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Castelo de Silves
O Castelo de Silves, no Algarve, localiza-se na cidade, Freguesia e Concelho de mesmo nome, no Distrito de Faro, em Portugal.
Em posição dominante sobre a foz do rio Arade, guarnecendo aquele trecho do litoral, constitui-se no maior castelo da região algarvia, sendo considerado como o mais belo exemplo da arquitectura militar islâmica no país.
História
Antecedentes
A primitiva ocupação humana da colina de Silves remonta à pré-história, acreditando-se que, no primeiro milênio a.C., navegadores Fenícios tenham penetrado no rio Arade, navegável até fins da Idade Média, e que, posteriormente, tenha conhecido a presença Romana, que aqui explorou uma jazida de cobre, conforme os testemunhos arqueológicos. Alguns autores pretendem que teriam sido estes os responsáveis por uma primeira fortificação, entre os séculos IV e V, também atribuída aos Visigodos que se lhes sucederam.
A partir do século VIII, diante da Invasão muçulmana da Península Ibérica, os novos senhores desta região iniciaram a fortificação de Silves então as-Shilb, como o confirmam as recentes escavações. Graças à posição geográfica privilegiada a povoação cresceu com rapidez. Por volta do século XI, quando conheceu o apogeu, ultrapassando Ossónoba em importância, foi palco de inúmeras disputas entre príncipes muçulmanos vindo a ser conquistada pelo rei-poeta Al-Mu'Tamid 1052, tornando-se sede de uma taifa. Embora uma historiografia clássica afirme que as forças de Fernando Magno conquistaram e saquearam a povoação em 1060, a realidade desse evento tem sido modernamente questionada.
Acredita-se que data deste período a configuração genérica do perímetro muralhado, envolvendo uma área de cerca de doze hectares. A muralha ameada, rasgada por três portas, era reforçada por torres de planta quadrangular. Internamente a povoação era definida por duas ruas principais, constituindo dois eixos. Junto à porta principal Porta de Almedina, Porta de Loulé erguia-se o vasto Palácio da Varandas, hoje desaparecido, que conhecemos pela poesia de Al-Mu'tamid.
A povoação encontra-se descrita na crônica de Xelbe, ao final do século XII, como um dinâmico centro urbano, comercial e cultural do mundo islâmico. Data do início do século XIII a reforma Almóada das suas defesas, empreendida pelo último rei muçulmano, Ibn al-Mahfur, que lhe conferiu as linhas gerais que, com alterações, chegaram aos nossos dias.
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, o monarca português D. Sancho I 1185-1211 também foi atraído pela prosperidade deste enclave. No início do ano de 1189, com o auxílio de uma frota de cruzados Dinamarqueses e Frísios, conquistou preliminarmente o vizinho Castelo de Alvor. No Verão do mesmo ano, com um auxílio de uma nova frota de cruzados, agora de Ingleses e Alemães, intenta, a partir da segunda quinzena de Julho, a conquista de Silves, a quem impos um duro sítio. Deste episódio, chegou até nós a narrativa de um de seus participantes, que descreve a violência do cerco, assim como o emprego de uma variedade de máquinas de guerra, tais como torres de madeira, catapultas e de um "ouriço" esfera de madeira armada com pontas de ferro, que destruiram várias torres e troços da muralha, conduzindo à rendição da povoação a 2 de Setembro, violentamente saqueada na ocasião.
A povoação e seu castelo mantiveram-se na posse de Portugal até à contra-ofensiva Almóada que, sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, em 1191, culminou com a perda de todas as conquistas cristãs nos territórios ao sul do rio Tejo, à excepção da cidade de Évora.
No ano de 1242, os cavaleiros da Ordem de Santiago, sob o comando de seu Mestre, D. Paio Peres Correia, intentou a reconquista de Silves que, entretanto, só retornou definitivamente às mãos de Portugal sob o reinado de D. Afonso III 1248-1279, em 1253, quando o seu bispado foi restaurado. O soberano concedeu à povoação o seu Foral 1266, quando terá também determinado a recuperação e reforço das suas defesas.
Porteriormente, D. Fernando 1367-1383 e D. João I 1385-1433 promoveram reparos nessas defesas.
Acredita-se que trabalhos de ampliação e reforço tenham ocorrido sob o reinado de D. Manuel I 1495-1521, que concedeu Foral Novo à Vila 1504, uma vez que datam desse período as obras da Igreja da Sé e da Misericórdia.
Do terramoto de 1755 aos nossos dias
Quando do terramoto de 1755, a sua estrutura foi severamente danificada.
O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. Nas décadas de 1930 e de 1940, foram promovidas intervenções de consolidação e restauro, a cargo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais , desobstruindo-se troços de muralhas e refazendo-se algumas torres, ameaçadas de ruína.
Desde 1984 que decorrem escavações arqueológicas no interior do castelo, coordenadas pela Prof. Doutora Rosa Varela Gomes , investigadora internacionalmente reconhecida na área da Arqueologia Medieval Islâmica.
Actualmente, este castelo constitui um dos maiores e mais bem conservados monumentos do país.
Características
A fortificação ocupa uma área de cerca de 12.000 m², constituindo-se em um típico exemplar da arquitectura militar islâmica, erguido com o emprego de taipa, revestida com grés arenito, material abundante na região e que lhe confere uma tonalidade avermelhada.
A fortificação islâmica ordenava dois grandes espaços:
a alcáçova , em posição dominante na cota mais alta do terreno, com muralhas ameadas , percorridas no topo por adarve, reforçadas onze torres de planta quadrangular, duas das quais albarrãs , comunicando-se com as duas por uma passagem elevada em arco ;
a almedina, ligada à alcáçova através de uma porta protegida por duas poderosas torres. A sua muralha envolve a povoação, sendo rasgada por três portas, das quais apenas a Porta de Loulé nos chegou. Esta porta apresenta um passadiço duplo, com arcos de volta perfeita, protegido por uma torre albarrã. Acredita-se que a sua estrutura inferior seria em cotovelo. Esta torre tem no seu interior duas salas e anexos onde, durante séculos, esteve instalada a Câmara Municipal e, desde 1983, os serviços da Biblioteca Municipal. É acedida por uma escada exterior, construída posteriormente, e pelos dois passadiços originais, no topo. Junto a ela foram encontrados os vestígios do chamado "Palácio das Varandas", durante trabalhos arqueológicos de escavação de sondagem, coordenados por Rosa Varela Gomes.
Quatro das torres, modificadas quando dos trabalhos de reconstrução promovidos no século XIV ou XV, apresentam portas em estilo gótico, salas abobadadas e pedras com as marcas dos pedreiros que as levantaram.
Na alcáçova destacam-se ainda, as cisternas:
a principal, de dimensões monumentais, com apoiada por cinco de volta inteira assentes em quadradas. Segundo a tradição, a sua capacidade era suficiente para abastecer a povoação durante todo um ano; e abóbada arcos colunas
a Cisterna dos Cães, com cerca de 70 metros de profundidade, ao que se crê, aproveitamento um antigo poço de exploração de cobre da época romana.
Fonte WikiPÉDIA