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REINO DE LEÃO

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Reino de Leão

 

O Reino de Leão foi um dos antigos reinos ibéricos surgidos no período da reconquista cristã sendo independente durante três períodos: de 910 a 1037 sob domínio da casa Leonesa, de 1065 a 1072 sob o domínio da casa de Navarra e de 1157 a 1230 sob o domínio da casa da Borgonha.

A sua primeira constituição deu-se em 910, com a divisão do Reino das Astúrias pelos filhos do Rei Afonso III, o Grande; Garcia ficou com o Reino de Leão, Ordonho com a Galiza e Fruela com as Astúrias; eventualmente a Galiza e as Astúrias acabaram por se tornar partes integrantes do reino de Leão, dada a morte sem descendentes dos seus soberanos, tendo o rei Fruela passado a controlar toda a vasta área do Noroeste Peninsular cristão.

O reino acabaria em 1037, quando o rei Bermudo III foi derrotado e morto por Fernando I de Castela, o qual se julgava com pretensões legítimas ao trono de Leão, já que era casado com a irmã de Bermudo, a rainha Sancha. Ficou então integrado na coroa dúplice de Leão e Castela, cingida por Fernando Magno.

A sua segunda encarnação ocorreu com a divisão das possessões de Fernando Magno após a sua morte 1065, entre os seus filhos Sancho que ficou com Castela, Afonso que ficou com Leão e Garcia que recebeu a Galiza. Após intensas lutas fratricidas com os seus irmãos, Afonso VI de Leão acabou por conseguir dominar também Castela e a Galiza, e proclamou-se imperador de toda a Espanha Imperator totus Hispaniæ. Leão ficou então sendo o principal reino de entre as Nações que compunham o seu «Estado», e a capital do reino sediada na velha cidade de Leão.

Esta situação manteve-se ao longo dos reinados de sua filha Urraca e seu neto Afonso VII, o qual viria também a proclamar-se, tal como o avô, imperador das Hespanhas. Enfim, após a sua morte, Leão ganhou de novo, por um breve período, a sua independência; em 1157 os extensos territórios que compunham o seu Estado foram repartidos entre os seus filhos Sancho que ficou com Castela e Fernando que recebeu as terras da Galiza e Leão.

O reino de Leão acabaria por findar em 1230, quando Fernando III de Castela, filho de Afonso IX de Leão através do seu casamento com Berengária de Castela, se apropriou do trono que pertencia, segundo as disposições testamentárias do pai, às suas meias-irmãs e legítimas herdeiras, as rainhas Sancha e Dulce; porém, com o auxílio da mãe Berengária e da mãe das herdeiras, a rainha Teresa Sanches de Portugal, conseguiu-se proceder à unificação definitiva das duas coroas, passando Castela a deter o predomínio no conjunto dos Estados do centro peninsular - a capital doravante estaria em Toledo, a velha capital goda, e não em Leão; a língua leonesa entrou em significativo declínio, sendo gradualmente substituída pelo castelhano. No século XVI, com a absorção de Aragão e Navarra e a formação do reino de Espanha, Leão manteve-se como uma capitania-geral do reino, figurando o seu título entre os vários que os reis de Espanha possuíam; só em 1833 desapareceu de jure e de facto o velho reino, transformando-se na região leonesa formada por Salamanca, Zamora e Leão. Esta região passou a formar com parte da Castela velha a comunidade de Castela e Leão no ano 1983; contudo, partes significativas do antigo reino integram hoje as comunidades autónomas de Castela e Leão, Estremadura, Galiza e Astúrias.

O Reino de Leão foi um dos antigos reinos ibéricos surgidos no período da reconquista cristã sendo independente durante três períodos: de 910 a 1037 sob domínio da casa Leonesa, de 1065 a 1072 sob o domínio da casa de Navarra e de 1157 a 1230 sob o domínio da casa da Borgonha.

A sua primeira constituição deu-se em 910, com a divisão do Reino das Astúrias pelos filhos do Rei Afonso III, o Grande; Garcia ficou com o Reino de Leão, Ordonho com a Galiza e Fruela com as Astúrias; eventualmente a Galiza e as Astúrias acabaram por se tornar partes integrantes do reino de Leão, dada a morte sem descendentes dos seus soberanos, tendo o rei Fruela passado a controlar toda a vasta área do Noroeste Peninsular cristão.

O reino acabaria em 1037, quando o rei Bermudo III foi derrotado e morto por Fernando I de Castela, o qual se julgava com pretensões legítimas ao trono de Leão, já que era casado com a irmã de Bermudo, a rainha Sancha. Ficou então integrado na coroa dúplice de Leão e Castela, cingida por Fernando Magno.

A sua segunda encarnação ocorreu com a divisão das possessões de Fernando Magno após a sua morte 1065, entre os seus filhos Sancho que ficou com Castela, Afonso que ficou com Leão e Garcia que recebeu a Galiza. Após intensas lutas fratricidas com os seus irmãos, Afonso VI de Leão acabou por conseguir dominar também Castela e a Galiza, e proclamou-se imperador de toda a Espanha Imperator totus Hispaniæ. Leão ficou então sendo o principal reino de entre as Nações que compunham o seu «Estado», e a capital do reino sediada na velha cidade de Leão.

Esta situação manteve-se ao longo dos reinados de sua filha Urraca e seu neto Afonso VII, o qual viria também a proclamar-se, tal como o avô, imperador das Hespanhas. Enfim, após a sua morte, Leão ganhou de novo, por um breve período, a sua independência; em 1157 os extensos territórios que compunham o seu Estado foram repartidos entre os seus filhos Sancho que ficou com Castela e Fernando que recebeu as terras da Galiza e Leão.

O reino de Leão acabaria por findar em 1230, quando Fernando III de Castela, filho de Afonso IX de Leão através do seu casamento com Berengária de Castela, se apropriou do trono que pertencia, segundo as disposições testamentárias do pai, às suas meias-irmãs e legítimas herdeiras, as rainhas Sancha e Dulce; porém, com o auxílio da mãe Berengária e da mãe das herdeiras, a rainha Teresa Sanches de Portugal, conseguiu-se proceder à unificação definitiva das duas coroas, passando Castela a deter o predomínio no conjunto dos Estados do centro peninsular - a capital doravante estaria em Toledo, a velha capital goda, e não em Leão; a língua leonesa entrou em significativo declínio, sendo gradualmente substituída pelo castelhano. No século XVI, com a absorção de Aragão e Navarra e a formação do reino de Espanha, Leão manteve-se como uma capitania-geral do reino, figurando o seu título entre os vários que os reis de Espanha possuíam; só em 1833 desapareceu de jure e de facto o velho reino, transformando-se então na moderna província de Leão; contudo, partes significativas do antigo reino integram hoje as comunidades autónomas de Castela-Leão, Estremadura, Galiza e Astúrias.

Reis de Leão O reino medieval de Leão teve a sua origem na transferência da capital do reino das Astúrias de Oviedo para a cidade de Leão, nos tempos de Afonso III das Astúrias. Mais tarde, por sua morte, este rei dividiu o seu reino entre os seus três filhos: Fruela II governou nas Astúrias, Ordonho II na Galiza, e Garcia I em Leão; pelas suas mortes sucessivas, todos viriam a reinar sobre o reino de Leão. Entidade hegemónica, por alguns períodos de tempo o reino de Leão se dividiu noutros vários reinos Castela, Galiza, Portugal, para depois se voltar a unificar excepto Portugal, que não mais voltou à sua órbita; extinguiu-se em 1230, quando foi definitivamente absorvido por Castela; desde então os reis daquele reino foram também reis de Leão.

Lista de reis de Leão O reino medieval de Leão teve a sua origem na transferência da capital do reino das Astúrias de Oviedo para a cidade de Leão, nos tempos de Afonso III das Astúrias. Mais tarde, por sua morte, este rei dividiu o seu reino entre os seus três filhos: Fruela II governou nas Astúrias, Ordonho II na Galiza, e Garcia I em Leão; pelas suas mortes sucessivas, todos viriam a reinar sobre o reino de Leão. Entidade hegemónica, por alguns períodos de tempo o reino de Leão se dividiu noutros vários reinos Castela, Galiza, Portugal, para depois se voltar a unificar excepto Portugal, que não mais voltou à sua órbita; extinguiu-se em 1230, quando foi definitivamente absorvido por Castela; desde então os reis daquele reino foram também reis de Leão.

Índice 1 Dinastia Asturo-leonesa ou Pelagiana 866-1037 2 Dinastia de Navarra ou Ximena 1037-1126 3 Dinastia da Borgonha 1126-1230 4 Dinastia da Borgonha estauração: 1284-1285 e 1296-1301 5 Dinastia de Lencastre 1371-

Dinastia Asturo-leonesa ou Pelagiana 866-1037 Afonso III de Leão, o Grande ou Afonso Magno de Leão 866-910 Garcia I de Leão 910-914 Ordonho II de Leão 914-924, também rei da Galiza 910-924 Fruela II de Leão 924-925, também rei das Astúrias 910-925 Sancho Ordonhes 925, reinado contestado; foi deposto pelo primo Afonso Froilaz; também rei da Galiza 925-929 Afonso Froilaz 925-926, reinado contestado; foi deposto pelo primo Afonso IV de Leão; também rei da Galiza 925-926, em oposição a Sancho Ordonhes Afonso IV de Leão, o Monge 925-931 morreu em 933 Ramiro II de Leão 931-951 Ordonho III de Leão, o Grande 951-956 Sancho I de Leão, o Crasso ou o Gordo 1.ª vez: 956-958 Ordonho IV de Leão, o Mau 958-960 Sancho I de Leão, o Crasso ou o Gordo 2.ª vez: 960-966 Ramiro III de Leão 967-984 Bermudo II de Leão, o Gotoso 982-999 Afonso V de Leão, o Nobre 999-1028, o primeiro a usar o título de rei de Castela como Afonso V de Castela Bermudo III de Leão 1028-1037 Sancha I de Leão 1037-1065, irmã de Bermudo III, casada com Fernando, primeiro rei de Castela; era de jure a rainha de Leão, como o comprovam as crónicas da época

Dinastia de Navarra ou Ximena 1037-1126

Depois de derrotar as tropas leonesas e da morte do rei Bermudo III, Fernando I, que já era rei de Castela que se autonomizara de condado em reino chefiado pelos reis de Navarra, acedeu ao trono de Leão; o seu direito fundamentava-se no casamento como Sancha, irmã de Bermudo; trata-se da primeira unificação dos tronos de Leão e Castela.

Fernando I de Leão e Castela, o Grande ou Fernando Magno, rei de Castela 1035-1065 e rei consorte de Leão 1037-1065; a soberana de Leão é, de jure, a sua esposa Sancha. Depois da morte de Fernando, o reino foi repartido pelos seus três filhos, Garcia Galiza, Sancho Castela e Afonso Leão.

Afonso VI de Leão e Castela, o Bravo, rei de Leão 1065-1109, da Galiza 1071-1109 e de Castela 1072-1109, usando o título de imperador a partir de 1073 Sancho II de Leão e Castela, o Forte, rei de Castela 1065-1072, chegou a reinar durante alguns meses de 1072 sobre Leão, que desapossou ao seu irmão. Urraca de Leão e Castela 1109-1126, casada com Raimundo da Borgonha m. 1107 e depois com Afonso I de Aragão, o Batalhador, rei-consorte, não de jure Dinastia da Borgonha 1126-1230 Afonso VII de Leão e Castela, o Imperador, usando o título de imperador 1126-1157 Depois da morte de Afonso VII, o reino foi repartido pelos seus dois filhos, Fernando Leão e Sancho Castela e Toledo. Fernando II de Leão 1157-1188 Afonso IX de Leão, o Baboso 1188-1230, casado com Berengária de Castela Sancha II de Leão e Dulce I de Leão 1230 Após a morte de Afonso IX, o seu filho Fernando, já rei de Castela herança materna, herdou também a coroa de Leão, apesar de o seu pai o ter deserdado em favor das filhas Sancha e Dulce. Pelo acordo de paz firmado por mediação da sua mãe, Santa Teresa de Portugal, estas renunciaram ao trono em favor do meio-irmão; foi então que se deu a unificação definitiva das coroas de Leão e Castela, mantendo-se embora os privilégios, foros e costumes próprios de cada reino em separado.

Dinastia da Borgonha restauração: 1284-1285 e 1296-1301 Surgiram ainda novas tentativas de autonomizar o velho reino de Leão. O sucessor de Fernando III, o célebre Afonso X, o Sábio, deserdou em 1282 o seu segundo filho o futuro Sancho IV de Castela, com quem se inimistara, atribuindo ao neto que tinha tido do seu varão mais velho, Fernando de Lacerda, a coroa de Castela, e ao seu filho terceiro, João de Castela, a coroa de Leão. Por morte do rei, Sancho faz-se coroar, contra o estabelecido em testamento, rei de Leão e Castela, e o seu irmão João declara-se rei de Leão. Contudo, Sancho domina a situação, e só depois da sua morte, o infante D. João, aproveitando a menoridade de Fernando IV de Castela, governa de facto Leão como reino autónomo.

Dinastia de Lencastre 1371 Após o assassinato do rei Pedro I de Castela, o último membro da dinastia da Borgonha, e a subida ao trono do Trastâmara, Henrique II de Castela, o duque de Lencaster João de Gaunt casou-se com uma filha daquele, Constança, e julgou-se com pretensões ao trono; foi aclamado rei por alguns nobres leoneses, mas a aceitação não foi total.

FONTE WIKIPÉDIA

 

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