o conde de Castelo Melhor recebê-la a bordo com sua mãe, nomeada camareira-mor, e a levou para o Paço de Alcântara, onde a esperava o rei, o Infante D. Pedro e a corte. O rei se mostrou impressionado com a formosura da noiva e o casamento foi ratificado na igreja do convento das flamengas em Alcântara, celebrante o Bispo de Tara e Capelão-mor da Casa Real. A 19 de agosto, a Rainha foi à Sé para um solene Te Deum.»
Estabelecida em Portugal, chamou para junto de si Melchior Harold de Sénevas, abade de Préau e marquês de Saint-Germain, homem de confiança de Luís XIV, que a ajudaria a fomentar a revolta palaciana de 1668, que afastou D. Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º conde de Castelo Melhor, que muito se empenhara no casamento.
A Guerra da Restauração arrastava-se e apesar de muitas alianças prometidas, estas não se concretizavam e mais tarde ou mais cedo sucumbiria Portugal perante a Espanha, e este estado de coisas levou o conde a procurar uma aliança matrimonial com a França. Mas cedo se apercebeu que a nova rainha defendia os interesses do seu país, e não os da sua nova pátria, o que levou esta primeiro a afastar o Dr. António de Sousa Macedo, braço direito do conde, a pretexto de a ter insultado durante um incidente por ela provocado. Finalmente, vendo o Rei privado dos seus homens de confiança e considerando-o incapaz de governar por sua própria vontade, a rainha abandona o Paço e recolhe-se ao convento da Esperança, de onde escreve ao cabido pedindo a anulação do seu casamento, alegando peso na consciência pela dissimulação que fizera ao longo dos anos. O casamento foi anulado em 24 de março de 1668. No dia imediato o infante foi ao Paço e obrigou o Rei a abdicar, alertando para situação do reino.
Origens
Princesa de Sabóia, segunda filha do 4º duque de Aumale e duque de Nemours Carlos Amadeu de Sabóia 1624-1652 e de Isabel de Vendôme, uma das três filhas de César de Bourbon, Duque de Vendôme, bastardo legitimado do rei Henrique IV. A irmã de Isabel, Maria Joana 1644-1724 casara com Carlos Emanuel II da Sabóia e seu tio era César d´Estrées, Bispo e Cardeal de Laon. Era assim Duquesa de Nemours-Aumale e neta por bastardia de Henrique IV de França. Maria Francisca descendia ainda da famosa amante do rei Henrique II de França, Diana de Poitiers, duquesa de Valentinois.
Comentários depreciativos de um cronista
O casamento de D. Afonso VI com a filha do duque de Nemours interessou a França em nossos destinos, nos deu sua aliança. Enquanto Portugal se engrandecia no campo da batalha, consolidando a independência, no paço, em Lisboa, triunfavam as intrigas palacianas. A rainha estranhava bastante o marido, homem de instintos viciosos, destituído de educação, incapaz de amar e de se fazer amar. Sendo ambiciosa, estava habituada ao respeito e obediência da corte de Luís XIV, que de longe queria sujeitar a política portuguesa à influência do governo de Versalhes. Castelo Melhor não era homem que se curasse facilmente, e como a rainha soubera adquirir grande influência no ânimo fraco do marido, tratou de impedir que entrasse demasiadamente na política e nos negócios do Estado. Daqui resultou a hostilidade, dissimulada e depois sem reserves. O conde, verdadeiro diplomata, não deu nunca ensejo à rainha para que pudesse queixar-se dele, outro tanto não aconteceu com o secretário de estado, António de Sousa de Macedo, barão de Mullingar, poeta e escritor. Uma insignificante questão, relativa a um criado da rainha, obrigou a orgulhosa soberana a censurar Sousa de Macedo, e este respondeu com mais vivacidade. A rainha fez grande escândalo, dizendo que lhe tinham faltado ao respeito, queixou-se a el-rei, exigindo a sua demissão. El-rei, apesar da sua curta inteligência, entendia que os tiros dirigidos contra homens que o rodeavam, e que formavam um governo muito considerado no estrangeiro, era a ele que o feriam, não quis aceder ao pedido da rainha, e mesmo porque da resposta do secretário de estado nada havia de menos respeitoso. A rainha ainda insistiu, mas o rei instigado pelo conde de Castelo Melhor, firmou-se no seu propósito, e Sousa de Macedo não foi demitido. O infante D. Pedro, já em dissidências com seu irmão, ajudando os projectos da rainha, de quem se tornara íntimo, mostrou-se indignadíssimo. D. Pedro fazia oposição ao 1.° ministro, porque, quando a impopularidade de D. Afonso VI mais se pronunciou, nutria a esperança de conquistar o poder, e o conde elevava-se entre ele e o rei, e o seu vulto enérgico era pare fazer recuar os ambiciosos. A rainha, que também detestava o ministro, ligou-se ao cunhado, para conspirarem contra o seu poder, procurando inutilizá-lo. Estas ligações tornaram-se depressa escandalosas. D. Maria Francisca de Sabóia, na força da vida, via-se casada com um homem quase decrépito, e incapaz de inspirar amor pelos defeitos físicos e intelectuais, enquanto que D. Pedro era um rapaz simpático e dizia amá-la. Diz-se que foi no bosque de Salvaterra, onde el-rei gostava muito de ir à caça, que esses amores mais se acentuaram. O conde de Castelo Melhor, com a sua perspicácia, não tardou a descobrir aqueles amores, e o infante, percebendo que o conde estava senhor do segredo, mais aumentou seu ódio. »
Segundo casamento
Casou-se com o cunhado depois de Bula papal que os autorizava, em 2 de abril de 1668. Teve uma filha, apenas, a Infanta Isabel Luísa Josefa de Bragança. De 1668 a 1683, quando casada com o Regente D. Pedro, usou o Título de Princesa, mas era conhecida como Rainha-princesa. Voltou a ser Rainha de facto após a morte de Afonso VI em 12 de Setembro de 1683. Morreu três meses e meio depois, em 27 de Dezembro de 1683.
O casamento não foi feliz. Sua filha morreu aos 21 anos, depois de ter várias vezes ajustado o seu casamento com diversos príncipes. A Rainha fundou em 1667 o convento do Santo Crucifixo ou das Francesinhas, e enriqueceu muitas igrejas. Em 1683 adoeceu gravemente com hidropisia, indo para o palácio do conde de Sarzedas, em Palhavã, para mudança de ares; melhorou e logo piorou, morrendo três meses depois do primeiro marido, D. Afonso VI. Foi sepultada no Convento das Francesinhas, que fundara, tendo em 1912 seus restos mortais sido trasladados para o Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora.
FONTE WIKIPÉDIA