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Agadir
Agadir antigamente chamada em português Santa Cruz do Cabo de Gué, é uma cidade do sul de Marrocos situada a norte da foz do rio Suz Souss, na costa do Oceano Atlântico. É a capital da região de Souss-Massa-Drâa e da prefeitura de Agadir-Ida ou Tanane. Em 2004, a população do município era de 344 422 habitantes. A área metropolitana tinha 678 596 habitantes em 2004 e estimava-se que em 2012 tivesse 600 177 habitantes.
O nome significa "muralha, fortaleza ou cidade" em berber, ou, mais usualmente, a uma espécie de celeiro fortificado característico da região de Suz e do sul de Marrocos, sendo nesta aceção praticamente sinónimo de ksar, o termo árabe que deu origem à palavra "alcácer" em português.
História
A história é praticamente muda sobre Agadir, antes do século XII.
No século II a.C, o historiador Políbio evoca na costa atlântica da África, um cabo Rhysaddir, que poderia têr sido situado perto de Agadir; a sua localização continua a ser fonte de debate.
A mais antiga menção cartográfica que se encontra sobre Agadir aparece numa carta de 1325: aproximadamente no sitio da cidade actual, a indicação dum lugar chamado Porto Mesegina, a partir do nome duma tribo berbere já citada no século XII, os Mesguina ou Ksima.
No fim do período medieval, Agadir é uma aldeia de pouca notoriedade; o seu nome, Agadir el-arba, é atestado pela primeira vez em 1510.
Em 1505, os portugueses, edificam uma fortaleza ao pé do monte, em frente do mar, a Fortaleza de Santa Cruz do Cabo de Gué de Agoa de Narba, onde foi mais tarde o bairro hoje desaparecido de Founti, chamado assim a partir da palavra portuguesa fonte porque aí encontraram uma.
Rapidamente, os Portugueses têm dificuldades com as tribos da região, sofrendo longas lutas e cercos, até que em 12 de Março de 1541 o xerife, Mohammed ech-Cheikh consegue apoderar-se da fortaleza. Seiscentos sobreviventes são feitos prisioneiros, fazendo parte destes, o governador D. Guterre de Monroy, seus filhos, e sua filha Dona Mecia. Os cativos são resgatados por religiosos vindos especialmente de Portugal. Dona Mecia, cujo marido, D. Rodrigo de Carvalhal, tinha sido morto durante a batalha, tornando-se mais tarde mulher de Mohammed ech-Cheikh, mas depois de têr dado à luz uma filha que apenas viveu oito dias, faleceu ela também pouco mais tarde, em 1543 ou 1544, havendo suspeitas de envenenamento da parte das outras mulheres do Xerife. Nesse mesmo ano de 1544, Mohammed ech-Cheikh fez libertar o governador D. Guterre de Monroy, com quem tinha amizade.
Depois da perda de Agadir, os portugueses acabam por abandonar Safim et Azamor. O Marrocos começa a ter menos importância para Portugal, tornado cada vez mais para a Índia e o Brasil. Depois de 1550, com a perda de Arzila, apenas lhes fica Mazagão, Tânger e Ceuta.
Em 1572, o casbá é construída no cimo da serra por Moulay Abdallah el-Ghalib, sucessor de Mohammed Ech-Cheikh. Chama-se então Agadir N'Ighir, literalmente, o sótão fortificado no monte em tachelhite, língua berbere de Marrocos.
No século XVII, sob o reino da dinastia berbere do Tazeroualt, Agadir tornou-se uma enseada de certa importância, desenvolvendo o comércio com a Europa. Não existe neste tempo, verdadeiro porto. De Agadir parte o açúcar, a cera, cobre, couros e peles. Os europeus trazem o produtos manufacturados, como armas e tecidos. Durante o reino do sultão Moulay Ismail 1645-1727 e dos seus sucessores, o comércio com a França, até essa data mais importante regride, com proveito dos ingleses e holandeses.
EM 1731, um terramoto forte atinge a cidade. Em 1746, os holandeses instalam uma feitoria ao pé da casbá, sob o domínio do sultão, e participam sem dúvida a reconstrução da cidades. Por cima da porta do casbá, aínda hoje pode ler-se a inscrição holandesa : "Vreest God ende eert den Kooning", que significa "Teme Deus e honra teu rei", e a data de 1746.
Depois dum longo período de prosperidade sob as disnastias xerifianas Saadianas e Alawitas , Agadir declina a partir de 1760, em razão da preeminência dada ao porto de Mogadouro , pelo sultão Alawita Sidi Mohammed ben Abdallah, que quere castigar o Suz, rebeld à sua autoridade. Esse declinio dura século e meio. Em 1789, um viajante europeu faz uma breve descrição de Agadir: "É agora uma vila deserta, apenas ficam algumas casas que ameaçam ruina"..
Em 1881, o sultão Moulay Hassan abre novamente a enseada ao comércio para abastecer as expedições au sul, que prevê de fazer. Essa expedições destinadas a reafirmar sua autoridade sobre as tribos do Suz, e oporem-se aos planos dos ingleses e espanhóis, realizaram-se em 1882 e 1886.
Em 1884, Charles de Foucauld descreve na sua Reconnaissance au Maroc a sua rápida passagem por Agadir, vindo do este : "Vou ao longo da costa até Agadir Irir. O caminho passa por baixo desta cidade, entre ela e Founti. Founti é uma aldeia miserável, algumas cabanas de pescadores; Agadir, apesar das suas paredes brancas que lhe dão um ar de cidade, é, segundo me disseram, uma pobre aldeia desabitada e sem comércio.
Em 1911, a chegada de uma canhoneira alemã A Pantera, provoca o chamado "Coup d'Agadir". Pretextando um pedido de socorro das empresas alemãs do vale do Suz, a Alemanha decide, a 1 de Julho de 1911, enviar uma canhoneira, a SMS Panther A Pantera, rapidamente seguida pelo cruzador Berlim, para oficialmente proteger a comunidade local. As fortes reacções internacionais, em particular as da Grã-Bretanha, surpreendem a Alemanha. A guerra ameaça. Depois de negociações cumpridas, um tratado franco-alemão é finalmente assinado a 4 de novembro de 1911, permitindo à França, em 1913, ocupar quase todo o reino de Marrocos.
Em 1913, a vila de Agadir Agadir N'Ighir e Founti tem menos de mil habitantes. Em 15 de junho, as tropas francesas chegam a Agadir. Em 1916, um primeiro molhe é construído perto de Founti, chamado mais tarde « jetée portugaise » molhe português, que subsistiu até o fim do século XX. Depois de 1920, sob protetorado francês, um porto é edificado e a cidade conhece um primeiro desenvolvimento com a construção do antigo bairro Talborjt situado no planalto ao pé da serra. Dois anos mais tarde, à beira de Talborjt, ao longo da falha geológica do oued Tildi, o bairro de Yahchech, mais popular, começa a sua construção.
Cerca de 1930, Agadir é uma etapa importante da Aeropostale onde Saint-Exupéry et Mermoz fazem escala.
Durante os anos 1930 começa a ser edificado um centro moderno na cidade, segundo os planos dos urbanistas Henri Prost e de seu adjunto Albert Laprade.
A partir de 1950, com a abertura do porto comercial, a cidade desenvolve-se a pesca, as conservarias, a agricultura e a exploração de minérios. Movimenta o turismo e, por vários anos seguidos, a partir de 1952, Agadir organiza o "Grande Prémio automóvel de Agadir" e o Grande Prêmio automóvel de Marrocos.
Em 1959, o porto recebe a visita do iate do armador grego Aristóteles Onassis e de seu hóspede, Winston Churchill.
Em 1960, quando faltavam 15 minutos para a meia-noite do dia 29 de Fevereiro, Agadir que tinha mais de 40 000 habitantes foi novamente destruída por um sismo de magnitude 5,7 na Escala de Richter, que durou 15 segundos, matando cerca de 20.000 pessoas. O terremoto destruiu a Kasbah antiga.
Ao ver a destruição em Agadir, o rei Mohammed V de Marrocos declarou: "se o Destino decidiu a destruição de Agadir, a sua reconstrução depende da nossa fé e vontade." A reconstrução começou em 1961, dois quilómetros a sul do epicentro do terremoto.
A cidade foi reconstruída com traços modernos e registou um forte surto demográfico e se transforma em um dos mais importantes centros turísticos do país. Agadir é um importante porto comercial e piscatório, o maior exportador mundial de sardinha. Os prédios altos, as avenidas largas,os modernos hotéis e os cafés ao estilo europeu lhe emprestam modernidade contrastando com a típica paisagem de uma cidade marroquina. O actual presidente do município é Tariq Kabbaj.
Clima
Localizada ao longo do Oceano Atlântico, Agadir tem um clima temperado. A temperatura diurna geralmente fica na casa dos 20°C, com as elevações de inverno, tipicamente atingindo 20,7°C entre dezembro e janeiro. A temperatura anual é semelhante a de Nairobi, no Quénia, mas com menor índice pluviométrico e noites mais quentes no meado do ano.
Tânger
Tânger é a capital da região de Tânger-Tetuão, no Marrocos. Situa-se no noroeste de África, junto ao Estreito de Gibraltar, onde começa a orla atlântica do Marrocos. Sua população, segundo o censo de 2004, é de 669 680 habitantes.
História
Tânger é uma antiga cidade fenícia, fundada por colonos cartaginenses no início do século V a.C. Ela continuou a ser um importante centro urbano para os berberes, o povo tradicionalmente nômade nativo da região. Moedas antigas se referem à cidade como Tenga, Tinga e Titga, e autores gregos adotaram diferentes variações do nome.
Segundo Plutarco, seu nome se originou de Tinjis ou Tinge; a cidade foi fundada por Sufax, filho de Tinjis, esposa de Anteu. Anteu era um gigante, cuja tumba, em Tânger, foi desenterrada por Quinto Sertório; seu esqueleto media sessenta côvados de tamanho. Sufax era filho de Hércules com a viúva de Anteu. As "cavernas de Hércules", a alguns quilômetros da cidade, estão entre as principais atrações turísticas; de acordo com a lenda, Hércules teria passado a noite ali antes de realizar um de seus doze trabalhos.
Os romanos chamaram-lhe Tingis, donde advém o adjectivo tingitana para designar esta terra desde a Antiguidade. A cidade passou para o jugo romano no século I a.C., primeiro como uma aliada independente e, posteriormente, sob o imperador Augusto, como uma colônia Colonia Julia, no governo de Cláudio, capital da Mauretânia Tingitana. Foi o local do martírio de São Marcelo de Tânger. No século V d.C., os vândalos conquistaram e ocuparam a Tingitana, e de lá partiram para a conquista do Norte da África. Um século mais tarde, entre 534 e 682, a região fez parte do Império Bizantino, antes de cair sob o domínio árabe em 702. Devido ao seu passado cristão, ainda é uma diocese titular da Igreja Católica.
Os portugueses tentaram conquistar a cidade em 1437, durante o período henriquino, apesar da oposição inicial do Rei D. Duarte e da desaprovação do infante D. Pedro, as cortes reunidas em Évora em Abril de 1436 votaram os créditos para a empresa. Rui de Pina afirma que na armada havia apenas 6000 homens, número insuficiente para atacar a poderosa praça do Magrebe.
Em setembro o infante D. Fernando embarcou em Ceuta com destino a Tânger e o exército comandado pelo infante D. Henrique tomou, por terra, a mesma direcção. Os mouros defenderam-se comandados por Sala ben Sala, que era o capitão de Ceuta quando João I tomara esta cidade em 1415.
Os portugueses, derrotados após a tentativa, deixaram ficar o infante D. Fernando como prisioneiro, uma vez que o seu resgate passava pela devolução da praça de Ceuta aos marroquinos, o que não foi aceite pelas Cortes portuguesas. Por este motivo, D. Fernando viria a falecer cativo em Fez, em 1443, às mãos dos mouros, advindo daí a tradição de lhe ver o seu cativeiro como motivo de santidade, passando a ser conhecido como o Infante Santo.
Em 1458, e antes de atacar Alcácer Seguer, a armada de D. Afonso V esteve dois dias ancorada na baía de Tânger, tendo o rei planeado a sua conquista no que foi contrariado pelo Conselho. Três vezes tentou atacar a famosa cidade, sempre com mau resultado. Em 1471, com a tomada de Arzila, os habitantes de Tânger compreendendo que o objectivo final era a tomada da sua cidade, abandonaram-na. Foi então ocupada por D. João, filho do duque de Bragança no mesmo ano por ordem de D. Afonso V. As relíquias de D. Fernando só então foram recuperadas e solenemente transladadas para o Panteão Régio na Batalha, onde ainda hoje repousam, na Capela dos Fundadores.
No domínio eclesiástico, Tânger pertenceu ao bispado unido de Ceuta e Tânger. Com o início do século XVI, Tânger permaneceria sempre em pé de guerra, interrompida apenas por breves intervalos de tréguas.
Surge então o plano de abandono de algumas praças portuguesas de Marrocos exposto por João III de Portugal, em 1532, ao Papa. No entanto, em 1534, num pedido de consulta aos principais conselheiros do Reino, o monarca demonstra a sua vontade em conservar Tânger como base de ataque ao reino de Fez. As Cortes de 1562-63, reunidas depois do cerco de Mazagão, insistiram pela sua defesa e pediram o reforço da guarnição. Em 1578, por alturas da expedição que viria a partir de Arzila para Alcácer-Quibir, o rei encontrou em Tânger Mulei Moamede Almotoaquil, o xerife deposto por Mulei Abde Almélique.
A cidade permaneceu em mãos portuguesas até 1661, altura em que, ao abrigo do tratado de paz e amizade firmado com a Grã-Bretanha, a mão da princesa Catarina de Bragança, filha de João IV de Portugal, foi cedida em casamento ao rei Carlos II de Inglaterra, levando no seu dote as cidades de Tânger e de Bombaim na Índia. Uma esquadra desembarcou ali nesse mesmo ano e a guarnição e quase toda a população portuguesa regressaram ao Reino. No entanto o dominio inglês sobre a cidade durou pouco tempo. Em 1679 o sultão Moulay Ismail de Marrocos tenta sem êxito ocupar a cidade, mas mantêm um grande bloqueio que finalmente leva à retirada inglesa no dia 6 de Fevereiro de 1684.
Já no século XX, Tânger esteve na base de uma crise internacional que precedeu a I Guerra Mundial, devido ao facto do kaiser Guilherme II da Alemanha aí querer estabelecer os interesses germânicos, chocando com a França, que tentava também controlar o sultanato.
Tendo-se Marrocos tornado um protetorado francês em 1912, a cidade acabou por ser declarada zona internacional administrada pelo Reino Unido, Espanha, França, a partir de 1923 também por Portugal, Itália, Bélgica, Países Baixos, Suécia, Estados Unidos e, desde 1945, União Soviética. Foi depois reunida ao reino de Marrocos, aquando da independência deste último, em 1956.
Património edificado
Em termos de património edificado, a cidade mantém diversos vestígios da ocupação portuguesa em bom estado de conservação, como a antiga fortaleza e igrejas, com destaque para a Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
Economia
Tânger é o segundo centro industrial mais importante do Marrocos, depois de Casablanca, com indústrias têxtil, química, metalúrgica e naval. Atualmente, a cidade possui dois parques industriais, que têm o estatuto de zona franca.
A economia de Tânger se baseia fortemente no turismo. O número de resorts à beira-mar vem aumentando, com projetos patrocinados por investimento estrangeiro. Companhias do setor imobiliário e do setor de construção civil vêm investindo cada vez mais na infraestrutura turística.
O comércio artesanal na cidade velha medina se especializou principalmente em produtos de couro, manufacturas de madeira e prata, roupas tradicionais, e calçados.
A agricultura da área é terciária, e basicamente produz cereais. A cidade experimentou os efeitos do êxodo rural de cidades e aldeias vizinhas. A população quadruplicou durante um período de 25 anos: um milhão de habitantes em 2007, contra apenas 250 000 em 1982. Este fenômeno provocou a aparição de distritos suburbanos periféricos, habitados, principalmente, pela população pobre, que não possui as condições básicas de infraestrutura.
EXTRAÍDO DA WIKIPÉDIA